domingo, 2 de dezembro de 2012

O ontem acabou, faleceu




Hoje. O ontem acabou, faleceu
Foi areia que se escapou de entre os dedos,
Amanhã surgirá de madrugada
Verdes passos abrindo o horizonte.

Ninguém deixa de caminhar, amor
O rio correrá a alcançar o mar
Os teus olhos correrão para os meus
As tuas mãos e as minhas apertadas

Fecham-se como asas, ergue-se o céu
E vais e vens entre os meus braços nus
Regular, como um cântico ritmado

Então, alteio a voz e canto ao dia
Que surge, ao tempo que passa e à lua,
Ao teu corpo de mar que me cobre e eleva... 


Mena

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema de amor.
Gostei muito do teu soneto. Brilhante, como sempre.
Rita, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.