Lenda da Princesa Ardínia
A princesa Ardínia viveu no século X, no castelo de Lamego, quando esta terra se encontrava sob domínio árabe. Era o período da reconquista da Península Ibérica aos árabes.
A beleza da princesa era falada por todos os lados. Um dia o cavaleiro cristão, dom Tedom, veio disfarçado a Lamego, tendo-se logo apaixonado. Depois de alguns encontros no laranjal do castelo, ao luar, resolveram casar-se.
Mas o rei mouro, pai da princesa, não consentia no casamento da sua filha muçulmana com um cristão.
Numa noite de vendaval a princesa fugiu com o seu amado para longe, escondendo-se no Convento de S. Pedro das Águias, onde casaram.
Numa noite de vendaval a princesa fugiu com o seu amado para longe, escondendo-se no Convento de S. Pedro das Águias, onde casaram.
Mas a felicidade de Ardínia durou pouco. O pai, que saíra em sua perseguição, encontrou-a junto do rio Távora e, ao saber que se tinha casado e convertido à cristandade, matou-a com a sua espada deitando o corpo à água. Dom Tedom quando soube da morte da sua amada, fez votos de nunca mais se casar e atirou-se ao combate dos muçulmanos, tendo sido morto, bem perto junto a um pequeno rio, que ficou com o seu nome, rio Tedo.
Diz o povo, que as águas dos rios Távora e Tedo, por vezes, aparecem vermelhas, porque o sangue dos amados Ardínia e Tedom ainda as tinge.
Também diz o povo que quando o castelo é envolvido pelo nevoeiro no Inverno, a alma da princesa esvoaça sobre ele.
Também diz o povo que quando o castelo é envolvido pelo nevoeiro no Inverno, a alma da princesa esvoaça sobre ele.
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