quarta-feira, 4 de maio de 2011

Terá a Troika chegado Tarde?

Li aqui, gostei e trouxe!

Em minha opinião, a Troika veio tarde de mais.

Vejamos porquê:

Este governo, raciocinando como um sonâmbulo, achou por bem que, para melhorar o desempenho económico deste país, era conveniente cortar nos salários da função pública. E, meu dito meu feito - cortou.

A troika, raciocinando com sabedoria, achou por bem que cortar nas remunerações dos funcionários do Estado seria paralisar ainda mais a economia, por via da diminuição da procura.

Este Governo, eleitoralista até à medula, achou por bem que sacrificar um sector apenas da sociedade, protegendo outro, seria benéfico para assegurar a sua permanência no poder. Ou seja, seguiu o princípio " dividir para reinar";

A Troika, como não dorme, e raciocina com inteligência, achou que não deveria cavar mais fundo o fosso que divide o salário da classe média que presta serviços ao Estado, da que pertence ao sector privado. Ou seja, pensou logicamente que dividir a sociedade nos que pagam e nos que não pagam a crise, não é apenas injusto socialmente, mas também economicamente um disparate.

O governo revelou ao longo dos seus mandatos desconhecer, ou desprezar, por completo o princípio da motivação para o trabalho como uma alavanca decisiva para melhorar a produtividade.

A Troika, pelo contrário, terá considerado a motivação um princípio a ter em conta na decisão final do acordo.

Se quiséssemos ilustrar as duas atitudes, do governo e da Troika, com uma imagem dir-se-ia o seguinte:

O governo, no meio de uma prova de remo, em que seria preciso recuperar de um atraso, tira, por falta de dinheiro nos cofres, dez por cento ao salário dos remadores de um dos lados. Estes, desmotivados, deixam de remar com a mesma energia com que vinham a puxar pelos remos, e alguns, mais zangados, começam mesmo a remar ao contrário. Resultado, em vez de melhorar a corrida, o barco começa a perder velocidade, e mesmo a desequilibrar-se, correndo o risco de se afundar. A Troika, pelo contrário, não retira um cêntimo ao salário de nenhum remador. O dinheiro que falta poupa-o em jantares e mordomias dos directores. Resultado? O barco seguramente irá terminar a corrida, num bom lugar.

CR


1 comentário:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Espero para ver.

Bjs.

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