sábado, 11 de setembro de 2010

Deus dos trambolhões




O ti Joaquim deu-me uma cesta de maçãs. Esta tarde, decidimos ir passear à quinta e levar um bolinho para o lanche. Pela manhã, fiz um bolo de maçã e, depois de almoço, pusémo-nos a caminho.
Quando chegámos, o Miguel, neto do ti Joaquim, veio receber-nos.
- Olha, sei uma história nova! - anunciou ele, correndo à nossa frente.
- Que bom, gosto muito de histórias! E tu vais contar-nos a tua história não é? - perguntámos em coro.
- Não é a minha história! Foi o avô que me contou - disse, parando de repente à nossa frente.
- Sabes para que serve aquele moinho? - perguntou, desatando de novo a correr.
- Sei - respondi.
- Sabes que os romanos tinham muitos deuses? - insistiu.
- Também sei - concordei.
Ele corria e olhava para trás, sem parar de falar. De repente caiu. A minha filha disparou:
- Olha, se fosses romano, agora dizias que o deus dos trambolhões te tinha passado a perna.
Rimos, enquanto levantámos o Miguel e pedimos que tivesse calma. No entanto, ele não desistiu nem da história nem da correria.
- Esse deus não sei se havia! Ó avô, os romanos tinham um deus dos trambolhões? - perguntou ao ti Joaquim que entretanto se juntara a nós.
- Ora, Miguel!
- Ó avô, tu disseste que eles tinham deuses para tudo e mais alguma coisa!
- Bem e a história, Miguel, contas ou não? - pediu a minha filha, curiosa.
Apontou para o moinho e disse, muito sério:
- A força que faz girar as pás daquele moinho é o vento. Portanto, a energia que temos aqui, é a energia quê, avô?
- Energia eólica! - respondemos em coro, cada vez mais interessados na história do Miguel.
- É isso mesmo! - disse o rapazinho, batendo palmas. E prosseguiu: - Os Romanos pensavam que os ventos estavam presos em cavernas, numas montanhas muito altas. O deus Éolo é que mantinha os ventos prisioneiros. Quando Éolo soltava os ventos, estes enfurecidos por terem estado presos, faziam estragos por onde sopravam. Agora já sabem porque se chama energia eólica? - perguntou, olhando para nós todo vaidoso. - Gostaram da minha história, gostaram? Agora, já podemos ir lanchar o bolo de maçã? - questionava-nos, pulando e correndo à nossa frente.
- Vamos lá lanchar - concordámos.




A Mena na cozinha

Bolo de maçã reineta

3 maçãs reineta
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de canela

200 g de margarina
200 g de açúcar
200 g de farinha
4 ovos
1 colher de chá de fermento em pó

Descasque as maçãs e corte-as em fatias finas.

Misture as três colheres de açúcar com a canela e deite sobre as maçãs, sacudindo. Reserve cerca de uma hora.

Misture a margarina com o açúcar e bata até obter um creme fofo. Vá juntando os ovos, alternando com a farinha onde misturou previamente o fermento. Unte a forma com margarina e polvilhe-a com farinha. Deite um pouco de massa no fundo da forma e, por cima, disponha as maçãs. Volte a verter mais um pouco de massa, repetindo a operação. Termine com uma camada de maçãs. Por fim, deite o molho das maçãs e leve ao forno a 180º, cerca de 1 hora


Delicie-se!


Trabalhinho: pulseira com arame de cobre e âmbar.

5 comentários:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Uma crónica da vida real.
Adorei!

Fiz um chá e deliciei-me com o bolo.

Bjs.

☼ Carolina ☼ disse...

Hola linda!!
que rica receta, y que linda la pulsera!!
gracias por visitarme
cariños
c@

APO (Bem-Trapilho) disse...

olá minha querida! cá estou eu finalmente, com algum tempinho para dar uma bjoka às amigas! como estás? tudo bem? vejo que tens feito coisas lindas! boa! :)
quero agradecer a visitinha e pedir que voltes sempre.
bjokas doces! :)

artes_romao disse...

boa tarde,td bem?
que bom...continuam os momentos de partilha na quinta;)
este bolo devia estar super delicioso.
Às vezes o meu marido também faz e é um dos meus favoritos.
fica bem,jinhos***

Unknown disse...

Bolo delicioso!


Bonito texto, muita sensibilidade!

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