domingo, 11 de novembro de 2012

A tia Isabel e o efémero



Estou triste, a minha tia partiu.
A minha tia não tinha idade, lembro-me dela com 5 anos, 10 anos, 15 anos... Ela tinha sempre a idade que nós tínhamos. Era a pessoa mais bem-disposta que eu conheci... Era professora primária. Meninha, os professores não têm idade, dizia ela. Por isso, é que ela era da nossa idade! Cresceu connosco, tornou-se adulta connosco e ia envelhecendo connosco... E, quando, esta manhã, a minha mãe me disse, com as lágrimas nos olhos, a tia Isabel morreu, eu fiquei a olhar, meio incrédula... Morreu? Como? Não pode ser! Era tão nova. Era da minha idade, esclareceu a minha mãe. Pois, mãe, e tu és nova também, às vezes, mais nova do que eu!
Fiz um esforço para não chorar, fiz um esforço para animar a minha mãe que diz, estão todos a partir... Fiz um esforço para manter o sorriso que me caracteriza, fiz um esforço e disse, ela estava doente e sofria, agora não sofre mais, fiz um esforço... Não chorei! Mas agora, parece que vejo o seu rosto sorridente à minha frente e as lágrimas são rios que não querem parar, mas ela sorri, como sempre... E, é assim que a quero recordar: a sorrir!

Já vos tinha falado aqui da minha tia Isabel!


Do efémero


Tenho defeitos, todos temos, mas eu admito que tenho defeitos... Irrito-me algumas vezes, mas controlo bem a minha fúria... Mas, por vezes, expludo mesmo, mas poucas vezes, confesso! Sou toda PAZ e AMOR!
A única coisa que quero, que todos queremos, é ser feliz!
E só podemos ser felizes aqui e agora, não vale a pena fazer planos a longo prazo! Temos de reconhecer que vale a pena viver, que vale a pena enfrentar desafios, falta de compreensão, problemas... Tudo faz parte da vida: os momentos bons e os menos bons! Não podemos deixar de viver, não podemos viver a vida dos outros! Só podemos viver a nossa própria vida, somos autores da nossa história e só podemos mudar mesmo o curso da nossa história...
Há que atravessar o deserto para atingirmos o oásis!
Há que agradecer o que temos, todos os dias da nossa vida! 
Somos um milagre da vida, agradeçamos, pois, cada manhã, esse presente que nos é dado, porque esse PRESENTE tem apenas a duração do instante que passa...
A vida é demasiado curta para nos preocuparmos com mesquinhices, para darmos valor a pessoas e coisas que não valem a pena! Vale, apenas, a pena SER FELIZ aqui e agora com as pessoas que amamos e nos amam.


Adeus tia, até um dia!


1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Que a tua tia descanse em paz.
E tens razão, a vida que temos é a de agora.
Beijo.