sexta-feira, 31 de maio de 2013

A palavra coisa



As pessoas dizem frequentemente: “Agora é que a coisa está mesmo preta”, “Passa aí essa coisa.”,  “Mais uma coisa para me chatear!”, “Pára lá com essa coisa!”, “Mas que coisa!”. Ó coisinha, despacha-te!...
Não deixa de ser intrigante  o uso da palavra COISA. Que coisa maravilhosa é o vocábulo coisa! COISA é uma palavra sensacional, formidável, espectacular: substitui qualquer coisa e não diz coisa alguma/nenhuma. É a palavra de sentido mais amplo que conheço. Falta-nos um sinónimo? E lá vai a palavrinha maravilha: coisa. Coisa para aqui, coisa para ali, coisa assim, coisa assado!...
Coisa é uma palavra tão versátil que até já é verbo. Ficam, então, a saber que coisar é um verbo universal que substitui qualquer outro verbo que não seja lembrado no momento: “Eles estão a coisar”. Só Deus sabe o que eles estão mesmo a fazer! Coisa é um substantivo feminino, mas também já é utilizado no masculino, e é ainda capaz de ser usado no grau superlativo absoluto sintético, como se fosse um adjectivo: “Não fiz coisíssima nenhuma hoje”. Sendo nome, seria normal encontrarmos apenas o grau diminutivo (coisinha: Oh, que coisinha tão fofa!), porque “coisão” nunca ouvi, felizmente!
Pois bem, resumindo e concluindo, está completamente fora de questão o uso das palavras coisa, coiso, coisar em textos mais cuidados e formais!
Reparem nesta história:
O proprietário de uma quinta contraiu um empréstimo num Banco, hipotecou a propriedade e, três meses depois, morreu. O Banco, preocupado, mandou um fiscal à quinta. Lá chegado, ficou feliz ao ver que as coisas corriam bem. A viúva trabalhava arduamente e o dinheiro investido florescia, já apresentava lucros, estando o pagamento da hipoteca garantido. O fiscal regressou à cidade e o seu chefe pediu-lhe um relatório detalhado... O fiscal escreveu: “O proprietário morreu, mas o Banco pode ficar tranquilo, porque a viúva mantém a coisa em pleno funcionamento”. Sabe Deus que coisa é essa!?

domingo, 26 de maio de 2013

Bela tarde, Ana!


Bela tarde: muito riso, muita palermice...


A minha sobrinha emprestada foi para terras de França, mas a despedida foi doce e reinou a boa disposição!


Também gosto muito de ti, princesa!


A sessão fotográfica foi bem atribulada! Mas, rimos que nem umas perdidas e fizemos toda a gente rir. Olha só o arzinho de quem não parte um prato da Ana, mas a loiça toda! Eheheheheh!


OMG, que caras!


Estavam tão bem as fotos ! Vê-se bem pelas nossas caras de parvitas!


Hum, parece que sempre se aproveita uma ou outra!


A olhar contra o governo ou desgoverno ou lá o que é!


Ó pá, não me façam rir!


Assim não dá!


Mais uma tentativa!


Ah! Parece que desta é que foi! Nada má!


Olhares em contraste: a verde e azul...


Afinal, olho para onde, para quem?


BANANA!

Professores e alunos podem construir uma sólida amizade, a nossa já dura há três anos: já rimos, já sorrimos, já demos grandes e sonoras gargalhadas, já chorámos, já embirrámos, já desconversámos, já refilámos... Mas, uma grande amizade resiste a tudo, até à negativa que tive de te dar, minha malandra! 
Sê feliz, porta-te bem! Quando vieres, sabes onde me encontrar! Temos coisas combinadas, certo?

Até já, princesa!

domingo, 19 de maio de 2013

Central do Brasil




O premiado filme "Central do Brasil" retrata com emoção o quotidiano de milhões de brasileiros que vivem migrando pelo país em busca de um lugar ao sol, por condições mais dignas de vida, vindos das regiões mais pobres do Norte e Nordeste, geralmente se estabelecendo em São Paulo ou no Rio de Janeiro.
Fernanda Montenegro é Dora, uma mulher que escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil, estação ferroviária carioca. A mãe de Josué (Vinícius de Oliveira) pede para a ex-professora escrever e enviar uma carta para o pai do garoto, mas, como sempre, Dora a joga fora. Quando a mãe do menino morre atropelada, ela resolve vendê-lo a traficantes de crianças, porém um sentimento de culpa faz com que Dora acabe voltando atrás e ainda ajude Josué a encontrar seu verdadeiro pai. 

sábado, 18 de maio de 2013

O gengibre é bom!



Durante séculos, o Gengibre tem sido usado em toda a Ásia para tratar dores nas articulações, resfriados e até mesmo indigestão.
O Gengibre cru ou cozido pode ser um analgésico eficaz, mesmo para inflamações como a osteo-artrite, e isso porque a inflamação é a origem de todos os tipos de problemas como artrite, dor nas costas, dores musculares, etc..

O gengibre contém 12 compostos diferentes que combatem a inflamação, um desses compostos atenua os receptores da dor e actua nas terminações nervosas.
Se a sua intenção é eliminar os analgésicos, químicos com variados efeitos colaterais, passe a consumir o Gengibre.

Eis algumas dicas para obterem uma boa dose diária de gengibre:
Ao fritar os alimentos, junte o Gengibre e mexa bem: ele vai adicionar um sabor revigorante a qualquer prato de carne ou de  vegetais.

Sabia que nas farmácias ou lojas de produtos naturais pode adquirir gengibre em pó, em comprimidos ou cápsulas?
- Procure por um extracto com gingerols 5%.
- Use uma compressa de gengibre sobre as zonas doloridas: Isso vai estimular a circulação sanguínea e aliviar as dores nas articulações.

Beber chá de gengibre: É barato. É muito fácil. O gosto é óptimo. E cura!
Aqui fica uma receita:
- Quatro copos de água, um pedaço de aproximadamente 5 cm de Gengibre descascado e cortado em fatias; limão e mel a gosto. Se preferir, use laranja em  vez do limão. Fica ótimo!
- Ferva a água numa panela com fogo alto.
Assim que começar a ferver, adicione as fatias de Gengibre, baixe o lume, cubra a panela para que os vapores não saiam e deixe ferver 15 minutos.
O chá está pronto!
Basta coar e adicionar o mel com o limão ou laranja.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Nunca vi!


Marcelo Aceti é um poeta brasileiro de que gosto particularmente, descobri-o por acaso e tenho vindo a seguir a sua poesia através das suas páginas no Facebook.
A página que criei para divulgação da poesia (e não só!) de expressão portuguesa, tem homenageado um poeta/escritor por dia, a selecção não é fácil, por isso, decidi pesquisar o dia de aniversário dos muitos escritores que escrevem em português. E foi assim que cheguei ao Marcelo Aceti! Para quem não conhece, aqui deixo os dois poemas que já divulguei no Para Português Ler.


Eis a descrição da página:

Ter dúvidas é saber! / O saber não ocupa lugar. / Quem não sabe, procura! / Quem não sabe é como quem não vê. / Para saber mal, antes não saber./ Quanto sabes, quanto vales! / Do saber nascem cuidados.
Descrição da página de Para Português Ler
Grassam por aí muitos erros, bastantes dúvidas... que proliferam como cogumelos depois de chuva, transformando-se numa terrível epidemia. Com esta página pretendemos ajudar a pôr cobro aos muitos pontapés que se dão na nossa pobre gramática! Juntaremos também uma mão-cheia de poemas, citações, reflexões, provérbios, frases idiomáticas... Adicionaremos algumas curiosidades, esclarecimentos, correcções, desafios e sugestões em quantidade generosa. Por fim, para decoração, salpicaremos tudo, muito bem, com uma boa dose de bom-humor. Sirvam-se, deliciem-se, aprendam a saborear e a gostar da nossa língua!

Convido-vos a darem um saltinho até à página, quem sabe se não terão algumas surpresas!

Serão muito bem-vindos!

domingo, 12 de maio de 2013

Não te esqueças!



O que está acima era parte de uma expressão que eu usava com os meus filhotes, quando eram pequenos, primeiro com o meu pequenino, depois com a minha princesa. 
Ainda hoje a usamos!
Tinha sido colocada em Rio Maior e o meu filho era pequenito. O horário era diurno e nocturno e havia dias que ele não me via: saía de casa, ele ainda estava a dormir, chegava e ele já estava a dormir. Havia outros dias em que entrava de tarde e ficava para a noite, quando chegava, claro que ele já dormia! Depois de almoço, ele, quando me via arranjada para partir, começava num choro aflitivo, pois pensava que eu não ia voltar... Então, eu para o acalmar, punha-lhe o dedo no narizito e dizia: Não te esqueças que eu gosto muito de ti! Ele fitava-me a sorrir, com os olhos enormes completamente afogados... 
Esta expressão, entretanto começou a ser dita pelos dois, um começava-a, o outro terminava-a, eu dizia: Não te esqueças... E ele prosseguia: ...que eu gosto muito de ti!. Quem ia sair é que dizia a primeira parte, o que ficava, terminava-a. E esta expressão perdura até hoje. Continuamos a dizer: Não te esqueças... E a responder: ...que eu gosto muito de ti! É uma frase muito nossa, minha e dos meus filhotes. Só nós sabemos o verdadeiro significado desta nossa frase!

sábado, 11 de maio de 2013

Ascensão de Vasco da Gama



"Ascensão de Vasco da Gama"
Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o ódio da sua guerra
E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus
Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-no, ao durar, os medos, ombro a ombro,
E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.

Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta
Cai-lhe, e em êxtase vê, à luz de mil trovões,
O céu abrir o abismo à alma do Argonauta.


A figura de Vasco da Gama é engrandecida neste poema por vários aspectos:
1. Pela situação de elevação aos céus num plano superior ao da simples condição humana – libertando-se do corpo, torna-se alma e imortaliza-se;
2. Pelos efeitos provocados por esta situação: o pasmo dos Deuses e dos Gigantes, o silêncio e assombro da natureza e a admiração dos homens;
3. Pelo nome de “Argonauta” dado a Gama, identificando-o com os heróis míticos da Grécia antiga, que procuravam desvendar o desconhecido, buscando o inacessível e o impossível. É de salientar que este poema se associa à representação que é conferida a Vasco da Gama “n’Os Lusíadas” obra em que o herói  é também elevado no plano dos Deuses nomeadamente no episódio da “Ilha dos Amores”.
Assim, temos a salientar :
  • A capacidade de interferência de Vasco da Gama no plano mitológico das guerras entre deuses e gigantes 
  • A ascensão de Vasco da Gama e dos Portugueses, porque devido aos seus feitos “se vão da lei da morte libertando”, perante pasmo quer no plano mitológico (deuses e gigantes) quer no plano terreno (pastor).