sábado, 8 de dezembro de 2012

És água, nuvem, vapor, fumo...




Dormia. Um anjo acercou-se, sussurrou
O teu nome. Acordei. Olhei para o céu
Nuvens brancas e mansas passavam
E a tua imagem surgiu leve e alva
Como uma manhã branda e azul.

Vou ao teu encontro, diáfana
Estendo os braços para te envolver
Mas desfazes-te nas minhas mãos
Escorres-me por entre os dedos
És água, nuvem, vapor, fumo...

Deito-me. Rezo. E numa prece peço
Tempo para te ter, tempo para te amar
Fecho os olhos. E sonho. E percebo
Que amalgamado, atado a mim
Tenho mais do que resquícios de ti 

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Há resquícios que ficam para sempre...
Adorei o teu poema. Excelente.
Beijo, querida amiga.

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