quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A crítica e o texto de opinião


A crítica e o texto de opinião



A crítica - radiofónica, televisiva e impressa


A crítica tem um espaço consagrado nos vários media, designadamente na imprensa, na rádio e na televisão.

Este tipo de discurso transmite assumidamente a opinião do seu autor sobre o objecto, facto ou ideia que está a ser alvo de crítica, assumindo por isso um carácter subjectivo. Esta subjectividade é transmitida através de vários recursos, dos quais se salientam determinadas fórmulas para exprimir apreciações pessoais.

Há diversificados campos culturais que podem ser objecto de análise crítica: cinema, música, artes plásticas, literatura, teatro, novas tecnologias, entre outros.

O papel da crítica na divulgação de produtos culturais e na orientação das preferências do público é muito importante, por isso o crítico deve ter em conta que o impacto do seu trabalho pode ser determinante no fracasso ou êxito do produto em questão.



O texto crítico


O texto crítico exprime as opiniões (favoráveis ou desfavoráveis) de quem escreve a propósito de determinado facto narrado, ideia apresentada ou objecto descrito. O texto crítico é subjectivo e muito pessoal, por isso proliferam as marcas de 1.ª pessoa (marcas gramaticais da presença do autor). Estas marcas atestam a subjectividade do texto crítico, onde o autor se expõe, falando na 1.ª pessoa. Há também, neste género de texto, referências explícitas ao leitor (marcas gramaticais da presença do leitor), palavras que revelam gramaticalmente a sua presença. Estas marcas confirmam a coloquialidade deste texto crítico e a proximidade entre autor e leitor.

Pode-se elaborar um texto crítico a partir de um jogo, de um filme, de um livro, de uma peça de teatro, etc.



Estrutura:


Introdução - Breve apresentação do facto, ideia, objecto que está na origem do texto crítico.


Desenvolvimento

- Processa-se a apreciação crítica do texto:

- síntese de opiniões/apreciações pessoais (Gosto/não gosto...);

- momentos argumentativos: fundamentação das opiniões formuladas através de argumentos objectivos;

- citações do texto-fonte.


Conclusão - Referência às ideias mais relevantes.



A crítica espelha de forma muito clara a opinião do seu autor, este pode utilizar as seguintes fórmulas para expressar a sua opinião:


- Penso que...

- Creio que...

- Parece-me...

- Quanto a mim...

- Na minha opinião...

- No meu ponto de vista...

- Na minha perspectiva...

- Considero que...

- Diria que...

- Gosto/Não gosto...



Linguagem


- Utilização de frases predominantemente declarativas e exclamativas.

- Recurso a uma linguagem valorativa ou depreciativa conforme se queira manifestar agrado ou desagrado.

- Selecção de um título sugestivo.

- Uso de figuras de estilo que estejam de acordo com as intenções da crítica (hipérbole, metáfora, comparação, ironia, etc.).



O texto de opinião


O texto de opinião, tal como o próprio nome indica, é uma exposição que exprime os pontos de vista pessoais de alguém sobre determinado assunto. Por essa razão, predominam as opiniões sobre os factos. O objectivo do autor é fazer uma análise acerca do alvo/objecto da sua reflexão e demonstrar ao leitor o valor da sua opinião através da clarificação dos seus pontos de vista, da enunciação de argumentos e, por vezes, de citações de outrem. A sua publicação na imprensa não ocorre de forma regular.

Apesar de não possuir uma estrutura rígida e fixa, podemos considerar alguns momentos chave no desenvolvimento de um texto de opinião:


Título - Muitas vezes antecipa a opinião do autor ou o assunto que está a ser considerado.


Introdução -Identificação do assunto/tema, algumas vezes sob a forma de pergunta.


Desenvolvimento:

- Análise do tema

- Apresentação de informação pertinente sobre o assunto.

- Tomada de posição: o autor apresenta os seus pontos de vista e afirma claramente a sua opinião. Tomar posição é não ser neutro face a uma realidade, mas estar a favor ou contra alguma coisa.

- Argumentação: conjunto de razões apresentadas pelo autor para sustentar a sua posição pessoal e atingir o seu objectivo.


Conclusão - No fim do seu trabalho, o autor resume a sua argumentação e demonstra de que forma esta justifica a sua tomada de posição.



No texto de opinião, tal como no texto argumentativo, é muito importante que o título antecipe o assunto a tratar ou a opinião do autor. Este apresenta ainda uma estrutura muito próxima do texto argumentativo:


- Introdução (exposição do tema);


- Desenvolvimento (argumentação, formulação de perguntas retóricas e referência a exemplos concretos);


- Conclusão (reforço do ponto de vista pessoal, recurso a uma frase-súmula).



Por vezes o autor serve-se do paralelismo, recurso expressivo que consiste na repetição de ideias e de construções sintácticas em determinadas frases. Este recurso contribui para uma maior consolidação da sua argumentação, pois torna-a mais organizada e, por isso, mais convincente.



No texto de opinião existem marcas de 1.ª pessoa que o dotam de subjectividade.

A ironia é também uma marca de subjectividade presente muitas vezes neste tipo de texto. O autor utiliza o tom irónico para exprimir a sua opinião pessoal sobre um dado assunto.



A Mena na cozinha


Filetes com bechamel

filetes de pescada ou outros
1 pacote de molho bechamel
1 pacote de sopa de cebola (Knorr ou outra)

Barre o fundo do pirex com um pouco de molho bechamel e polvilhe com a sopa de cebola. Por cima, disponha uma camada de filetes. Seguidamente, volte a polvilhar os filetes com a sopa de cebola e a regar com o molho.

Vá fazendo camadas até esgotar os filetes. A última camada termina com o restante molho.

Leve ao forno a 180º e deixe cozinhar até o molho ficar lourinho.

Sirva com puré de batata e salada a gosto.


Trabalhinho:

t-shirt


Miminho


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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Krónos


A Crónica

Etimologicamente, crónica deriva do grego Krónos, que significa tempo. O conceito de crónica sofreu bastantes alterações até aos nossos dias, desde relato histórico até registo e comentário de um facto, incidente ou ideia, geralmente do quotidiano.

Actualmente, a crónica pode ter uma função ideológica, crítica, satírica, ou até um carácter ficcional. Comentando factos, episódios e flagrantes quotidianos, o cronista, normalmente uma figura publicamente reconhecida, dá conta da sua forma subjectiva de ver o mundo.

Na crónica há um predomínio de opiniões, uma vez que este género jornalístico privilegia a expressão da subjectividade do autor e não apenas a transmissão de factos.

Os adjectivos, cujo uso na notícia e na reportagem é bem limitado, assumem uma posição central na crónica, espelhando a posição do autor face ao tema desenvolvido. O emprego expressivo da adjectivação contribui para a subjectividade deste género jornalístico.

A crónica utiliza muitas vezes uma linguagem valorativa e subjectiva, empregando alguns recursos expressivos, como as figuras de estilo.

A repetição de palavras pretende intensificar, reforçar e enfatizar uma determinada ideia.

A metáfora tem uma forte intenção sugestiva, já que as palavras passam a ter um sentido mais abrangente daquele que é habitual.

A enumeração consiste na apresentação sucessiva de vários elementos com a intenção de intensificar o ritmo do discurso.

A ironia consiste em exprimir o contrário daquilo que se pensa. Pode ser utilizada para zombar ou criticar. O contexto e o tom de voz assumem extrema importância para a sua interpretação.

Algumas das características definidoras da linguagem e estilo da crónica são, na verdade, a coloquialidade, que deriva da cumplicidade existente entre o autor e o ouvinte/leitor, e as intervenções explícitas do autor, patentes na utilização da 1.ª pessoa gramatical (do singular ou do plural).

O discurso da 1.ª pessoa gramatical, que constitui mais um traço característico da crónica, contribui para a subjectividade deste tipo de texto. A presença do “interlocutor” é visível através do uso de pronomes e de formas verbais na 1.ª pessoa.


A crónica impressa e a crónica radiofónica


Características gerais


- Há um acontecimento/facto/ideia real que está na génese do texto.

- O tema da actualidade pode ser diversificado: actualidade desportiva, política, científica, etc.

- Pode centrar-se sobre aspectos comuns da vida quotidiana ou servir de palco para a criação literária.

- Não obedece a nenhuma estrutura fixa, apresentando, por isso, uma forma livre e pessoal, pelo que o seu autor lhe dá um cunho pessoal, a sua subjectividade.

- Está imbuída de uma dimensão pragmática.



Linguagem e estilo


- Marcas de subjectividade (como a adjectivação valorativa, o uso de verbos opinativos ou tomadas de posição eufórica).

- Marcas de temporalidade (apontadas até pela etimologia, crónica vem do grego “chronos” - tempo).

- Tom coloquial, que denota a “presença” do interlocutor e a cumplicidade existente entre escritor e leitor (resultante do carácter periódico de muitas crónicas).

- Recursos expressivos (como a linguagem metafórica, o emprego expressivo da adjectivação ou o recurso a várias figuras de estilo) e outros processos literários.



Intencionalidade comunicativa


- Crítica.

- Censura.

- Elogio.

- Aviso.

- Finalidade sociológica.

- Objectivo satírico/humorístico.



A crónica impressa e a crónica radiofónica

(características específicas)


Crónica impressa


- Utiliza o código escrito.

- É um texto breve, escrito em prosa, de forma pessoal e livre.

- Surge numa página fixa ou secção bem demarcada de um jornal ou revista.

- A crónica não tem uma arquitectura predefinida, pelo que o seu autor lhe dá um cunho pessoal, a sua subjectividade.

- É um texto assinado e está a cargo de um ou mais colaboradores do jornal.

- Apresenta marcas linguísticas do código oral, patentes no recurso ao discurso directo.

- A pontuação, a organização dos parágrafos e a coesão textual assumem extrema importância.

- Pode ser classificada em crónica jornalística ou crónica literária.


Crónica radiofónica


- Utiliza o código oral.

- Surge num programa específico da estação da rádio.

- Está a cargo de um ou mais locutores/colaboradores da estação da rádio.

- Os elementos prosódicos (entoação, pausas, ou ênfase) assumem uma importância fulcral.



Análise comparativa entre a crónica impressa e a crónica radiofónica


A crónica radiofónica e a crónica impressa têm em comum:

- O ponto de partida é um acontecimento/facto/ideia real.

- Forma livre e pessoal.

- Marcas de subjectividade.

- Tom coloquial, que denota a cumplicidade existente entre escritor/locutor e leitor/ouvinte.

- Recursos expressivos e outros processos literários.

- Discurso com marcas de 1.ª pessoa gramatical.



A Mena na cozinha

Rolinhos de frango

Frango
tiras de entremeada fininhas
sal
pimenta
alecrim
4 ou 5 tomates maduros ou concentrado de tomate
1 cebola
2 dentes de alho
1 folha de louro
salsa
1 dl de vinho branco
noz moscada
azeite

Corte o frango em pedaços e tempere com sal, pimenta e alecrim, tempere também as entremeadas. Enrole cada pedaço de frango numa tira de entremeada e prenda com cordão.

Prepare o molho de tomate: pique a cebola e os alhos e leve a refogar em azeite. Junte a folha de louro e um pouco de salsa. Quando a cebola estiver transparente, junte os tomates triturados e deixe cozinhar um pouco. Adicione o vinho branco e tempere com sal, pimenta e noz moscada. Acrescente um pouco de água e deixe ferver. Coloque os rolinhos a cozer neste molho.

Sirva com arroz branco e salada de alface.
Bom apetite!


Trabalhinhos:

Marcadores


Miminho

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