quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vive em mim outro eu


Vive em mim outro eu
Que por vezes, ignoro
Mas sei que pensa e sente.
Como qualquer pessoa
Ama, sente e pensa.

Vive mais uma alma em mim.
Há mais um eu cá dentro
Encerrado.
Indiferente? Não. Calado,
Não pode falar, eu não deixo.

O que sente, o que pensa
Não é o que sinto ou penso
É uma briga constante!
Eu quero mandar
Ele não quer obedecer.




Mena
Eu...
Sou eu mesma...
Eu, cheia de dúvidas, de temores
De fantasias, de esperanças...
Perdida?
Eu...
Cansada, imperfeita, incógnita
Eu...
Mulher, deusa, musa
Eu...
Divina?
Sim!
Sou eu...


Mena

Passos em falso - Santana Castilho

Passos em falso


1. Pareceria elementar que alunos, famílias e professores pudessem confiar no Estado quanto às regras por que se pautam. Parece de senso mínimo que elas não mudem a meio do ano. Mas mudam. E não é de agora. O que é de agora é a incoerência de Nuno Crato, que faz hoje o que, ontem, impiedosamente criticava. Poderemos teorizar sobre as vantagens e as desvantagens de permitir aos alunos que escolham entre apresentar-se ou não à primeira fase dos exames nacionais. Podemos admitir que apenas os casos excepcionais recorram à segunda. Mas o que não podemos aceitar é que se decida sobre isto a meio do ano e, sobretudo, não se preveja alternativa para um impedimento forte, que escape à vontade do aluno e tenha por consequência a perda de um ano. Tal aberração está contida no despacho nº 1942, de 10 de Fevereiro, da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário. Para que fique mais fácil de entender: um cidadão português, aluno de 18, que não entrou em medicina no ano passado, por insuficiência de média, num país que contrata médicos de 10, estrangeiros, e que tenha passado este ano a estudar para fazer melhoria de nota, se tiver o azar de ser atropelado a caminho do exame da primeira fase, ao qual tem obrigatoriamente que se apresentar, esse cidadão, caros leitores, dizia eu, perde outro ano e volta no próximo. Se não for piegas, ou não emigrar.

2. Na proposta de novas regras para a contratação de docentes, o Governo invoca o “princípio da igualdade” para permitir que os professores das escolas privadas com contrato de associação possam ter acesso à primeira prioridade do respectivo concurso. E sustenta a proposta com a alegação de que aqueles professores prestam serviço público idêntico ao que é prestado pelos professores das escolas públicas. Para que a iniciativa não exalasse cinismo e desonestidade, o Governo deveria tornar definitivos os contratos precários dos milhares de docentes da escola pública, com três anos de contratação. Como acontece aos docentes das escolas privadas. Por uma questão elementar da invocada igualdade.

3. Se os verdadeiros crimes pedagógicos que se têm cometido em Portugal tivessem ocorrido na Islândia, talvez algo tivesse acontecido, responsabilizando civilmente os autores, como Passos Coelho corajosamente defendia, quando era oposição. Uma primeira consequência, mensurável, do disparate dos megas agrupamentos, está aí: o calote feito para transportar crianças das suas aldeias para os depósitos desumanos das cidades cifra-se em 60 milhões de euros e ameaça paralisar o sistema. O país ficaria atónito se mais custos fossem quantificados.

4. O Governo aprovou um tal “Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego”, que prevê pagar a agências que coloquem desempregados. A ideia é que o Instituto de Emprego e Formação Profissional pague ao sector privado para que este faça o que compete àquele. Por outro lado, anuncia-se nova vaga de formação, com cursos de 50 a 300 horas. Era tempo de o Governo aceitar que só há emprego com crescimento económico e que o desemprego não é consequência de falta de formação. Tanto mais que vem aconselhando os mais qualificados a emigrarem e nada fez para cumprir a recomendação da troika no que toca ao ensino profissional. Basta de incoerência e de dinheiro deitado à rua ou investido no progresso de países terceiros.

5. Francisco José Viegas, o escritor e jornalista, faria e diria o que Francisco José Viegas, o secretário de Estado da Cultura, tem feito e dito? Diria ter chegado a “bom porto”, no negócio da venda da Tobis, quando, como candidamente confessou, apenas sabe que a empresa compradora é de “capitais sobretudo angolanos”? O Estado português já vende sem saber a quem? Se, por mera hipótese, um qualquer cartel da droga, a coberto de nome germânico, oferecer bom dinheiro pela TAP, o Estado vende, limitando-se a contar as notas?

6. Os sacrifícios colossais impostos aos portugueses que menos podem reclamam tolerância zero quanto à legitimidade moral das decisões políticas. Infelizmente, essas decisões são cada vez mais opacas e iníquas. O parlamento acaba de inviabilizar uma nova comissão de inquérito ao polvo BPN. Compreendemos porquê. Porque, com raras excepções, assume-se sempre como correia de transmissão da maioria que governa. Porque, neste caso, Passos tende para Sócrates e Gaspar converge com Teixeira dos Santos. Como é possível que uma fraude tão grande só conheça um rosto indiciado, que não condenado? Como é possível que, volvidos 33 meses, não seja pública a trama urdida e não sejam conhecidos os nomes dos que a conceberam, que serão muitos mais que o solitário Oliveira e Costa? À opacidade das condições em que o BPN foi resgatado junta-se agora a falta de transparência das condições em que foi vendido por tuta e meia. Passos como Sócrates, Gaspar como Teixeira dos Santos, actuam como se fossem donos do dinheiro que confiscaram aos contribuintes e acham que não têm que prestar contas públicas sobre o BPN. Por que razão não foi nacionalizada a Sociedade Lusa de Negócios e os seus activos? Qual é, afinal, a quantia total injectada no BPN? Qual era, é, o valor do património imobiliário do BPN?

7. Miguel Relvas decidiu imortalizar o programa de Governo numa edição de luxo para governantes. Foram 100 exemplares a 120 euros cada. No mesmo dia em que a decisão política, imoral, era conhecida, Miguel Relvas exortava na televisão, pedagogicamente, as autarquias a acabarem com as obras de fachada. Aparentemente sem se dar conta que há uma diferença entre um ministro de Estado e um grilo falante.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Mena na cozinha

Bolo de canela I

100 g de margarina
150 g de açúcar
2 ovos
200 g farinha
2 colheres de chá de fermento
1 colher de sopa de canela
1 dl de leite
1 colher de sopa de vinho do porto
50 g de nozes picadas (facultativo)


Bata a margarina e o açúcar até ficar um creme claro. Junte as gemas. Peneire a farinha com o fermento e a canela e junte à massa, alternando com o leite e o vinho do Porto. Bata a massa energicamente e junte as nozes picadas. Bata as claras em castelo e envolva-as, delicadamente, na massa.
Deite numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha. Leve a cozer em forno quente (200º).



Bolo de canela II

3o0 g de açúcar
230 g de farinha
120 g de manteiga ou margarina
5 ovos
1 colher de sopa de canela
1 colher de chá de fermento

Bata bem as gemas com o açúcar e a manteiga até obter um creme fofo. Adicione a farinha, o fermento e a canela e misture bem. Por fim, junte as claras em castelo, envolvendo bem.
Leve o preparado ao forno, numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha, a 180 °C.

Delicie-se!

Let's play a while... Dia XXVIII - Your city

A minha cidade vista através do olhar de um grande pintor, José Malhoa! Gosto de ver a cidade através dos olhos dos pintores e dos poetas, só eles lhe captam a verdadeira alma...

As cores do Amor



De um poema se faz a noite
Ao perto vejo o silêncio
Que nos teus lábios me lembrou
Queria ser ontem
E pintar memórias de tempo
De beijos teus
Debruados de amor
Em versos meus

José Guerra


Ontem, o Amor acordou-me com rosas vermelhas, hoje depositou na minha almofada flores de esperança...



A noite passou calma e silenciosa, o dia começou com o perfume colorido e inebriante das flores que teimas em deixar sobre o meu leito... Sorrio para as flores, são rosas, apenas três rosas vermelhas... Inspiro o seu aroma, por momentos, com os olhos ainda fechados, e sinto a tua mão no meu rosto, num afago carinhoso... sinto os teus lábios trémulos tocarem de leve os meus... E as flores, únicas testemunhas daquele momento de ternura, continuam a exalar o seu perfume e a rodear-nos no seu abraço apertado...
Mas, o rasto aromático fica para trás... O cheirinho bom do pequeno-almoço chama-me e mistura-se com o aroma floral que me segue desde o quarto e que me envolve com os seus longos braços... A magia desvanece-se...
Entro no carro, ligo o rádio e vou ao encontro do mundo, do meu outro mundo... Se a música convida, canto... se não, perco-me em pensamentos que persistem, em lembranças que moram em mim e... por vezes... sorrio... Sorrio e pinto o meu dia com as cores do Amor...


Mena


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Let's play a while... Dia XXVII - Lunch

Foi um almocinho especial! Não foi hoje, mas ontem... Uma batotazita!

Carne assada no forno
1 lombo de porco
1 cebola
5 dentes de alho
1 pimento vermelho
sal
pimenta
1 malagueta grande
2 colheres de sopa de polpa de tomate
1 folha de louro

Faça uma pasta com a cebola, os alhos, o pimento, o sal, a pimenta, a malagueta e a polpa de tomate, na picadora.
Fure a carne e barre-a com este creme. Reserve o resto da pasta. Deite um pouco de azeite no fundo de um pirex e disponha a carne. Por cima da carne, deite o resto do creme reservado, o louro e um copo de vinho branco. Regue com um pouco de azeite e leve ao forno.
Sirva com batatinhas e feijão verde cozidos que juntará à carne, quando esta estiver quase pronta, para ganhar sabor.

Delícia de pêssego

1 saqueta de gelatina de pêssego
1 lata de pêssego em calda
2 dl de natas
4 dl de água

Escorra os pêssegos e reserve 3 metades para decoração. Reduza a puré os restantes pêssegos.
Prepare a gelatina com os 4 dl de água. Junte a polpa de pêssego e as natas, mexendo bem. Leve ao frigorífico a solidificar numa forma.
Desenforme e enfeite com os pêssegos reservados.
Delicie-se!


E o bolo de anos que veio daqui!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Shoes, shoes, shoes... I love it!

Aqui fica um "cheirinho" do que se vai calçar este Verão... Espero que gostem!... Eu adorooooo!
(Escolhi os mais bonitos!)




















let's play a while... Dia XXVI - Colour

Rosa vermelha


Rosa sem EspinhosPara todos tens carinhos,
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor!

Se a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar,
O mais que lhe fazes, rosa,
É sorrir e é corar.

E quando a sonsa da abelha,
Tão modesta em seu zumbir,
Te diz: «Ó rosa vermelha,
» Bem me podes acudir:

» Deixa do cálix divino
» Uma gota só libar...
» Deixa, é néctar peregrino,
» Mel que eu não sei fabricar ...»

Tu de lástima rendida,
De maldita compaixão,
Tu à súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?

Tanta lástima e carinhos,
Tanto dó, nenhum rigor!
És rosa e não tens espinhos!
Ai !, que não te entendo, flor.


Almeida Garrett

sábado, 25 de fevereiro de 2012

let's play a while... Dia XXV - Nature

Um passeio pelo campo, na terra do maridão, nas terras da sogrinha, há sempre muitas coisas que merecem ser eternizadas...

A saúde mental dos portugueses

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto comimpotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso

Médico psiquiatra

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Mena na cozinha


Filetes de pescada com cogumelos

filetes de pescada
limão
sal
pimenta
salsa
cogumelos frescos
camarão descascado
alhos picados
1 sopa de cebola instantânea
1 pacote de natas

Tempere os filetes com sal, pimenta, salsa, alhos picados e sumo de limão. Reserve durante uma hora.

Num pirex, deite 1/3 das natas e cubra com um pouco do pó da sopa de cebola.
Espalhe os cogumelos e os camarões, fazendo uma cama.

Passe os filetes pelo restante pó da sopa de cebola e disponha-os sobre a cama preparada. Se sobrar sopa de cebola, espalhe-a sobre o peixe.

Regue com as restantes natas e leve ao forno.
Sirva com puré de batata e salada...

Bom apetite!

Gosto, gosto, gosto...


... do pôr-do-sol, das cores de fogo com que pinta tudo...

... de flores, das suas cores esplendidas, do seu perfume, das suas mais variadas e exóticas formas...

... de água, dos rios, das lagoas, dos lagos, do mar...

... das cores com que se pinta a Natureza...
... de fotografia, de captar momentos, de eternizar instantes, de olhar através da objectiva e ver o que ninguém mais vê ou dá importância...

Outros gostos!

Gosto de "melissas", estas pretas são as minhas preferidas, mas a nova colecção está recheada de belos sapatinhos (altos, baixos, abertos, fechados...) para os gostos díspares das muitas Cinderelas que por aí andam...



E gosto de fazer isto e muito mais...



agendas

decorar frascos para acondicionar os mil e um chás de que gosto...



As minhas bijutarias e as de muitas das minhas amigas...


... e do selinho que esta menina, a Carla, me deu!

Gostei muito, considero-me uma mãe muito, mas muito coruja, e se da fama não me livro, há que ter também o proveito, não acham?

Ora bem, agora preciso de 10 mamãs a quem passar o selinho. Vejamos!

Vou fazer assim: Quem é uma mãe coruja, por favor, leve o selinho. Quem sou eu, para achar se alguém é ou não mãe coruja, não é?