domingo, 17 de outubro de 2010

Uma rosa na aridez...



Padre António Vieira

Padre António Vieira nasceu em Lisboa em 1608 e, com apenas seis anos, partiu com seus pais para S. Salvador da Baía, onde em 1623 iniciou o noviciado na Companhia de Jesus. Em Fevereiro de 1641, regressou a Portugal e D. João IV nomeou-o pregador da Corte, seu conselheiro e confessor. Em 1652, partiu como missionário para o Maranhão, onde defendeu acerrimamente os direitos dos Índios que eram escravizados por colonos, e estudou as línguas tupi e quimbundo com o objectivo de converter os ameríndios e os escravos negros. Mas, as suas ideias não foram bem aceites pelos colonos e, em 1661, António Vieira foi expulso deste estado. De regresso a Portugal, viveu uma situação difícil, pois com a morte de D. João IV perdeu a influência que tinha na Corte e a Inquisição aproveitou este momento para se vingar das suas corajosas, mas polémicas opiniões, prendendo-o. Entretanto, em 1668, padre António Vieira foi amnistiado. Em 1675, sem apoios políticos, retirou-se de vez para a Baía onde se entregou ao trabalho de compilar e de editar os seus sermões e onde veio a falecer em 1697.

Companhia de Jesus
Ordem religiosa, fundada por Inácio de Loyola, cujo lema era "defender e proteger a fé". Em toda a América, especialmente nas colónias espanholas e no Brasil, esta ordem empreendeu um esforço de missionação notável. Para fazer face à brutalidade dos colonos sobre os índios, os jesuítas passaram a dar-lhes formação religiosa e instalaram-nos em aldeias geridas por um sistema comunitário no qual os nativos participavam, sem se sujeitarem ao poder dos colonos.
No caso dos jesuítas portugueses, estes assumiram-se como grandes difusores da cultura e língua portuguesas. Detentores de uma vasta cultura, tiveram um papel muito importante no ensino.

Inquisição
Tribunal do Santo Ofício, criado pelo papa Gregório IX, no século XIII, para localizar, julgar e punir pessoas acusadas de heresia, isto é, aquelas que negavam ou punham em causa as verdades de fé. A Inquisição perseguiu, também, os cristãos-novos (judeus convertidos à fé cristã que, muitas vezes, continuavam a praticar os rituais do judaísmo às escondidas), os judeus
e os protestantes.
A actuação deste tribunal estendeu-se ainda à censura da feitiçaria, da bigamia e de livros que atentavam contra a fé e a moral. Inclusivamente, foi elaborada uma listagem de livros proibidos: o Index librorum prohibitorum.
A sentença das pessoas acusadas por este tribunal proclamava-se numa cerimónia pública a que se deu o nome de auto-de-fé.


As grandes causas de Padre António Vieira

A defesa dos interesses dos portugueses

Padre António Vieira foi uma personalidade interessada na vida do seu tempo, defendendo obstinadamente as causas em que se empenhava, sem ter medo das consequências, num tempo de censura inquisitorial. Contam-se entre as grandes causas de António Vieira, a actividade política e diplomática relacionada com a defesa dos interesses dos portugueses após a restauração de 1640, pois a situação do país desta época era de grande instabilidade política e económica.

A defesa da liberdade dos índios

A missionação e a defesa da liberdade dos índios no Brasil, escravizados pelos colonos, foi outra das grandes causas da vida do padre António Vieira que se serviu do púlpito não apenas para catequizar os ouvintes, mas também para tratar de questões sociais e políticas, muitas vezes de uma forma velada, através de alegorias da Bíblia. A sua acção foi recebida com hostilidade pela maioria dos oficiais locais do rei e dos colonos poderosos.

A questão dos cristãos-novos

Também se insurgiu contra à perseguição que a Inquisição fazia aos Cristãos Novos e este combate trouxe-lhe vários problemas.

O "Quinto Império"

Padre António Vieira acreditava na formação de um Quinto Império que se seguiria ao Império Romano na mesma forma de sucessão em que o romano se seguiu ao grego, o grego ao persa e o persa ao assírio. Segundo António Vieira este seria um reino universal a abranger todos os continentes, todas as raças e todas as culturas, um reino cristão e católico que havia de consumar a conversão dos hereges, maometanos, pagãos e judeus, um reino de paz e harmonia regido por Cristo, sendo o governo espiritual exercido pelo Papa de Roma e o governo temporal por um rei português que não se sabe ao certo quem seria, apesar de se apontar para D. Sebastião ou D. João IV ou um dos seus dois filhos.


Trabalhito:

A Mena na Cozinha

Tarte de bacalhau

500 g de bacalhau
1 cebola
1 dente de alho
sal
azeite
1 lata de cogumelos laminados
3 cenouras
pimenta
noz moscada
1 dl de molho bechamel
queijo ralado
massa folhada
farinha

Demolhe o bacalhau e depois desfie-o. Corte a cebola e o alho em rodelas e leve ao lume com azeite. Quando a cebola estiver translucida, junte o bacalhau e os cogumelos. Deixe cozinhar.
Entretanto, descasque e rale as cenouras.

Quando o bacalhau estiver quase cozido, junte as cenouras. Tempere com sal, pimenta e noz moscada.

Adicione o molho bechamel e envolva bem. Deixe cozinhar. Se o preparado estiver muito molhado, salpique com farinha para engrossar um pouco.

Disponha a massa na forma de tarte e verta o preparado dentro. Salpique com queijo ralado e leve ao forno.

Bom apetite!

2 comentários:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

A agenda está LINDA!

Como deves calcular, jantei!

Hummmmm....delicioso.

Bjs.

APO (Bem-Trapilho) disse...

olá amiga! hj vim agradecer o teu carinho no blog da minha princesa ("M. de Menina"). Sei que já lá vai algum tempo, mas tenho andado meio preguiçosa. Tanta coisa para fazer que o tempo não dá para tudo, não é? e as visitas do blog dela vao ficando para trás. :(
Mas cá estou e estou maravilhada com esta receita! que maravilha!
lindo tb o trabalhinho!!!
mil bjokas :)

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