sexta-feira, 28 de março de 2014

7.º A - Lição cento e...



Cá estão os meus meninos fofinhos do 7.º A. Simpáticos, brincalhões, algo estudiosos (alguns pouco, outros muito pouco!). Às vezes é preciso dar-lhes nas orelhas, na cabeça... mas é um prazer trabalhar com eles e brincar também (também é preciso!). Não tenho dúvidas que conseguirei fazer destes meninos, jovens aplicados e trabalhadores. Alguns já vão no bom caminho; outros sempre por lá estiveram (claro!); mas, há alguns que ainda não deram com o caminho... 















Não digam a ninguém que começámos por treinar um bocadinho na sala, antes de irmos para a rua jogar. Bolas baixas, porque o guarda-redes era anão e não queríamos acidentes...




Pausa para umas fotos, no intervalo do treino.




 







E houve coisas boas para manducar!







Eu sou o mais forte da turma, querem ver?
E vai disto, apanhei a professora desprevenida... Ela bem pediu que a pusesse no chão!
Não, não a deixei cair!

domingo, 23 de março de 2014

Pura ilusão



Primeiro foi um olhar, depois um sorriso contido, um doce pestanejar verde... Os olhos afastaram-se. Ela enrubesceu. Torceu as mãos. De repente, não sabia o que fazer com elas. Baixou os olhos, enterrando-os no chão.
Ele riu do seu embaraço, parecia-lhe uma menina que acabara de fazer uma traquinice. Aproximou-se. Como ela mantinha a cabeça baixa, com um dedo, levantou-lhe o queixo. Sorriu-lhe descaradamente. Ela levantou os olhos e franziu a testa. Levantou a sobrancelha esquerda, questionando, fazendo uma, muitas... perguntas mudas... Ele continuava a sorrir-lhe. Ela inclinou um pouco o rosto, olhando-o de lado, à espera de respostas.  
Sonhou tanto com aquele encontro e agora parecia uma pateta. Não sabia o que fazer, o que dizer.
- Não sabes onde colocar as mãos? – perguntou-lhe, algo divertido.
Ela não respondeu, sorriu. Ele estendeu-lhe a sua mão:
- Uma vem para aqui! É da minha... A outra logo achará o que fazer.
Sem saber porquê, deu-lhe a mão. Ele agarrou-a, afagou-a, apertou-lhe os dedos.
 Tens umas mãos bonitas, dedos compridos, unhas bem feitas... Tens mãos de artista! És, com certeza, muito habilidosa.
Sorriu-lhe.
Ele levou-lhe a mão aos lábios e beijou-lha levemente.
- É suave a tua pele. Vamos.
Puxou-a pela mão e correram pela estrada como dois miúdos.
- Vou mostrar-te uma coisa.
O sol descia lentamente. O dia corava. Lá ao longe a água rebrilhava. Era o rio que desaguava no mar, onde o doce licor se misturava com a água salgada. E o sol deitava-se sobre as águas num colorido cintilante, faiscante.
- Que lindo!
Pararam a olhar o horizonte tingido, deslumbrados.
Ao seu redor, passavam apressadas as pessoas que tinham urgência em chegar a casa. Não olhavam o rio nem o sol e até eles lhes eram totalmente invisíveis.
De mãos dadas, ficaram a olhar para a linha que tocava o céu.
- Tenho vontade de te beijar!
Largou-lhe a mão, virou-a para si. Ficaram frente-a-frente. A luz do pôr-do-sol flamejava à volta dela. A brisa suave agitava-lhe os cabelos louros. Parecia-lhe irreal, uma ilusão, um sonho... Pestanejou várias vezes para se certificar que era real...
- És tão bonita! – disse num tom sério.
Ela sorriu. Os olhos de ambos encontraram-se. Ele sorriu. Puxou-a para si, pela cintura, e beijou-a suavemente.
- Os teus lábios parecem de veludo.
Apertou-a mais contra si e ela deixou-se ir. De repente, já não havia rio nem mar nem sol... Tudo desaparecera.
Abriu os olhos, passou as mãos pelo cabelo, pela boca a arder, a pulsar...
As pessoas corriam. Lá longe, o sol afogava-se no mar sem um grito, sem um ai...
Ergueu-se, compôs a blusa que lhe descaía do ombro. Sorriu. Olhou em redor. Estava só. Ao lado, uma multidão azafamada... Todos tinham pressa de chegar a casa!

Discretamente sedutora



Discretamente sedutora,
de encanto armada na paz
e de fogo jurado na guerra,
és mulher de carne e osso
feita pra mim à medida
ou anjo de sol que me cega?

Do teu corpo,
desprendem-se auroras boreais
a incendiar a árvore
da floresta onde os deuses
me incentivaram a conceber-te
na crença de uma promessa.

Da tua pele,
nua com o desejo entranhado,
saem centelhas douradas
para que, das formas,
eu veja em ti a mestria
que Miguel Ângelo esculpiu.

E é tua a suprema virtude,
quando te despes,
que me transforme, sem véu,
em macho impudente, possessivo.
Mas, à contraluz do sentir reverente,
és só minha e eu só teu.


Nilson Barcelli 

sexta-feira, 21 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

Feliz dia, pai!



Ter um Pai! É ter na vida
Uma luz por entre escolhos;
É ter dois olhos no mundo
Que vêem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração
Que apenas amor encerra,
É ver Deus, no mundo vil,
É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeição,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladrão;

Talvez maior, sendo infame
O filho que é desprezado
Pelo mundo; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho
Pró coração que lhe quer
Um orgulho que não cabe
Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O coração que me deste
Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum céu todo encanto!

Ter um Pai! Os órfãozinhos
Não conhecem este amor!
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor!”

Florbela Espanca

sexta-feira, 14 de março de 2014

Jantar "Tugas"


Hoje não me tirem fotos, dormi mal, olha-me para estas olheiras!


Às segundas-feiras, depois de 7 tempos de aulas, ninguém tem boa cara, mesmo tendo dormido bem!


Nem a ida ao cabeleireiro nos tira o cansaço de cima!


Mas há sempre quem resista, mesmo fazendo um monte de km, antes e depois das aulas! Ai a vidinha de professor!




A comidinha!





Cara de quem veio da festa!































Não me apetece escrever! Depois com tempo, ponho uns comentários à maneira!