Costumo fazer exercícios destes com os meus alunos. Eles, ao princípio, acham dificílimo, mas depois querem fazer mais, e mais, e mais...
'Um homem rico estava muito mal, mesmo à beirinha da morte. Pediu papel e caneta e escreveu assim:
'Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada dou aos pobres. '
O coitado morreu antes de fazer a pontuação. Afinal, a quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os possíveis herdeiros: a irmã, o sobrinho, o alfaiate e os pobres.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres.
3) O alfaiate pediu uma cópia do original e puxou a brasa à sua sardinha:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres.4) Depois, chegaram os pobres da cidade... O mais sabido fez esta interpretação:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Dou aos pobres.
Moral da história:
"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.
Nós é que fazemos a pontuação. E isso faz toda a diferença..."
4 comentários:
Uma muito boa lição!
Lembro-me de outro clássico: um homem escrevia, no tempo do fascismo, numa parede com tinta a seguinte frase:
Morte ao Salazar Não é amigo do povo.
Um polícia apanhou-o em pleno acto e, em pânico o homem disse que o polícia o tinha apanhado ainda antes da pontuação. O polícia deixou-o então concluir:
Morte ao Salazar?
Não! É amigo do Povo!
Também faço exercícios com esta e muitas outras que postarei um dia desses, Rui.
Bj
mfc, podes crer que é mesmo uma boa lição. Os garotos acham que a pontuação não é importante! E a partir deste exemplo vêem que é realmente importante pontuar um texto.
Bj
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