segunda-feira, 18 de março de 2013

O mundo em que vivi



O Mundo em que vivi retrata a época da ascensão ao poder dos Nazis e é mais um dos muitos capítulos que nos dão conta da revoltante perseguição aos judeus. Esta  história é baseada na vida de Ilse Losa, que teve, tal como Rose, personagem principal desta história, de abandonar o seu país, apenas por ser judia.
A acção desenrola-se, em termos de tempo, nos finais da Primeira Guerra Mundial e, em termos de espaço, na Alemanha.
Rose Frankfurter, uma menina da classe média, frágil, de cabelo louro e de feições infantilmente lisas, passara uma infância complicada pelo facto de ser judia.
Vivia com os seus avós paternos, Markus e Ester, numa pequena casa.
O avô Markus era uma pessoa amável, calma e tinha um olhar sempre tristonho. Rose tinha um  carinho especial pelo avô. A  avó Ester era o oposto, fria e rígida, as suas duas palavras preferidas eram: prático e económico, vocábulos que Rose odiava.
Quando dois dos tios de Rose, filhos dos seus avós paternos, morreram, Markus ficou fragilizado, abatido e doente, o que entristeceu Rose.
Entretanto, aconteceu o menos desejável, o avô Markus morreu e logo a seguir a avó Ester. Rose foi, então,  viver com o pai, a mãe e os seus dois irmãos, e  a sua vida mudou radicalmente.
Mudou-se para cidade, entrou na escola primária e não sentia qualquer discriminação pelo facto de ser judia. Mas é ao entrar na Escola Secundária que tudo mudou, apercebendo-se do modo como eram tratados os judeus,  sentindo também ela na pele a discriminação. Contudo, nem tudo era tristeza na sua vida, havia o seu namorado. Paul  fazia-a feliz e, de certa forma, protegia-a.
Mas, logo, logo, outros problemas surgiram: o pai morreu com cancro e a mãe, não tendo como sustentar os três filhos, teve de vender a casa. Rose decidiu ir para Berlim trabalhar, mas a crise, a inflação, o desemprego, o assassínio de Rathenau (ministro judeu), a vitória dos Nazis causaram um violento distúrbio na sociedade e Rose, por ser judia, corria risco de vida. A sua grande sorte foi um oficial nazi ter simpatizado com ela, por ser loira e de olhos azuis. Este deu-lhe um  prazo de cinco dias para sair do país, escapando-se assim ao triste fim dos restantes judeus: o campo de concentração.

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