Inundava-se-me
o pensamento
Eram
naus, caravelas
Marinheiros
perfumados de canela
E tu, marujo
do meu corpo
Iças a
vela, meneias o leme
E vamos
mar fora
O êxtase
é o destino
E entre
os gritos das gaivotas
O rumor
do mar
As ondas
num choro ruidoso
São
espuma, são nada
Sufocam sons doces, mélicos
Ciciados
na escuridade
Elevo-me
na ondulação do teu amor
Decaio e
tombo contra o mar
Iças-me e eis de novo a luz...
Mas logo
me desfaço em escuma
Num mar
tumultuoso de sentires
E enrolada
no teu corpo
Agarro-me
ao mastro
E
esmoronamos os dois.
1 comentário:
Gostei, nomeadamente do erotismo mais ou menos velado que imprimiste aos teus versos.
O resultado é excelente.
Um beijo, querida amiga Rita.
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