Os Lusíadas
Canto I
Proposição
Síntese
Na proposição, o poeta pretende exaltar:
- “As armas e os barões assinalados”, ou seja, todos aqueles homens cheios de coragem que descobriram, “por mares nunca dantes navegados”, novas terras, indo mais longe do que aquilo que alguém podia esperar de seres não divinos, “Mais do que prometia a força humana”.
- “Daqueles Reis que foram dilatando”, ou seja, os reis que contribuíram para que a fé cristã se espalhasse por terras que foram sendo descobertas, alargando assim o Império Português.
- “E aqueles que por obras valerosas”, ou seja, todos os que são dignos de serem recordados pelos feitos heróicos cometidos em favor da pátria e que, por isso, nem mesmo a morte os pode votar ao esquecimento, “Se vão da lei da Morte libertando” pois foram imortalizados.
Para tal compara os feitos dos portugueses aos de Ulisses, herói da Odisseia de Homero e aos de Eneias, o troiano que, na Eneida de Virgílio, chegou ao Lácio e fundou Roma.
A proposição funciona como uma apresentação geral da obra, é uma síntese daquilo que o poeta se propõe fazer. Propor significa precisamente apresentar, expor, anunciar, mostrar.
O poeta mostra aquilo que pretende ao escrever a epopeia: “Cantando espalharei por toda a parte”.
O verbo cantar tem aqui o sinónimo de exaltar, enaltecer ou celebrar.
Através da poesia,
se tiver talento para isso,
tornarei conhecidos em todo o mundo
¯
os homens ilustres
que fundaram o império português do Oriente
¯
os reis, de D. João I a D. Manuel,
que expandiram a fé cristã e o império português
¯
todos os portugueses
dignos de admiração pelos seus feitos.
A nível da estrutura interna, a obra apresenta quatro planos narrativos que orientam a acção:
- Plano da Viagem: refere-se à narração da viagem de Lisboa até à Índia, com a partida de Belém, a paragem em Melinde e a chegada a Calecut.
- Plano da História: refere-se aos momentos em que se apresentam factos da História de Portugal.
- Plano dos Deuses: também chamado mitológico pela intervenção dos deuses na acção, facilitando e complicando a viagem.
- Plano do Poeta: refere-se às considerações pessoais que o poeta tece e que deveriam ser em número reduzido.
A metonímia é a substituição de uma palavra por outra com a qual ela está intimamente relacionada. Por exemplo, na frase “Vamos ler Camões” há uma metonímia, porque de facto o que vamos ler é uma obra de Camões. “ A metonímia é uma figura de estilo do nível semântico que consiste em designar uma realidade por meio de outra realidade relacionada com a primeira, por contiguidade ou proximidade.”
(Ferreira de Castro, Emigrantes):
(o país: as pessoas do país). (Luís de Camões, Os Lusíadas)
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Proposição - análise
Análise interna:
O texto divide-se em duas partes lógicas, sendo a primeira constituída pelas duas primeiras estrofes e a segunda pela última estrofe.
Na primeira parte, o poeta pretende apresentar o assunto do poema: ele vai cantar as façanhas guerreiras dos homens ilustres que se fizeram heróis devassando o mar desconhecido e fundando no Oriente um novo reino e também os Reis que dilataram a Fé e os Império na África e na Ásia e, por último, todos aqueles que por obras valorosas se tornaram imortais.
Na segunda parte, o poeta afirma que vai cantar a glória do povo português cujas façanhas ultrapassaram em valor as contadas nos poemas greco-romanos.
A intenção do poeta, na segunda parte do texto (terceira estrofe) é a de justificar a razão da sua epopeia: ele vai cantar os feitos grandiosos dos portugueses, porque merecem ser exaltados mais do que aqueles que foram cantados nas antigas epopeias ("Cesse tudo o que a Musa antiga canta / Que outro valor mais alto se alevanta"). Note-se que esta intenção do poeta realça ao mesmo tempo, o ideal cavaleiresco de exaltação dos que dilataram a Fé e o Império, e a consciência do homem renascentista que se julgava, mais do que em alguma outra época antiga, capaz de realizar os maiores feitos. Ninguém, até esta altura, tinha considerado o homem tão poderoso, física e intelectualmente: nunca, como no Renascimento, o homem se aproximou tanto dos deuses.
- As armas e os barões assinalados;
- esforçados / Mais do que prometia a forçã humana;
- aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da morte libertando.
Nestas três expressões está contido o espírito e a razão da epopeia. Camões irá cantar "As armas e os barões assinalados", isto é, as façanhas guerreiras e os homens aguerridos e belicosos que as realizaram (repara na metonímia que toma armas no sentido de feitos guerreiros). Esses guerreiros foram esforçados mais do que prometia a força humana, isto é, excederam as possibilidades da natural fragilidade humana, atingindo o estatuto dos heróis, igualando-se aos deuses. O poeta irá cantar também aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando, ou seja, aqueles que se tornaram imortais na memória dos homens pelos feitos ilustres que realizaram (note-se que a lei da morte é precipitar no esquecimento todos os que morrem excepto os heróis que se tornam semelhantes aos deuses). A epopeia não pode cantar homens de estatura vulgar, mas homens física e moralmente superiores, muito próximos dos deuses - os heróis.
- foram dilatando;
- andaram devastando;
- se vão libertando.
Estas três formas perifrásticas exprimem, em primeiro lugar, o aspecto durativo, apresentam a acção no seu fluir, no seu realizar-se gradualmente. São portanto expressões que conferem visualidade e impressionismo à linguagem. Sugerem também que esses feitos heróicos são trabalho não apenas de alguns dias, mas aturado e persistente. Além disso, o facto de o poeta usar primeiro o passado (foram dilatando, andaram devastando) e depois o presente (se vão da lei da morte libertando) revela-nos que ele canta não apenas os heróis do passado, mas também os do presente e do futuro (os que se vão da lei da morte libertando). O poeta canta, portanto, a alma de uma pátria que foi, é e será.
A Eneida de Virgílio começa assim: Arma virumque cano. Assim, Virgílio canta as armas e o varão ilustre, Eneias, isto é, canta Eneias e os seus feitos guerreiros. Eneias é o herói individual da Eneida. Ele é o herói da guerra de Tróia, que veio para Itália para fundar a nação romana e é caracterizado ao longo do poema como protagonista da acção, dominando completamente a narração. Ao contrário, Camões não canta um herói individual, ele canta "As armas e os barões assinalados" (repara no plural), os Reis e todos os que se imortalizaram em feitos ilustres (os que "se vão da lei da morte libertando"), numa palavra, Camões canta o "peito ilustre lusitano", isto é, o povo português, o herói colectivo d'Os Lusíadas. Ao longo do poema, nunca Vasco da Gama nos aparece como protagonista dominador da narrativa. Vasco da Gama, conforme opinião de A. J. Saraiva, não é uma personagem caracterizada: ele e os seus homens, os nautas, limitam-se a deixar-se transportar nas mãos dos deuses.
Estojo para maquilhagem
Filetes de pescada com molho de iogurte
4 filetes de pescada
1 limão
sal
pimenta de moinho
alho de moinho
azeite
30 g de margarina ou azeite
1 colher de sopa de pepinos de conserva picados
1 iogurte natural
cebolinho picado
Coloque os filetes num recipiente e tempere-os com sumo de limão (metade), sal, pimenta e alho.
Coloque-os num tabuleiro untado com margarina ou azeite e por cima disponha os pepinos cortados às rodelas finas. Leve ao forno a assar a 200º durante cerca de 10minutos. Volte cuidadosamente os filetes e cozinhe-os mais 10 minutos do outro lado.
Entretanto, leve a margarina a derreter numa frigideira pequena sobre lume moderado. Misture um pouco de sumo de limão no iogurte natural e junte à margarina derretida. Adicione os pedacinhos de pepino escorridos e deixe aquecer bem, mexendo ou agitando a frigideira.
Deite o molho sobre os filetes e salpique com cebolinho picado.
Bom apetite!
Este selo está sendo enviado aos blogues amigos que me acompanham, estão presentes nesta minha caminhada. Aos Blogues Especiais, pois retratam fortes sentimentos, verdadeiros ensinamentos, trazendo paz, tranquilidade, e principalmente: AMOR... DETERMINAÇÃO... FÉ !!!Parabéns a cada Blogue pelos artigos verdadeiros e honestos, pela fidelidade a Deus e aos amigos.Cada ganhador do Selo Especial deve enviá-lo a 10 blogues que considerem ter as mesmas características aqui mencionadas e devem deixar uma frase sobre uma das três palavras.
AMOR / DETERMINAÇÃO / FÉ
Palavra: AMOR
Uma frase não me chega para escrever sobre o Amor, por isso aqui fica
um soneto inteirinho:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
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10 comentários:
muito interessante o novo trabalho
beijinhos
ola minha querida adorei os seus trabalhos, e a receita, muito obrigada por lembrar de mim e por todo o carinho, já levo meus prémios muito obrigada mais uma vez beijos, e tenha um restinho de dia feliz.
Ola... é muito lindo o teu novo trabalho!
Brigada pelos miminhos...
Beijinhos
Ângela
Muitos prémios bem merecidos... e não é fácil tocar (e bem) tantos temas!
Contino a sorrir quando cá passo!
Ahhh... e aquela pescadinha! OHHH... sabia-me pela vida!
ola querida!
o trabalho ficou muito lindo! obrigada pelos premios :) beijinhos e boa semana!
Ola!
Mais uma vez obg pelos premios e por nunca se esquecer de nós.
Espero q a semana esteja a correr bem!!
Vou experimentar os filetes c/ iogurte!
Bjs
Olá Mena,
Bom, andei aqui só a dar uma vista de olhos e acho que vou estar muito entretida nos próximos tempos...
Lusíadas? Não vou perder pitada e os trabalhinhos, LINDOS como sempre. Mena na Cozinha? Bom, já vi umas quantas receitas que me abriram o apetite e portanto, pode contar que vou ter que recomeçar de onde havia parado, pois não perco pitada dos "posts" que tem para trás e não tive oportunidade de ler com tempo, como gosto!!
Aproveito para agradecer todos os miminhos e desafios que me tem passado e o facto de se lembrar sempre de mim. OBRIGADA!!
Beijinhos,
Lia.
Oi!!
Ei!! Tantos prémios!! Logo posto-os!!
Gostei muito deste post e do teu último!!
A receita do de cima deixou-me água na boca!! Batatas fritas, ovo, presunto...???
Hum, que bom!!
Beijinho *
Adoro ovos rotos!!!
Mena, passei para desejar-te um lindo final de semana.
Bjknhas
Sonia
Olá, Mena.
Obrigada pelos selinhos e desafio...
Gosto muito de suas receitas criativas. Sei fazer essa omelete com batata, mas do jeito que fez com presunto parece mais apetitosa...nham, nham...
bjoss
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