sábado, 18 de dezembro de 2010

Frei Luís de Sousa - espaço






Espaço

Espaço Físico

A primeira característica da estruturação do espaço em Frei Luís de Sousa é a concentração.

Os espaços desta peça são em número reduzido, sendo que a mudança de acto implica a alteração de cenário.

· Primeiro acto

Decorre no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada, numa sala ampla e decorada de forma rica e luxuosa, “câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância dos princípios do século XVII". Este espaço caracteriza-se pela luminosidade, pela abertura ao exterior (através das grandes janelas rasgadas), pelas sugestões cromáticas e pela liberdade de movimentos, o que espelha a felicidade daquela família, que será, apenas aparente.

O retrato de Manuel de Sousa Coutinho que está nesta sala é um elemento simbólico: ao ser devorado pelas chamas que consomem o palácio, funciona como indício de desgraça.

· Segundo acto

Passa-se “no palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada, salão antigo, decorado num gosto melancólico e pesado, com grandes retratos de família…”. Aqui o retrato de Manuel de Sousa Coutinho é substituído pelos retratos de D. João de Portugal, de D. Sebastião e de Camões. O retrato de D. João funciona como anunciador de uma fatalidade iminente: Maria e D. Madalena fitam-no como que fascinadas e no final deste acto torna-se o meio de reconhecimento do Romeiro.

No salão deste palácio, a vontade própria das personagens desvanece, a abertura dá lugar ao fechamento e as portas cobertas de reposteiros fazem o mundo exterior desaparecer.

As evocações do passado e a melancolia prenunciam a desgraça fatal.

· Terceiro acto

Desenrola-se na parte baixa do palácio de D. João de Portugal, cuja porta comunica com a capela da Senhora da Piedade. O espaço perde abertura e luz e ganha frieza e escuridão, tornando-se mais restrito e austero (“é um casarão vasto sem ornato algum”). Este espaço denuncia o fim das preocupações materiais. Os bens do mundo são abandonados.

Podemos concluir que o afunilamento gradual do espaço em Frei Luís de Sousa anda a par com o avolumar da tragédia.

Espaço Psicológico

As coordenadas do espaço psicológico da obra são delimitadas pelos sonhos proféticos e devaneios de Maria, assim como por diversos monólogos:

- o monólogo de D. Madalena, que reflecte sobre uns versos d’ Os Lusíadas, dando conta das preocupações constantes em que vive (cena I, acto I);

- o monólogo de Manuel de Sousa Coutinho, quando decide incendiar o seu palácio (cena XI, acto I);

- as reflexões ponderadas de Frei Jorge, que parece antever a desgraça que se vai abater sobre a família de seu irmão (cena IX, acto II);

- o monólogo de Telmo, que revela verdadeiramente o seu conflito interior no final da peça (cena IV, acto III).

Espaço Social

Existem várias indicações que contribuem para a integração das personagens numa classe social elevada - a nobreza: D. Madalena tem o epíteto dona, que só se dava no século XVII às senhoras da aristocracia (D. Madalena de Vilhena, lembrai-vos de quem sois e de quem vindes, senhora); Manuel de Sousa Coutinho é cavaleiro de Malta, uma ordem religiosa unicamente para nobres; D. João de Portugal pertence à família de Vimioso e Maria, a dona bela, tem sangue dos Vilhenas e dos Sousas.

O espaço social é também delimitado pela crítica que o autor dirige à opressão social causada pelo domínio filipino e ao preconceito que recai sobre a ilegitimidade (problema que afectou a própria filha de Garrett).

A Atmosfera

Há ao longo da intriga dramática uma atmosfera psicológica do sebastianismo com a crença no regresso do monarca desaparecido e a crença no regresso da liberdade. Telmo Pais é quem melhor alimenta estas crenças, mas Maria mostra-se a sua melhor seguidora.

Percebe-se também uma atmosfera de superstição, nomeadamente desenvolvida em redor de D Madalena.




Trabalhinho:





A Mena na cozinha

Maruca no forno

800 g de maruca

sumo de 1 limão

2 tomates

4 dentes de alho

1 cebola

2 cenouras

1 colher ( sopa) de massa de pimentão

1,5 dl de cerveja

coentros

azeite

sal

pimenta



Aqueça o forno a 200º. Lave as postas de maruca, escorra-as e coloque-as num tabuleiro, regado com um pouquinho de azeite. Regue o peixe com o sumo do limão e tempere com sal e pimenta.

Lave o tomate e pique-o. Descasque e pique os alhos. Corte a cebola em meias-luas e as cenouras em triângulos. Junte os alhos picados e todos os legumes ao peixe.
Dissolva a massa de pimentão na cerveja e verta-o sobre o preparado anterior.

Salpique com os coentros picados. Leve ao forno aproximadamente 50 minutos virando o peixe a meio da cozedura. No fim, rectifique os temperos e sirva.

Coza batatas cortadas às rodelas. Depois de cozidas, escorra a água da cozedura. Passe as batatas por ovo batido e frite-as em azeite.

Sirva o peixe com as batatinhas passadas pelo ovo.
Bom apetite!

2 comentários:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Já tarde, mas como ainda não tinha jantado, servi-me.

Hummmm...uma delícia.
Saboreei ao som da canção maravilhosa.

Bjs.

APO (Bem-Trapilho) disse...

olá!
Vim desejar-te um excelente Natal, recheado de muita saúde, paz e amor.
E que 2011 te traga muitos e bons projectos.
bjinho carinhoso,

Paula

PS-Adorei as pregadeiras!!!

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