Versejar

Da última vez, falei-vos dos Modos Literários e fiz uma pequena introdução ao Modo Lírico. Para analisarmos um poema, devemos conhecer os vários elementos que constituem as regras da versificação e que dão corpo aos diferentes géneros que a lírica inclui:

• o verso
• a estrofe
• as sílabas e a métrica
• o esquema rimático
• a rima

Versificação

O Verso e a Estrofe

Verso é o nome dado a cada linha que compõe um poema. O conjunto de versos que constituem uma composição poética recebe o nome de estrofe, mas um texto lírico pode ter um número variado tanto de estrofes como de versos por estrofe. Geralmente, uma estrofe apresenta uma ideia ou um sentido completo, mas esta regra pode ser quebrada pelo poeta, quando este pretende produzir efeitos estilísticos.

As estrofes são nomeadas de acordo com o número de versos que as constituem:

• monóstico – estrofe de um verso
• dístico - dois versos
• terceto - três versos
• quadra - quatro versos
• quintilha - cinco versos
• sextilha - seis versos
• sétima - sete versos
• oitava - oito versos
• nona - nove versos
• décima - dez versos
  

As estrofes com onze ou mais versos não têm um nome específico. Dizemos, nesse caso, por exemplo, que o poema é constituído por duas estrofes, uma com doze versos e outra com quinze.

O Acento e o Ritmo

Todas as línguas têm um ritmo próprio que deriva da acentuação de cada palavra e das próprias frases, de acordo com as suas funções (frase exclamativa, frase interrogativa, frase imperativa...). Vamos olhar primeiro para as palavras, como é que elas são acentuadas? As palavras dividem-se em sílabas, que podem ser fortes, isto é, acentuadas (ditas sílabas tónicas) ou fracas, sem acento tónico (ditas sílabas átonas). O resultado do jogo entre as sílabas fracas e fortes é uma cadência harmoniosa, um pouco como acontece com o jogo entre as notas musicais de uma melodia.

É desta forma que se cria o ritmo dos versos que formam um poema. O ritmo do verso é marcado pelo número de sílabas presentes, pela cadência harmoniosa entre as sílabas tónicas e átonas e pela presença e localização de pausas e cesuras.

Como é que o número de sílabas influi no ritmo de um verso? Versos com menos sílabas significam frases mais curtas e, portanto, com um ritmo mais rápido e leve, pelo que são os preferidos para composições populares. Basta reparar nas típicas quadras populares! Eis uma de Fernando Pessoa com sete sílabas métricas:

Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim,
Que o desdém que por mim tenhas
Sempre é pensares em mim.

Por outro lado, versos mais longos são mais lentos e solenes. Por exemplo, os versos de dez sílabas métricas de Os Lusíadas de Luís de Camões:

As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental Praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,

(...)

Mas os acentos variam dentro do próprio verso, independentemente do número de sílabas métricas. Os versos de dez sílabas métricas, por exemplo, podem ser caracterizados como heróicos ou sáficos de acordo com o local onde surgem as sílabas tónicas. Os versos heróicos são utilizados em poemas épicos e em sonetos, onde as sílabas tónicas ocorrem sempre na sexta e na décima sílabas métricas:

Começa-se a travar a incerta guerra

Os versos sáficos apresentam três sílabas acentuadas, na quarta, na oitava e na décima sílabas métricas. Eis um verso de Antero de Quental:

Sonho que sou um cavaleiro andante

Não podemos esquecer ainda as pausas e as cesuras. A pausa é uma interrupção mais ou menos breve que marca o final do verso ou da estrofe. A cesura é uma pausa que surge no interior dos versos com o objectivo de criar uma divisão entre um grupo de sílabas métricas para evitar que o grupo se torne demasiado longo.

A Mena na Cozinha

Rolo de carne no forno

1 rolo de carne (simples ou recheado)
0,5 dl de azeite
1 cebola
2 dentes de alho
mostarda
1 raminho de alecrim
3 colheres de concentrado de tomate
1 dl de vinho branco
1 dl de caldo de carne
sal
pimenta
louro

Faça uma cama com a cebola e os alhos picados. Barre o rolo de carne com a mostarda (esta, que utilizei, contém sementinhas e é ligeiramente picante) e coloque em cima do preparado anterior. Misture bem o vinho branco com o azeite e o concentrado de tomate, tempere com sal e pimenta e deite sobre o rolo de carne devagarinho para não "lavar" a camada de mostarda. Junte o louro e o alecrim, colocando ao lado do rolo, de um lado e do outro. Leve ao forno a 180º. Prepare o caldo de carne e vá regando o rolo, de vez em quando, para não tostar demasiado por cima.

Sirva com arroz branco da avó ou com puré de batata e salada. É uma delícia!

Desafio

Pois é, meninas, temos um empate!
Vão ter de votar mais uma vez:

1. Gratinado da Mena
2. Legumes gratinados à Mena

As meninas finalistas são a Andrea e a Alexandrina. Uma delas terá um lindo presente mym.






Os trabalhinhos mym:



Este trabalho foi feito pela minha filhota, já a pensar no Natal. Ficou bem giro! Coloquei-o em frente à lareira da sala de estar, um espanto! Estas são as cores de eleição da M.: verde e azul.

Esta pega foi feita pela minha mãe, ela tem cá uma paciência! Ficou linda!

Os brincos, fi-los eu e, pronto, por hoje é tudo.
Visitem-me também aqui.