sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Carta



A carta


A epistolografia


Meu amigo:

Escrevo-te para daqui a um século, cinco séculos, para daqui a mil anos... É quase certo que esta carta te não chegará às mãos ou que, chegando, a não lerás. Pouco importa. Escrevo pelo prazer de comunicar. Mas se sempre estimei a epistolografia, é porque é ela a forma de comunicação mais directa que suporta uma larga margem de silêncio; porque ela é a forma mais concreta de diálogo que não anula inteiramente o monólogo. Além disso, seduz-me o halo de aventura que rodeia uma carta: papel de acaso, redigido numa hora intervalar, um vento de acaso o leva pelos caminhos, o perde ou não aí, o atira ao cesto dos papéis e do olvido, ou o guarda entre os sinais da memória. Por sobre tudo, porém, agrada-me falar desde o centro deste Inverno e desta cidade mortal que me cercam. Ouço as vozes subterrâneas à alegria mecânica, aos passos cronometrados, à azáfama de nervo e esquecimento que adivinho ao longe, numa metrópole-síntese construída em arame e cimento, e é bom que essas vozes ressoem na minha boca.


Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro


A carta formal e a carta pessoal (carta informal)


A correspondência traduz a necessidade de comunicação de um eu com um outro, de um remetente com um destinatário, e portanto, num movimento de exteriorização. Quando tencionamos escrever uma carta, devemos pensar na nossa relação com o destinatário e na situação contextual em que esta está a ser escrita, de forma a optarmos por uma carta formal ou pessoal. A isto chamamos de adequação discursiva.



Elementos estruturais da carta



Cabeçalho


- Identificação do destinador/remetente.

- Identificação do destinatário (nome, cargo que desempenha) – sobretudo nas cartas formais.

- Local e data com o mês por extenso (à direita da página).

- Saudação/ Fórmula de tratamento (à esquerda da página):

· A um superior/alguém distante - Exmo. Senhor, Exma. Senhora Directora, Meu caro senhor...

· A alguém íntimo - Queridos pais, Saudoso irmão, Estimado amigo, Querida Ana...



Corpo da carta


- Parágrafo inicial: apresentação breve e clara do objectivo da carta.

- Parágrafos de desenvolvimento: tratamento com algum pormenor do assunto da carta.



Final da carta


- Encerramento do assunto através do reforço de uma ideia expressa ao longo do texto.

- Fórmula/ expressão de despedida (adaptadas ao tipo de carta e de relação entre destinador e destinatário).

- Assinatura do remetente.

- Em algumas ocasiões, P.S. – post scriptum – e notas.



Linguagem


Cartas formais


- Registo de língua cuidado, adequado ao destinatário e à situação, o que é visível nas formas de tratamento, no vocabulário escolhido e na construção frásica.


- Predomínio da função referencial, centrada no contexto, cuja ênfase é dada às informações veiculadas pela mensagem.



Cartas pessoais


- Registo de língua familiar, assinalado por expressões marcadas pela subjectividade, pela linguagem figurada e por uma construção frásica pouco elaborada.


- Predomínio da função emotiva, centrada no emissor e na expressão das suas emoções, sentimentos, pensamentos e estados de espírito.


- Não está sujeita a fórmulas rígidas.





Trabalhito:

Marcador



Miminho

Este selinho veio daqui e aqui fica para todas as minhas amigas blogueiras.



A Mena na cozinha

Bifes de peru com curgete

bifes de peru
1 curgete
2 colheres de leite
1 sopa de cebola
1 pacote de natas
queijo ralado

Passe os bifes pela sopa de cebola. Deite as colheres de leite num pirex.

Corte a curgete às rodelas e coloque-as sobre o leite. Polvilhe com o restante pó da sopa de cebola. Por cima disponha os bifes em camadas alternando com as rodelas de curgete, terminando com uma camada de curgete.

Deite as natas por cima de tudo e polvilhe com queijo ralado.
Leve ao forno a cozer.

Quando estiver pronto e bem douradinho por cima, sirva acompanhado com arroz branco.
Bom apetite!

Fez ontem 50 anos que Asterix nasceu. E ontem festejámos também o décimo quinto aninho de vida da minha filhota.



8 comentários:

artes_romao disse...

boa noite,td bem?
que belos amigos, Astérix...heheh...
gostei da comida:P
e agradeço o selinho.
bom fdsemana, fica bem.
jinhos***

~*Rebeca*~ disse...

Mena,

Passando pra deixar um abraço apertado e dizer que você fica linda quando irradia amizade.

Beijo imenso.

Rebeca

-

Anónimo disse...

Que giro! Tenho que fazer esta receita! Tão simples e parece-me bem deliciosa...
Mena, adorei! :)

mfc disse...

Ouvir a Mensagem... e sentar-me a comer esses bifinhos!
Era uma noite muito bem preenchida.

Mona Lisa disse...

Olá

Provei os bifinhos...uma delícia.

Os maracadores estão um encanto.

Uma ideia para trabalhinhos escolares.

Bjs.

Lisa

AMO ARTESANATO disse...

Adoro estas aulas de lingua portuguesa.
Amei a receita, mas por acaso a sua curgete, seria a nossa abobrinha ou pepinos aqui no Brasil? Pel foto não consegui distinguir.

Uma excelente semana

Maria Helena

Maria Maia disse...

Primeiro que tudo Parabens atrasados, segundo cá em casa somos fãs de Astérix.
Esses bifes que delicia.
ah é verdade ando a rever contigo as minhas aulas de Português...hehe.
Beijocas

Nile e Richard disse...

Oi Nena.
Gostei da carta e dos comentários.
já provei os bifes e adorei.
Os trabalhinhos estão lindos.
Boa semaninha para voce.
bjtos.Nile.

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