Dobrada à Moda do Porto
Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo ...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje).
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos
Os homens na cozinha
Os homens na cozinha
Picanha com queijo
Quando os homens invadem a cozinha, por vezes, as coisas até saem bem, ora vejam!
picanha
sal
queijo em fios
alho em pó
picanha
sal
queijo em fios
alho em pó
Corte a picanha em bifinhos finos e pequenos. Misture o queijo com o alho. Enrole os bifinhos com o queijo dentro e enfie-os nos espetos. Tempere com um pouco de sal.
Faça o lume e quando tiver brasas suficientes...
Disponha as espetadinhas sobre a grelha.
Sirva as espetadas com salada, arroz e feijão preto.
Bom apetite!
Trabalhinhos:
3 comentários:
Olá Mena
Obrigada por partilhares este poema. Já não me lembrava dele.
Vim mesmo a horas. Jantei!
Uma delícia.
Parabéns ao cozinheiro.
Bjs.
Oi Nena.
Achei interessante o texto da dobrada a moda do porto.
Chico Buarque sempre sucesso.
Os homens na cozinha,maravilhoso.
Os trabalhinhos são lindos.
Deixo o mimo 334 para voce.
bjtos.Nile.
olá querida! adorei o quadro! beijinhos e bom fim de semana!
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