segunda-feira, 14 de maio de 2012

ACORDO ORTOGRÁFICO (1990) – ANÁLISE DA DISCÓRDIA


"ACORDO ORTOGRÁFICO" (1990) – ANÁLISE DA DISCÓRDIA ( 76 )
(Perverso Desastre Histórico-Cultural e Linguístico)


Vasta associação de ciências do conhecimento, todas elas intimamente ligadas à LINGUÍSTICA, COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, FILOSOFIA, RELIGIÃO ou ARTE, as quais foram sucessiva e reiteradamente desrespeitadas, desprezadas, ofendidas e deveras maltratadas no mesmo «Acordo Ortográfico» de 1990. (Continuado)
Cativar cidadãos para a causa anti-acordista ou, anti «Acordo Ortográfico», de 1990, torna-se, quase sempre, tarefa simples pois, a maior parte dos cidadãos comuns portugueses, jovens e adultos, estudantes, tanto do ensino secundário como do ensino superior, além da maior variedade de trabalhadores em que se incluem funcionários públicos, professores, funcionários das autarquias e juntas de freguesia, etc…, etc.., etc……. desejam, veementemente, continuar a respeitar, venerar e preservar a ortografia vernácula portuguesa, ou seja, a preservar, sem qualquer mácula, o enorme tesouro linguístico-ortográfico e cultural herdado dos nossos antepassados, pais e avós, os quais se sacrificaram ao longo de séculos e séculos, para nos legarem, sem mácula, este incalculável tesouro linguístico-cultural de que muito nos orgulhamos.
No entanto, nem todos os cidadãos aceitam subscrever e assinar o conhecido requerimento da «Iniciativa Legislativa de Cidadãos», com o qual se pretende obter a revogação da «Resolução da Assembleia da República, nº. 35/2008, que aprovou a implementação deste criminoso e destruidor «Acordo Ortográfico», de 1990», a qual se encontra, infelizmente, para mal da cultura de Portugal e dos Portugueses, em vigor sobretudo no ensino básico, nos serviços públicos e na imprensa, estando previstas sanções pecuniárias para quem prevaricar e não aplicar o referido acordo. No entanto, o mesmo, poderá sofrer alterações e rectificações até ao ano de 2015. A verdade é que, apenas Portugal e o Brasil, têm em curso a experiência da aplicação deste execrável «Acordo Ortográfico», de 1990» pois, todos os outros países da CPLP, com especial realce para Angola e Moçambique, que não ratificaram e, muito bem, o mesmo acordo, não o estão a aplicar pois, segundo eles, preferem continuar a falar e a escrever a língua portuguesa vernácula que lhes ensinaram e sem máculas. Este paradigma de amor à erudição linguística é que, como Português, me deixa profundamente envergonhado. Custa-me a ter de aceitar, esta verdade insofismável que é, o facto de os países da CPLP, exceptuando Portugal e o Brasil, venerarem mais a língua portuguesa do que os próprios portugueses de Portugal. Claro que, sabemos muito bem que, estes portugueses a que me refiro são, essencialmente políticos e linguístas frustrados pois, a grande maioria do povo português abomina este maquiavélico «Acordo Ortográfico», de 1990.
Segundo dados estatísticos apurados na minha campanha de recolha de assinaturas, a esmagadora maioria dos cidadãos portugueses, mais de 80%, aceitam logo assinar, sem qualquer hesitação mas, há outros, cerca de 5% que, apesar de opositores, não querem maçar-se pois, segundo eles de nada adianta a sua assinatura pois, o «Acordo Ortográfico», de 1990, já se encontra em vigor e nada deterá os governantes mesmo que o povo seja opositor; Outros referem que têm assuntos mais importantes com que se preocupar, e há, entre 5% e 10% de cidadãos que concordam com este «Acordo Ortográfico», de 1990 que, por isso mesmo, como é natural, se recusam a assinar esta petição.
Da minha análise estatística, o mais imparcial possível, sobre este «Acordo Ortográfico», de 1990, resulta o seguinte: 5% a 10% das pessoas interpeladas, são totalmente favoráveis ao «Acordo Ortográfico», de 1990; 5%, são indiferentes ou sem qualquer opinião; 5%, são opositores desinteressados em se manifestarem e mais de 80% são fervorosos opositores e recusam-se à aplicação da ortografia imposta por este selvático acordo, portanto são uma esmagadora maioria os opositores deste criminoso «Acordo Ortográfico», de 1990.
Portanto, atingi a conclusão estatística de que, mais de 80% do povo Português, a esmagadora maioria, rejeita totalmente este selvático e abominável «Acordo Ortográfico», de 1990.
Os comentários dos que não aceitam assinar este requerimento, entre os indiferentes e sem opinião, são diversos mas, memorizei alguns que me parecem os mais esclarecedores, que são: «Este «Acordo Ortográfico», de 1990, até me vem facilitar a vida Fernando e, além disso, o computador tem um corrector ortográfico que verifica logo todos os eventuais erros e fico descansado»; «Não estou para me maçar Fernando pois, não me interessa reclamar até porque, já tenho muito com que me preocupar»; O mais espantoso comentário, para mim foi este: «Caro Fernando, há muitos anos que não acentuo as palavras e, confesso que nem sei como acentuá-las. Por isso mesmo, este «Acordo Ortográfico», de 1990, até veio mesmo a calhar, em boa hora, para mim». Respondi-lhe que, essa era a prova, mais do que evidente, de que, este «Acordo Ortográfico», era mesmo bom para os analfabetos, ao que o mesmo me respondeu: «Mas eu sou como um analfabeto». Claro que sei que não é bem verdade mas, foi uma resposta mesmo de conveniência.
Há muitos cidadãos que me têm apoiado e incentivado mesmo para continuar a trabalhar nesta causa e a recolher o máximo possível de assinaturas com o objectivo positivo de se conseguir revogar a Resolução da Assembleia da República, nº. 35/2008 e assim, anular a implementação deste acordo absurdo. Acontece mesmo até que, agradeço sempre todas as assinaturas enfatizando que, fico feliz por essas pessoas se preocuparem com a preservação da independência e erudição da língua portuguesa mas, a verdade é que, muitos e muitos dos assinantes respondem-me sempre, nós é que agradecemos a sua preocupação pela preservação da vernaculidade linguística portuguesa, o que me deixa muito feliz e me reforça o alento para prosseguir.
(A língua e a ortografia de Portugal, com mais de 3.000 anos, é sagrada, a melhor identidade do povo português e não pode ser alterada, de forma radical, iníqua e arbitrária, por uma espécie de vassalagem, através de um desastroso, dúbio, inculto, demagógico, abominável, subjectivo e corporativo Tratado Político/ Mercantilista/Comercial/Económico.) (Continua)

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