sábado, 27 de setembro de 2008

Flores de amor


Rosa e Lírio


A rosa
É formosa
Bem sei.
Porque lhe chamam – flor
D'amor,
Não sei.

A flor,
Bem de amor
É o lírio;
Tem mel no aroma, – dor
Na cor
O lírio.

Se o cheiro
É fagueiro
Na rosa;
Se é de beleza – mor
Primor
A rosa:

No lírio
O martírio
Que é meu
Pintado vejo: – cor
E ardor
É o meu.

A rosa
É formosa,
Bem sei...
E será de outros flor
D'amor...
Não sei.

Almeida Garrett
Trata-se de um poema de amor. A relação Eu/tu, implícita no texto pode identificar-se com a relação (explícita) rosa/lírio. O sujeito poético atribui à rosa duas qualidades: a formosura ("a rosa é formosa") e um aroma agradável ("Se o cheiro é fagueiro na rosa..."); e ao lírio outras duas: aroma delicioso ("tem mel no aroma") e cor dolorosa ("dor na cor o lírio").
As qualidades da rosa apontam as duas para a beleza, para o agradável; em contrapartida, no lírio já há a cor dolorosa (note-se que o roxo é a cor da liturgia na semana santa, é o símbolo da dor, da tristeza). Este contraste é evidenciado mais claramente na terceira e quarta estrofes, em que o poeta contrapõe a tudo o que na rosa é agradável (cheiro e beleza) à cor dolorosa do lírio ("no lírio o martírio"). Esta relação sinestésica ("o martírio pintado vejo") serve maravilhosamente para ligar a cor do lírio à dor do sujeito poético: "No lírio/O martírio/que é meu/Pintado vejo: - cor/E ardor/É o meu".
Quer a rosa, quer o lírio funcionam aqui como símbolos: a rosa, símbolo da formosura e do amor e o lírio símbolo do amor e da dor. Para servir esta dialéctica simbológica, sucedem-se no poema as sinestesias, ou confusão deliberada de dados dos sentidos. Exemplos: "Tem mel no aroma" (gosto, olfacto); "dor na cor" (sensação algésica e visual); "cheiro fagueiro" (olfacto e visão); "O martírio... na cor" (sensação algésica e visual). Toda esta riqueza de imagens poéticas se sucedem como devaneio poético, tão apropriado para traduzir o devaneio sentimental do sujeito poético.


A Mena na cozinha


Polvo com azeite

1 polvo
concentrado de tomate
1 cebola
2 dentes de alho
azeite
pimenta em grão
louro
malagueta
cominhos
sal


Lave e escalde o polvo. Corte-o, depois, em pedaços.

Faça um refogado com o azeite, a cebola e os alhos picados, o concentrado de tomate, a pimenta em grão, os cominhos, a folha de louro e a malagueta.

Junte o polvo

e deixe cozinhar durante 60 m.

Sirva com batatinhas cozidas cortadas às rodelas.


Trabalhinhos:

Este trabalhinho foi feito pela minha mãe.

Anel em tons de rosa.






Visita a lojinha aqui.

8 comentários:

Unknown disse...

Olá Mena,
Um poema fantástico e com uma análise que me faz lembrar a minha Professora de Português do 10º e 11º Anos, ou seja, ESPECTACULAR!!!
O trabalho da sua mãe, um "must" e o anel, elegantíssimo. O polvo, até me deu fome de tão bom aspecto que tem...
Um grande beijinho para si e bom início de semana,
Lia.

mfc disse...

entre essas duas flores não faço escolha. Fico com as duas!
Ohhhh polvo! Bateste num meu fraquinho!

Feltro em casa disse...

Oi Mena!!
Bonito o poema. Eu escolho a Rosa, porque era o nome da minha avó!!!
Ai Mena, agora sobre o polvo....EU NÂO COMO NEM MORTA!!!! Sem chance.
O meu marido adora, mas eu não consigo nem olhar...acho que é por causa das ventosas!!!Beijo, Malú

Chocolate disse...

Olá Mena!!!
adoro polvo e a receita parece optima!!! beijinhos e boa semana!

Faty disse...

Ola Mena , bom dia

Não conhecia o teu blog mas tens coisas mto lindas .
O poema ta lindo e a receita do polvo hummmmm ate me deu fome .
Bigado pela visita e vou voltar mais vezes .
Não te queres inscrever na troca natalicia que tou a organizar neste meu blog :
http://vendasfaty.blogspot.com

beijos e boa semana

Dulce disse...

Olá Mena,
Quando por aqui passo, sempre coisas divinas. O poema é lindo, os teus dotes culinários nem se fala e os trabalhinhos estão um mimo. O trabalho da tua Mãe também faz as minhas delícias.
Uma boa semana para ti.
Beijinhos
Dulce

artes_romao disse...

Boa tarde,td bem?
passei p te dizer k ja estou de volta...
ontem ainda passei aki p espreitar as novidades, mas ja n consegui deixar comentario,lol...
mais um post fantástico, adorei...
desculpa n te dar os parabens, mas como estive ausente n deu...
mas espero k seja um ano com imenso sucesso e muita saude.
desejo-te tb uma fantastica semana, fika bem.
jinhos***

Unknown disse...

A Rosa e o Lírio de Almeida Garrett, é um belíssimo poema no qual reflete muito bem o Romantismo em Portugal. Essa obra é também inspiradora, cheia de interpretações agudas e românticas, mas com um tom de tristeza - típico de Garrett.

Enviar um comentário