É paixão... mesmo...

Adoro ler. Tenho milhares de livros distribuídos por umas quantas estantes e livreiros, fora os que se passeiam por mesas, mesinhas, secretárias e móveis vários e já para não falar dos que estão encaixotados... Sou incapaz de passar por uma livraria e não entrar. Nos supermercados, se tenho tempo, fico um tempo infinito a ver as novidades, a folhear livros, a ler um pedacinho aqui, outro ali, para me inteirar da escrita dos muitos autores que povoam as mesas e escaparates... E decido comprar ou não, depois de fazer uma verdadeira pesquisa, quase à lupa, ao livro que mais me despertou a atenção.
Hoje, é fácil publicar um livro! Há por aí um sem número de indivíduos com a mania que são escritores! Mas, não me incomoda ver tantos livros escritos por pseudo-escritores! Não critico nem fico perturbada! Leio o que gosto e recuso o que não me agrada.
Agora, há, realmente, algo que me deixa irritadíssima: erros. Encontrar livros com erros. Nem é preciso mais nada para devolver o livro ao local de onde o tirei! Parece que os erros me saltam à vista, se me enfiam pelos olhos adentro e me ferem mortalmente! Parece que têm uma qualquer doença grave e contagiosa e tenho de os largar logo, não vá a peçonha contaminar-me.
Ontem, fui ao supermercado. Este tem um espaço considerável dedicado à leitura: livros de todos os tamanhos e feitios, sobre todas as áreas possíveis e imagináveis. Perco-me sempre! É irresistível! Aquela zona da superfície comercial parece que tem um poderoso íman que me atrai, me arrasta... E lá fiquei tempos infinitos no meio dos livros: a folhear daqui, a folhear dali, a ler um pequeno período, a passar os olhos num ou noutro parágrafo... E, eis que, do tamanho do mundo, a querer sair da página, a alastrar pela folha inteira... um erro. Larguei imediatamente o livro como já larguei muitos outros pelo mesmo motivo. E saí dali imediatamente...