Há no firmamento
Um frio lunar.
Um vento nevoento
Vem de ver o mar.
Quase maresia
A hora interroga,
E uma angústia fria
Indistinta voga.
Não sei o que faça,
Não sei o que penso,
O frio não passa
E o tédio é imenso.
Não tenho sentido,
Alma ou intenção...
Estou no meu olvido...
Dorme, coração...
Fernando Pessoa
2 comentários:
Olá Mena
Li o poema aconchegada no cachecol.
Bjs.
Pois... estou com uma mantinha!
Enviar um comentário