quarta-feira, 30 de junho de 2010

Apanhados


A Gincana teve alguns momentos engraçados, hilariantes até.
O Paulo e a sua equipa em vez de apresentarem " uma de cheiro", trouxeram uma batata. Não percebi! Será que já cheiraram a batata?
Outro colega, em vez de trazer salsa ou coentros, por exemplo, trouxe-nos uma flor. Para ele "uma de cheiro" tinha de ser uma flor, o pior é que a flor nem cheirava a nada!
A Isabel e o seu grupo não identificaram "o de duas caras" e, quando chegaram disseram-nos, muito zangadas:
- Olha, só não trouxemos o bacalhau. Acham que ia comprar uma posta de bacalhau? Que raio de pedido!
- Pois é, Isabel, "um de duas caras" é o feijão frade.
Ela nem queria acreditar e foi risada total.

O Paulo, muito intrigado, levou um certo tempo a pensar na erva de cheiro que lhe deram para provar e, não chegando a qualquer conclusão, começou logo a confessar que só acertaria se lhe dessem alface.
- Mas a alface não faz parte da ementa de hoje, Paulo! Temos pena!

Houve uma equipa que tardava e tardava e tardava... Olhávamos para o relógio deveras intrigadas e até algo preocupadas, com a demora, mas o tempo passava e o colega e os alunos nunca mais apareciam. Perderam-se, dizia uma; devem andar à volta com as pistas, atirava outro; cá para mim, desistiram, afirmava, muito convicta, uma colega nova. Pois, porque isto não é assim tão fácil para quem não conhece a cidade!
- Mas o Luís já vive aqui há uns vinte anos pelo menos!
- Ah, mas é muito distraído e perde-se, ele perdeu-se.
- Cá para mim, foi para a Foz. A pista falava a dada altura em "segue os do mar" e ele dirigiu-se para o mar, para a Foz.

E enquanto esperávamos e desesperávamos, conversámos, corrigimos todas as provas das equipas que foram chegando, rimos com as respostas...

Tirámos fotografias...

Comemos...

Pensámos: por onde andarão aquelas almas de Deus que não aparecem?

Por fim, muito por fim, muito, muito, mas mesmo muito por fim, surgiram com um largo sorriso na cara a dizer:
- Andámos à procura da "chave d' ouro".
- E encontraram-na? - perguntámos, em coro, a rir.


Trabalhinho:

domingo, 27 de junho de 2010

Gincana cultural do Onofre III

O ano lectivo chegou ao fim e a despedida foi, mais uma vez, em grande. A terceira edição da Gincana Cultural do Onofre, levada a cabo pelo Clube do Património, foi um sucesso! Estamos todos de parabéns, professores e alunos.
Foi numa manhã solarenga que as equipas, formadas por cinco alunos e um professor, calcorrearam a cidade atrás de pistas... Desta vez, houve equipas vestidas a rigor, como podem ver na foto acima.

Os alunos estavam ansiosos pela hora da partida.

- 1, 2, 3 vamos fazer a chamada e entregar o envelope com a prova...

Aqui vamos de mansinho,
pulando, cantando e rindo,
à procura duma pista
que nos indique o caminho.

Tivemos uma convidada especial, a Otília, que veio assistir e ajudar a avaliar as provas. Está muito concentrada a ler o questionário.

Depois de um passeio pela cidade, seguindo as várias pistas indicadas e de terem preenchido o questionário, desta vez, alusivo à República, as equipas foram chegando ao Parque D. Carlos I. Vinham satisfeitas por terem vencido a primeira etapa e curiosas em relação ao que ainda estava para vir.

- Vamos dar início à Prova dos Sabores.

- Será que vamos jogar à cabra-cega? Não vejo nada.
- Convém que não vejas!

- É para cheirar ou para comer?
- Não podes cheirar, prova e come se gostares...

- Lavaram e desinfectaram isto que querem que ponha na minha santa boquinha?
- Para quê? Achas que é preciso?
- Pronto, é claro que lavámos tudo muito bem!

- Hum... Estás pronta? Abre lá a boquinha.

- Eu ato o lenço.

- É para hoje ou é para amanhã? Daqui a pouco cai-me a mão.

- Tenho de cheirar, pelo gosto não vou lá! Não me cheira, não me cheira! Salsa, coentros, salva?

- Para mim, pode ser alface ou batata...
- São ervas aromáticas!
- Hum, estou feito! Se fosse alface... ainda podia ser que acertasse...

- O que um homem é obrigado a fazer!

- Que raio de prova! Ter de provar isto... Se eu fosse um grilo!
- Fazias gri-gri...

- De ervas percebo eu! Cebolinho, orégãos, alecrim?

- Se eu soubesse que tinha de passar por isto...

- Esperem, deixem-me pôr os óculos! Ah, assim vejo melhor! Sim, muito melhor.

- Alecrim,
Alecrim aos molhos
Por causa de ti
Choram os meus olhos...

- Uns pezinhos de coentrada, uma feijoada, um cozido à portuguesa... Isso, sim, é que era! Agora salsa, tomilho, mangericão...

- Vou começar por apalpar!...
- Ó professor, tem flor...
- Flor? Cravo, Rosa?

- Bem, este sabor não me é estranho, acho que já comi isto na salada... Pepino, é pepino.
- pois, grande erva de cheiro!

- Ó professora, tem de adivinhar!
- Uma professora de ciências sabe sempre tudo: rosmaninho, tomilho, louro? Acertei?

- Pelo cheiro, pelo cheiro...
- Deves ter o nariz entupido ou coisa que o valha!

- Hum... que cheirinho! Com uns caracóis, umas cadelinhas, uns berbigões, umas ameijoas... marchava já!

- Caramba, isto é difícil! Porque é que não fazem uma prova de violino? Era bem mais fácil.

- Eu quero provar salsa, coentros e mangericão, por favor! Ah, e por esta ordem.

E a seguir a esta prova? Outras se seguirão! Aguardem, por favor, o próximo episódio

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bosque das fadas e dos gnomos



A sala "Bosque das fadas e dos gnomos" foi inaugurada com pompa e circunstância. É uma sala que faz parte da Biblioteca e que foi decorada "à maneira", como disse um aluno meu. Nesta sala, os alunos poderão ver filmes, ler ou ouvir histórias... num ambiente de encantar. Ora vejam!




Árvores construídas a partir de materiais reciclados...


Cortinas com borboletas e sardões...

Painéis com príncipes e princesas...


Almofadas pintadas pelos alunos, recriando personagens das suas histórias preferidas...





Quadros...




Flores...






Trabalhinho:


Para pensar…

“A coisa mais bonita do mundo, mais bonita do que a beleza, é a diferença.
Suponhamos que o leopardo é o animal mais bonito da terra. Mais bonito do que ver cem leopardos juntos é ver um leopardo rodeado de outros animais, feios ou bonitos. Bonito, bonito é um leopardo ao pé de um ornitorrinco, um ornitorrinco ao pé de um flamingo, um flamingo ao pé de um crocodilo. É por isso que a ideia da Arca de Noé é tão comovente. Noé não escolheu os animais mais bonitos, nem os mais úteis, nem os mais fortes. Escolheu dois de cada espécie, não porque tivessem alguma qualidade particular, mas por serem diferentes dos demais.
Ser diferente é uma qualidade só por si. Só por ser diferente tem de ser defendido. Acontece, porém que vivemos num tempo igualitário, unificador e racionalista em que as diferenças que ainda existem tendem a ser abolidas”.


Miguel Esteves Cardoso