sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mar é liberdade


Liberdade

Aqui nesta praia onde

Não há nenhum vestígio de impureza,

Aqui onde há somente

Ondas tombando ininterruptamente,

Puro espaço e lúcida unidade,

Aqui o tempo apaixonadamente

Encontra a própria liberdade.


Sophia de Mello Breyner

A minha praia está assim: sacos cheios de areia a fazerem barreira para que a aberta não nos deixe sem areal, sem lugar para estendermos a toalhita... e pedregulhos com o mesmo objectivo. É que aquele corredor de água que liga o mar à Lagoa de Óbidos está a aproximar-se perigosamente da estrada e se não for contrariado, empurrado, vamos ficar sem praia perto do mar, na Foz.





A lírica camoniana

Perdigão perdeu a pena

Este vilancete ilustra bem o ditado popular "Um mal nunca vem só". O perdigão já não pode voar por lhe terem caído as penas. Quis voar demasiado alto, mas ficou aquém das suas aspirações. Agora, sem asas, frustrado, "não há mal que lhe não venha".
A expressão do sofrimento do perdigão, que quis voar demasiado alto e caiu em desgraça, é um bom exemplo de 'estilo engenhoso':
- pelo jogo de palavras da família de "pena": "a pena de voar"; "a pena do tormento" (homónimas); "E vendo-se depenado, / De puro penado morre".
- pela sucessão de metáforas, de tal modo que se depreende facilmente que todo o poema se refere a uma pessoa e não a um pássaro ("perdigão"): perdigão = pessoa; "a pena de voar" e as asas = o sonho e / ou o meio de o realizar; "um alto lugar" / "uma alta torre" = o objectivo, o ideal sonhado; "desasado" / "depenado" = manietado; "Lança no fogo mais lenha" - (sucessão de metáforas - imagem): o fogo é o sofrimento do amante frustrado; "lançar lenha" nesse "fogo" é agravar esse sofrimento.
- pelo recurso à antítese que melhor traduz a contradição entre a altura do sonho e a dor da queda: "Perde a pena de voar, / Ganha a pena do tormento."
- pela aliteração frequente: em p: "Perdigão perdeu a pena"; "Perde a pena do voar"; "De puro penado morre".
"Perdigão perdeu a pena" é um Vilancete em redondilha maior (sete sílabas), com mote de dois versos e duas voltas de sete, segundo o esquema rimático AB CDDCCBB. Nos dois versos do mote poderá considerar-se a existência de rima toante ou vocálica (só a vogal tónica das palavras "pena" e "venha" é que coincidem). Nas voltas a rima é interpolada e emparelhada. Cada uma das voltas é decomponível nas duas partes tradicionais, cabeça e cauda, rimando o último verso da cabeça (o 4.º) com o primeiro da cauda (o 5.º). O último verso do mote repete-se no fim de cada uma das voltas.






A Mena na cozinha

Batatinhas salteadas com milho e cogumelos

batatas cozidas (sobras)
1 lata de cogumelos laminados
1 lata de milho
1 dente de alho
azeite
salsa
sal
pimenta

Corte as batatas cozidas às rodelas.
Leve o azeite ao lume com o alho cortado às rodelas, junte os cogumelos e deixe cozinhar um pouco, Adicione as batatas e deixe que ganhem uma corzinha. Acrescente o milho e tempere com sal e pimenta. Pique a salsa e envolva-a no preparado anterior.

Sirva com entrecosto assado ou bifanas e salada.

Bom apetite!


Trabalhinho:


Caixa

5 comentários:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

É o mal da nossa costa. Estamos a ficar sem praias.
Umas desaparecem, enquanto algumas aumentam o areal.

Gostei imenso do poema de Sophia de Mello Breyner.

Hoje jantei.
Como sempre uma delícia.

Bjs.
Lisa

APO (Bem-Trapilho) disse...

olá amiga!
vim desejar-te um belo fim-de-semana deixar-te um bjinho. :)

Sonia Facion disse...

Oi Mena!!!!

Deixei um selinho nomblog de mimos.

bjks

Sonia

artes_romao disse...

boa tarde,td bem?
gostei das novidades;)
fica bem,jinhos***

Magia da Inês disse...

Olá, amiga!
Que saudades do seu cantinho!
Mesmo com sacos de areia e barreira para o mar, você ainda tem praia!
Meu estado não tem praia...
Boa semana!
Beijinhos.
Itabira - Minas

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