terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Os coscorões da minha avó

Estes pais natais foram feitos na escola da minha filhota. Achei-os tão patuscos que não resisti e fotografei-os.


Ter dúvidas é saber...

Pais natais

A palavra natal pode ser substantivo ou adjectivo. É substantivo, quando se refere ao dia ou à época em que nasceu alguém:

- No dia 6 de Agosto, festejamos sempre o natal da minha mãe.


Quando nos referimos ao nascimento de Jesus Cristo, escrevemos com letra maiúscula:
- 25 de Dezembro, é dia de Natal.


É adjectivo nas frases seguintes:
- O meu país natal é Portugal.
- A terra natal da Regina está coberta de neve.


O vocábulo natal flexiona-se em número, seja substantivo ou adjectivo:
- Estive dois natais fora do meu país.
- Na exposição, estavam apenas oito representantes de quatro terras natais.

«O Pai Natal em maiúsculas inspirado na lenda de São Nicolau é só um», como diz João Carreira Bom. Mas os muitos que o representam são os pais natais, em que o adjectivo natal concorda em número com pais, tal como o adjectivo educadores concorda com pais na expressão pais educadores.



A Mena e a mãe na cozinha

Coscorões da minha avó

3 kg de farinha de trigo

1 mão cheia de sal

4 ovos

3 laranjas grandes (raspa e sumo)

Canela em pó

150 g de açúcar

100 g de margarina

40 g de fermento de padeiro

1 tigela de água morna para desfazer o fermento

1 cálice de aguardente

Água


Desfaça o fermento numa tigela com água morna.

Coloque a farinha num alguidar de barro e faça-lhe um buraco no meio.

Deite nessa cova o resto dos ingredientes e misture tudo.

Depois, tenha junto de si uma tigela com água quente para ir molhando as mãos, enquanto amassa.

Vá amassando e quando a massa começar a descolar-se do alguidar, esfarrape-a, amassando de novo, ligando-a muito bem.


Bata a massa também contra o alguidar, pegando-lhe numa ponta, dobre a massa e continue a amassar, molhando, de vez em quando, as mãos na água quente.

Deve esfarrapar e bater com a massa no alguidar alternadamente 7 vezes.
A massa ficará leve e fofa.

Envolva-a num pano enfarinhado e com a mão faça uma cruz e benza a massa. Embrulhe-a num cobertor e coloque-a num ambiente aquecido para levedar cerca de 1h e meia.

Para ver se está lêveda, corte a massa ao meio com uma faca, se fizer buracos já está.


Então, estende-se a massa com o rolo e trabalha-se fazendo flores, entrançados... como mais gostar.

Não se esqueça de untar a mesa e o rolo com óleo para que a massa não se cole.


Fritam-se os coscorões em óleo quente.

No fim, faz-se uma calda com água, açúcar e canela. Deixa-se ferver esta mistura e passam-se os fritos, um de cada vez, por esta calda para ficarem mais fofinhos.

Polvilham-se com uma mistura de açúcar e canela e ficam prontos a servir.


Para benzer a massa:

“ Deus te acrescente que és para muita gente, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém”.


Esta receita dá um alguidar grande cheio. Nós fazemos esta quantidade, porque é para toda a família e para oferecer aos vizinhos também. Só passamos pela calda, os coscorões que vão ser consumidos, para ficarem sempre com o aspecto e o sabor de terem sido acabadinhos de fazer.


Esta receita é antiquíssima, era a minha avó quem fazia estes coscorões e antes dela, a mãe, a avó... Neste momento, creio que a minha mãe (com a minha ajuda) é a única pessoa que faz esta receita. Há outras receitas de coscorões, mas estes são diferentes, excepcionais. Experimentem e vão ver...



Trabalhito:


Porta-lápis

No passado dia 23 de Dezembro, antevéspera de Natal, um grupo de dançarinos surpreendeu os passageiros no Aeroporto de Lisboa com um espectáculo ao jeito dos "flashmobs" que se vão realizando um pouco por todo o mundo.