A Manuela fez aninhos!
Parabéns, amiga, espero que tenhas passado um dia de aniversário cheio de coisas boas e com todos os que amas e te amam e que para o ano eu te fale, novamente, daqui. Sê feliz!
Pulseira com fio dourado e arame de prata, pérolas, bolas em acrílico de várias cores, contas em porcelana, metal prateado e dourado, cristais, pedras semi-preciosas, pérolas de água-doce...
Como está um dia lindo, parece Primavera, aqui vos deixo as minhas flores e plantas de interior para alegrar o vosso dia.
Mestre Gil
Através da obra de Gil Vicente, temos uma visão privilegiada sobre a cultura e a sociedade portuguesas, tão bem retratadas nas suas peças. O dramaturgo viveu os tempos de mudança da Idade Média para o Renascimento e a sua obra é um reflexo disso mesmo. Nas peças de Gil Vicente, lemos toda uma época onde as hierarquias e a ordem social eram dirigidas por normas rigorosas que começavam a ser postas em causa, a favor de uma nova sociedade que queria subverter e questionar o poder. Gil Vicente escrevia para a corte, criticando o poder, os ricos, a justiça… e até a própria Igreja. A obra de Gil Vicente é um retrato vivo da sociedade portuguesa das primeiras décadas do séc. XVI, nela desfilam personagens bem caracterizadas que põem a nu os defeitos e vícios das classes do seu tempo. Ler Gil Vicente é uma aventura maravilhosa, porque, de vez em quando, aqui e ali, tropeçamos com figuras que ainda hoje andam por aí, infelizmente!
Que tal conhecer um pouco mais acerca do pai do teatro português. Deixo-vos aqui um texto (que escrevi para os meus alunos) sobre Gil Vicente. O texto está escrito na primeira pessoa, ou seja, como se fosse o dramaturgo a contar-nos a sua história, a falar-nos de si.
Gil Vicente veio à escola
De qualquer modo, vou, para que a minha apresentação seja mais completa, dizer-vos que nasci em Portugal por volta de 1465, mas ninguém tem a certeza da data, nem do local onde nasci, possivelmente em Guimarães, nem tão-pouco da minha actividade antes de me tornar dramaturgo da corte, talvez ourives ou sapateiro. Mas, não são estes os aspectos mais importantes da minha vida, por isso, não sou eu quem vos dirá se é verdade ou mentira tudo quanto se escreveu sobre a data e o local do meu nascimento, nem sobre a minha actividade profissional.
Afinal, se hoje sou conhecido, tal se deve à minha obra - o teatro - e não à minha vida como pessoa.
Desde sempre o teatro esteve presente na vida do ser humano. Se pensarem no vosso dia-a-dia, verão que representam muitas vezes, por exemplo quando imitam alguém, quando fingem alguma coisa, quando querem agradar a alguém… Representar faz parte da natureza humana.
O teatro terá surgido ligado a danças na Pré-História. Esta forma foi evoluindo até que começaram a aparecer, por exemplo, na civilização greco-latina, textos dramáticos já muito elaborados. Querem saber uma coisa interessante? Uma curiosidade ligada ao teatro da época greco-latina diz respeito ao facto de os actores representarem com máscaras. Esses actores, imaginem, eram os Hipócritas, ou seja, aqueles que punham e tiravam a máscara. Esta palavra evoluiu semanticamente e, hoje, uma pessoa hipócrita, como sabem, não é já um actor de teatro que usa uma máscara, mas alguém que adopta na sua vida um princípio de falsidade, que usa muitas “máscaras”, no sentido figurado da palavra.
Na Idade Média há também registo de vários textos dramáticos, mas todos ligados a representações litúrgicas e religiosas. Essas composições eram feitas sobretudo para celebrar momentos importantes, como o Natal e a Páscoa.
Em Portugal, o teatro teve um grande desenvolvimento, no século XVI, segundo dizem, graças a mim.
É frequente designarem-me como sendo o “pai do teatro português”. Será verdade? Terei sido, eu, o primeiro dramaturgo em Portugal?
Garcia de Resende, um escritor que viveu depois de mim, faz referência numa das suas obras ao facto de eu ter sido a primeira pessoa a representar peças de teatro em Portugal. Mas isto não significa que seja eu realmente o fundador do teatro português, não acham? Provavelmente, e apesar de não haver documentos comprovativos, terão existido manifestações teatrais anteriores, às quais eu fui certamente colher inspiração.
Muitos estudiosos consideram-me um grande dramaturgo, ou melhor um poeta-dramaturgo. Dramaturgo por ser criador de teatro; e poeta porque a minha obra é escrita em verso. E afirmam que, com as minhas obras, o teatro em Portugal ganhou uma nova forma, um novo impulso.
A primeira peça que escrevi e encenei, em 1502, foi o Auto da Visitação, mais conhecida por Monólogo do Vaqueiro. Esta peça foi feita para celebrar o nascimento do
Eu alcancei um grande prestígio dentro da corte, o que foi muito importante para poder fazer as minhas sátiras à sociedade em que vivia sem ser castigado. Tornei-me organizador das festas, preparando peças de teatro, sempre que havia algo de importante a festejar. A minha última peça foi representada em 1536 e chamava-se Floresta de Enganos: Como podem ver, estive ao serviço da corte cerca de trinta e cinco anos. Muito tempo, hem?
Nas minhas obras critico a sociedade do meu tempo, pondo a descoberto muitos dos vícios e hábitos das várias classes sociais. Por isso, muitos consideram a minha obra como um espelho, porque reflecte fielmente a sociedade do século XVI.
Uma das características das minhas obras é o recurso a personagens-tipo. Não façam essa cara, eu vou já explicar! As minhas personagens não são individuais, mas representam sempre um grupo, uma classe social, uma profissão, e são uma síntese (um resumo, estão a ver?) dos defeitos e virtudes desses grupos. Desta forma, eu satirizava (criticava) a sociedade sem atacar directamente qualquer pessoa em particular. A expressão latina “ridendo castigat mores”, que significa “é a rir que se castigam os costumes”, foi o princípio que eu apliquei à minha sátira – através do cómico, provocando o riso no público, eu denunciava os erros de cada classe social.
Agora vou despedir-me, gostei muito de conversar convosco, espero que leiam algumas das minhas obras e que se divirtam tanto como eu me diverti a escrevê-las e a representá-las. Ah! … Peçam aos vossos professores que vos levem ao teatro. Que tal o Auto da Barca do Inferno! … Aposto que vão gostar! …
12 comentários:
Lembro-me muito bem deste texto sobre Gil Vicente que a professora nos deu. Utilizei-o, no primeiro período, na introdução à representação que fizemos do Auto da Índia, para darmos a conhecer o autor. Obrigada por tudo o que nos ensinou e continua a ensinar.
Um beijo grande da
Cristiana
Ob amiga pela amizade, sinto-me com honras de estado. a chave do meu bólide vai ficar lindíssima. Bjinhos
A M. adorou as prendas com certeza :D
*Beijoca,
Joanita
Oi, meu nome é Sonia. Vi o endereço do seu blog no comentário da wal e resolvi espiar.
Amei!!! Suas peças sao exóticas, leves despojadas, enfim de bom gosto.
Parabéns!
Olá!
Passei por aqui para ver as novidades. Gostei. Continuas a fazer coisas maravilhosas.
Beijocas
Fatima F.
Olá!! obrigada pela visita ke retribuo...o tempo não émuito para ver o blog todo agora, mas fica a promessa deuma visita mais pormenorizada!!
jinhos Edu
Ola! =)
Obrigada pelo comentario!! nao conhecia o teu blog, mas gostei bastante. tens peças mt originais =)
beijinhos*
Muito giro o teu blog. Parabéns. olha se tiveres um tempinho passa pelo meu tb, tenho lá uma troquinha a decorrer. jinhos e bom fim de semana
Muito obrigada Mena:) mais uma vez venho agradecer todos os presentes...não estava à espera de tantos miminhos e todos eles bem bonitos.beijinhos e bom fim de semana
HUmm.. os porta-chaves parecem guloseimas! Gostei!! =) Tens coisas muito giras. beijo*
Olá Mena!
Obrigada pela tua visita e comentário. Eu já conhecia a tua página e já estavas "adicionada". Venho cá de vez em quando.
Gosto da concepção que dás ao teu blog.
Boa semana.
Bjitos.
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