segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dormir bem!


Há pessoas que precisam de dormir mais do que outras.
Há quem ache que dormir é uma perda de tempo, mas não é! Nós precisamos efectivamente de umas horinhas de sono. Quando não dormimos o suficiente, andamos a cair de sono, a abrir a boca o dia todo, a bocejar a toda a hora e, o pior, muitas vezes, é que o cansaço é tanto que nos custa a adormecer.
Há os que, mal se sentam, começam logo a cabecear: quantas vezes não vos pendeu a cabeça para cima do colega de viagem ou para cima do vidro da janela do autocarro? Quantas vezes não vos caiu a cara quase dentro da sopa ou em cima do livro que estavam a tentar ler?... E há ainda aqueles que, apesar de não andarem ensonados o dia inteiro, caem na cama apagam logo, que quase nem têm tempo de se aperaltar a preceito para tão significativo momento!
As justificações para andarem a cair de sono são imensas e algumas são até engraçadas: uns culpam a tensão baixa, a ingestão de doces, de álcool, de comida picante..., outros acusam o excesso de trabalho, os nervos, a cama, a almofada, o pijama, o gato, o cão, o café, a chuva, o frio, o calor, o parceiro que ressona, o vizinho que ronca em estéreo, o filho que chora, o despertador que pode esquecer-se de tocar...
Queixas e desculpas à parte, todos temos de dormir. Até, porque parece que dormir muito faz muito bem à saúde!
Aqui ficam alguns bons motivos para se dormir, mais ou menos, conforme a necessidade de cada um:
- Ajuda na prevenção do cancro (mama, útero e próstata)
- Promove o bom funcionamento cardíaco
- Controla o metabolismo dos hidratos de carbono, gorduras e proteínas. Assim, combate a diabete, a obesidade e as doenças do coração  
- Estimula a criatividade
- Favorece o bom humor
- Evita as quedas nas crianças e os acidentes de automóvel nos adultos


E há outros factores importantes a ter em conta. vejamos:
- A privação do sono pode reduzir o tamanho do cérebro.
- Não dormir duas noites seguidas, equivale a uma alcoolemia de 1,3g/l.

E as razões para termos uma boa noite de sono são muitas mais...

Para concluir, a verdade é que a nossa qualidade de vida melhorará se melhorar também a qualidade do nosso sono.

Querem saber alguns sinais que indicam que não andamos a dormir o suficiente?
- Quando apresentamos sempre a mesma expressão facial
- Quando usamos um vocabulário restrito, e repetimos várias vezes as mesmas palavras
- Quando nos irritamos com muita facilidade
- Quando perdemos facilmente a paciência
- Quando levamos tudo ao pé da letra
- Quando apresentamos os olhos inchados, papos e olheiras, a pele baça e vincada

Moral da história: toca a dormir o tempo suficiente, toca  a desligar a televisão mais cedo, e toca a aproveitar para pôr em dia o nosso sono de beleza e de saúde.

Por vezes, precisamos de ajuda para dormirmos descansados. Nada de comprimidos para dormir! Criam habituação e têm um rol imenso de contra-indicações. Procurem um produto natural que vos ajude a descansar sem vos intoxicar ou dopar.

Eu durmo melhor deste que tomo Mind Master:


Um produto com uma fórmula revolucionária considerado pelos especialistas como uma das maiores inovações em termos de resultados físicos e mentais. 
       Aumenta a energia física
       Mais poder de concentração
       Maior e mais eficaz desempenho mental
       Combate/reduz o stress
       Protege as células
       Neutraliza os radicais livres
       Aumenta o nosso bem-estar e boa disposição
       Regula o sono


1. O que torna Mind Master tão especial?
Mind Master é a inovação da LR a nível mundial.
Mind Master é um produto único, consagrado inteiramente ao tema do stress.
Mind Master não só reduz os efeitos do stress, mas também aumenta simultaneamente a energia física e mental.
Como é que isto funciona? O stress diminui, quando os antioxidantes (Resveratrol, chá verde, vitamina E e selénio) neutralizam eficazmente os radicais livres. Ao mesmo tempo, o nível energético mental e físico é reforçado por uma combinação de micronutrientes específicos (vitaminas B1, B9, B12, colina, ferro, coenzima Q10 e L-carnitina). Isto foi documentado por estudos científicos.
A combinação selecta de compostos de Mind Master redutores do stress e melhoradores da performance é absolutamente exclusiva, já que os produtos da concorrência se concentram, na sua maioria, apenas num destes propósitos, ou na “redução do stress“, no aumento da energia mental ou no aumento da energia física.
O Mind Master actua sobre o sistema nervoso central, fazendo com que acalmemos se formos algo agitados, hiper-activos; ou que ganhemos alguma genica e iniciativa se andarmos meio parados, "dormentes". O sono, esse é restabelecido, e no dia seguinte, estamos prontos a enfrentar qualquer coisa, sem stress, sem nervos... 

 

Não sei quantas almas tenho


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que eu sou e vejo.
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu"?
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa


No poema “Não sei quantas almas tenho” o poeta reflecte acerca de si próprio, tentando responder à questão “Quem sou eu?”.

Na primeira estrofe há uma alternância temporal presente/passado aliada ao advérbio de modo “continuamente”, que expressa a constante fragmentação sentida pelo sujeito poético, ontem, hoje, sempre.

O poeta passa da primeira para a terceira pessoa nos três últimos versos da primeira estrofe, quando usa a generalização “todo(s), toda(s), o(s), a(s), aquele(s), aquela(s)”.

No sexto verso denuncia a angústia que a instabilidade lhe provoca, ou seja, o poeta que é constituído apenas por alma, vive na ânsia de se encontrar; por isso, vive sem “calma”, sem repouso.

Nas duas primeiras estrofes, salienta a fragmentação do sujeito poético “Não sei quantas almas tenho. /Cada momento mudei. /Continuamente me estranho.” e “Torno-me eles e não eu.”; 

O seu desconhecimento em relação a si próprio “Cada momento mudei. / Continuamente me estranho. / Nunca me vi nem achei.”; 

O sentimento de despersonalização “Torno-me eles e não eu. / Cada meu sonho ou desejo / é do que nasce e não meu.”; 

O seu papel de “espectador” de si “Sou minha própria paisagem, / assisto à minha passagem”; 

A sua constante inadaptação “Diverso, móbil e só, / não sei sentir-me onde estou.”.

Na segunda estrofe, o poeta volta a centrar-se em si próprio utilizando uma tripla adjectivação para se autocaracterizar “Diverso, móbil e só”. Aponta, uma vez mais, para a multiplicidade do sujeito poético “Diverso”, definido como um ser volúvel e inconstante “móbil” e salientando a sua solidão “”.

A locução “Por isso” assume o carácter explicativo/conclusivo em relação às duas estrofes anteriores. O sujeito poético, tendo tomado consciência da divisão do seu “eu”, do seu auto desconhecimento, sente-se um estranho (“alheio”) em relação a si próprio. Olha para as “páginas” da sua vida como quem lê um livro que outrem escreveu, chegando a pôr em dúvida os seus próprios sentimentos – “o que julguei que senti”.

O sujeito poético sinaliza versos em que se define como um ser sem passado nem futuro “o que segue não prevendo, / o que passou a esquecer.

Os dois últimos versos são um desfecho lógico para o poema sendo “alheio” à forma como a sua vida se desenrola, não passando de um “espectador” que assiste à sua “passagem”, o sujeito poético não poderia tão pouco redigir notas à margem no “livro” da sua vida. O último verso encerra a resposta à interrogação retórica do verso anterior: alguém superior ao próprio sujeito comanda a sua vida.


domingo, 29 de novembro de 2015

Tarde em São Martinho