sábado, 7 de dezembro de 2013

Tu és a minha âncora



Não tenho âncoras, não tenho amarras
Sou um barco à deriva no mar
A minha casa são as rochas
O meu chão são limos e sargaços
O meu céu é azul como todo o céu

E o mar leva-me longe, navego
Vou à bolina, errante, sem destino
De noite, são as estrelas minhas guias
De dia, o sol atira os raios,
Abrindo caminhos de luz

Que procuro eu lá longe no brilho?
Que encontrarei no tremeluzir
Cintilante das estrelas?
Estarás lá no fundo da luz
De braços abertos para me receber?

Estás, estarás sempre na claridade
Os braços estendidos para mim
E chegando, tomas-me, agasalhas-me
E os teus braços serão meu abrigo
Os teus lábios meu alimento

Seremos apenas um barco ondeante
Que encontrou o porto, águas tranquilas
E acostou ao cais, sem ferros, livre
As rochas, a água, os sargaços, a espuma
Envolvem-nos... Chegámos a casa!

Mena


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