quarta-feira, 21 de abril de 2010

Perfis com padrões

Chega o terceiro período e as paredes da escola deixam de ter o ar de hospital. Os azulejos de cores deslavadas são quase completamente revestidos com os muitos trabalhos realizados pelos alunos durante o ano lectivo. A escola fica bem mais bonita!

Estes perfis pertencem aos alunos do oitavo ano e é só olharmos com um pouco de atenção para descobrirmos a Catarina, a Beatriz, o José, a Francisca, a Rita…





O engraçado é que até os padrões escolhidos para a decoração dos perfis dizem muito acerca da personalidade de cada aluno retratado! Nada surgiu por acaso!





Este retrato colectivo foi realizado na disciplina de Educação Visual com as professoras Dulce e Ana. São trabalhos lindíssimos e vão dar, temporariamente, cor e vivacidade a uma escola sombria, uma escola igual a tantas outras!

Em tempos esta escola era a “nossa escola”, de alunos, funcionários, professores… Hoje, como diz um grande colega e amigo: “Esta já não é a nossa escola, é mais uma escola entre outras...”


A lírica camoniana


A separação da mulher amada


A fermosura desta fresca serra


O tema deste soneto é a necessidade da presença da mulher amada para que a felicidade do sujeito poético seja possível ("Sem ti, tudo me enoja e me aborrece").

O soneto pode dividir-se em duas partes, desempenhando o advérbio "enfim" a função de palavra- charneira:
- a primeira parte corresponde às duas quadras em que se descreve uma natureza harmoniosa, propícia ao amor (A harmonia Eu lírico / Natureza - presença da mulher amada);
- a segunda parte, os dois tercetos, refere a irrelevância da beleza da natureza sem a presença da mulher amada (O conflito Sujeito poético / Natureza - ausência da mulher amada "Sem ti, tudo me enoja e me aborrece").

A primeira parte do soneto é, portanto, constituída por uma descrição que se estrutura numa enumeração de elementos que constituem a paisagem e que são qualificados (e até personificados), ora por adjectivos ora por substantivos ou orações relativas:
  • Elementos da paisagem (enumeração) - serra, castanheiros, o caminhar dos ribeiros, o som do mar, a terra, o esconder do sol pelos outeiros, o recolher dos gados, as nuvens.
  • Adjectivos - fresca (serra), verdes (castanheiros), manso (o caminhar dos ribeiros), rouco (o som do mar), estranha (a terra), derradeiros (o recolher dos gados), branda (as nuvens).
  • Substantivos - fermosura (serra), sombra (castanheiros), guerra (nuvens).
  • Orações relativas - donde toda a tristeza se desterra (o caminhar dos ribeiros).
Depois desta visão estática e analítica da paisagem, a segunda parte constitui uma síntese ("Enfim, tudo o que a rara Natureza / com tanta variedade nos oferece"). Para além desta síntese, o sujeito poético introduz, nesta parte, um novo elemento - o "tu" -, que se vem juntar à dupla Eu lírico / Natureza. A presença deste terceiro elemento assume um carácter decisivo na visão da paisagem: na ausência da mulher amada (o "tu") tudo o "enoja" e "aborrece" e "perpetuamente" passará "nas mores alegrias, mor tristeza".
Enquanto a descrição da primeira parte tendia para a objectividade (exterioridade /terceira pessoa), na segunda parte, com a introdução da primeira e segunda pessoas do singular (instituindo-se uma relação eu - tu - Natureza), o texto assume um certo dramatismo e uma grande subjectividade.
O dramatismo e a subjectividade da segunda parte devem a sua intensidade à utilização de alguns recursos estilísticos:
- elementos fónicos expressivos, sobretudo sons nasais (tanta, não, magoando, sem, perpetuamente, passando) e sons fechados (Natureza, tristeza);
- a conjugação perifrástica com o verbo estar ("está magoando", "estou passando") para sugerir uma continuidade que o advérbio de modo "perpetuamente" vem acentuar;
- a anáfora "Sem ti... Sem ti..." (verso 12 e 13) que revela a importância da mulher amada na relação eu / tu;
- a antítese: "Nas mores alegrias, mor tristeza".

Este soneto em verso decassilábico heróico tem rima interpolada e emparelhada nas quadras e interpolada e cruzada nos tercetos, segundo o esquema rimático ABBA ABBA CDE DEC.


Sugestão da Regina:



Trabalhinho:
T- shirt


A Mena na cozinha

Carne assada no forno

Lombo de porco
1 cebola grande
pimento verde e laranja
1 malagueta grande
4 tomates grandes
2 dentes de alho
salsa
1 dl de vinho branco
sal
pimenta
azeite

Prepare a caminha onde vai deitar a carne com a cebola e os alhos cortados às rodelas, parte dos tomates aos pedaços, da malagueta às rodelas, dos pimentos às tiras e da salsa (metade de cada um dos ingredientes).
Coloque a carne na caminha e sapique-a com sal e pimenta. Por cima, disponha o resto dos ingredientes que reservou. Regue com o vinho e o azeite e leve ao forno a 200º.

Sirva com puré de batata... ou batatas fritas... ou arroz... ou legumes.
Bom apetite!

2 comentários:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

A escola parece um museu com uma exposição.
Está FANTÁSTICA!

Gosto da t-shirt.

Ahhhh...hoje não jantei.É tarde!
Mas o cheirinho era um regalo.

Bjs.

artes_romao disse...

boa tarde,td bem?
gostei imenso dessa 'exposição' de trabalhos.
é verdade dá muita mais vida á escola;)
parabéns a todos (professores e alunos).
gostei da t-shirt!!!
e das restantes novidades.
bom fdsemana, fica bem.
jinhos***