De mãos dadas
Laços de dedos
Que não se querem libertar
Subimos
E o caminho pedregoso
Descia à nossa escalada
Os seixos indiferentes,
Teimosamente rolavam, caíam
Debaixo dos nossos pés
Levantava-se o pó
E a cada pedra que decaía
Apertava-se nas nossas mãos o nó
E lá no cimo,
Os nossos olhos desviavam-se do horizonte
Para se encontrarem mil vezes
As nossas mãos soltavam-se e entrançavam-se...
As nossas bocas despontaram em sorrisos
E em beijos clandestinos inflamados
Os nossos corpos estreitaram-se
E num abraço apertado se uniram...
E era sempre a subir
Contigo...
É tudo sempre a subir
E, mesmo na descida
Subimos
E enquanto as pedras desciam connosco
Ajudando no declive
Rebolando por baixo dos nossos pés
A tua mão apertava a minha, ainda
E o desejo teu e meu subia
Vertiginosamente...
É, meu amor
Mesmo na descida
Subimos sempre!
Contigo...
É sempre a subir!
Mena
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