Linhas de sentido
- Defesa da objectividade - visão do real centrada no fenómeno - nada existe para além daquilo que, de facto, é perceptível para o ser humano, para além daquilo que captamos através dos órgãos dos sentidos.
- Predomínio da sensação sobre o pensamento (o Homem deve renunciar ao pensamento, pois este implica que se deturpe o significado das coisas que existem).
- Comunhão total entre o Homem e a Natureza - o ser humano deve submeter-se às leis naturais e não deve racionalizar processos que existem naturalmente (por exemplo, as ideias de vida ou de morte, que existem enquanto verdades absolutas).
- Neopaganismo - da ideia de comunhão absoluta com a Natureza resulta uma visão pagã da existência, que consiste na descrença total na transcendência; a única verdade é a sensação.
- Ruptura com os cânones estéticos tradicionais (temáticos e formais).
- Revolução de valores - amoralidade - a realidade não é vista à luz das ideias de moral ou imoral.
- "Desculturalização" - pensar nas coisas é não as compreender.
- Estoicismo - aceitação passiva de tudo - a vida humana deve ser encarada como a vida dos outros seres que existem no universo (há dias de sol e dias de chuva - esta é a verdade suprema e só a sua aceitação conduzirá à tranquilidade - o Homem não deverá integrar-se numa determinada sociedade, mas no todo cosmogónico).
Características estilísticas
- Linguagem simples
- Léxico objectivo (termos que remetem directamente para o objecto)
- Adjectivação quase ausente
- Quase ausência de metáforas, metonímias ou sinestesias
- Paralelismos
- Assíndetos
- Predominância das formas verbais no presente do indicativo
Sonoridades
- Ritmo lento (remetendo para a calma aceitação das coisas)
- Alternância entre sons nasais e vogais abertas e semiabertas
- Ausência de rima
1 comentário:
Parabéns Professora, fez um belo artigo, também concordo (sem essa de acordo ortográfico)
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