A Justé trouxe-nos alguns presentes do seu país, por exemplo, uma espécie de chouriço - biovela - com que confeccionei esta receita.
Ovos rotos com biovela
biovela
5 ovos
1 lata de milho
1 lata de cogumelos laminados
salsichas
1/2 pimento vermelho
sal
pimenta
batatas fritas
azeite
5 ovos
1 lata de milho
1 lata de cogumelos laminados
salsichas
1/2 pimento vermelho
sal
pimenta
batatas fritas
azeite
Bom apetite!
Trabalhinho:
A poesia do século XX
O que é a poesia?
Ver Claro
Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade
Repara no título deste poema ("Ver claro").
Neste poema, o verbo ver significa interpretar.
Neste poema, o verbo ver significa interpretar.
O verbo ver é polissémico, na medida em que admite vários sentidos (observar, olhar, interpretar, espreitar...) de acordo com o contexto em que se insere. Neste caso, o sujeito poético encara a visão como interpretação.
O poema "Ver claro", de Eugénio de Andrade, joga com palavras que evocam o conceito de luz e claridade (a negrito no texto) e de sombra e escuridão (a vermelho).
A oposição de palavras destes dois campos semânticos revela a complexidade da poesia, que apesar de ser luminosa, implica um processo moroso de decifração, de interpretação.
“nevoeiro dentro de si.” = Por vezes, o leitor não se encontra num estado favorável à decifração da mensagem poética.
“outra vez e outra vez/ e outra vez” = O acto de leitura implica insistência, releitura, familiarização progressiva com as palavras do poema.
“ficará cego de tanta claridade” = Ao decifrar a mensagem poética, o espírito do leitor fica iluminado e esclarecido.
”Abençoado seja se lá chegar” = A decifração da mensagem poética é um feito louvável.
Atenta no tempo e modo das formas verbais do último verso do poema “Abençoado seja se lá chegar.”: seja (Presente do Conjuntivo) e chegar (Futuro do Conjuntivo).
O modo Conjuntivo exprime probabilidade, demarcando-se do Indicativo que exprime realidade. Ao empregar o Conjuntivo no último verso do poema, o sujeito poético está a reforçar a complexidade do acto de decifração poética, encarando-o como algo eventual.
A oposição de palavras destes dois campos semânticos revela a complexidade da poesia, que apesar de ser luminosa, implica um processo moroso de decifração, de interpretação.
“nevoeiro dentro de si.” = Por vezes, o leitor não se encontra num estado favorável à decifração da mensagem poética.
“outra vez e outra vez/ e outra vez” = O acto de leitura implica insistência, releitura, familiarização progressiva com as palavras do poema.
“ficará cego de tanta claridade” = Ao decifrar a mensagem poética, o espírito do leitor fica iluminado e esclarecido.
”Abençoado seja se lá chegar” = A decifração da mensagem poética é um feito louvável.
Atenta no tempo e modo das formas verbais do último verso do poema “Abençoado seja se lá chegar.”: seja (Presente do Conjuntivo) e chegar (Futuro do Conjuntivo).
O modo Conjuntivo exprime probabilidade, demarcando-se do Indicativo que exprime realidade. Ao empregar o Conjuntivo no último verso do poema, o sujeito poético está a reforçar a complexidade do acto de decifração poética, encarando-o como algo eventual.
1 comentário:
Olá Mena
Sempre achei o intercâmbio cultura muito interesante e instrutivo.
É uma partilha e troca de usos e costumes.
Bjs.
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