Esta escritura, datada do século oitavo antes de cristo e pertencendo à era da babilónia antiga, é o poema de amor mais antigo do mundo. De acordo com as crenças dos sumérios. era um dever sagrado do rei casar-se todos os anos com uma sacerdotiza, em vez da Inanna, deusa da fertilidade e do amor, de forma a tornar o solo e as mulheres férteis. Este poema, provavelmente, foi escrito por uma noiva escolhida por Shu-Sin de forma a ser cantada no festival do ano novo, sendo também cantada nos banquetes e festivais, acompanhada de música e dança.
Noivo, caro ao meu coração,
Agradável é a tua beleza, doce mel,
Leão, caro ao meu coração,
Agradável é a tua beleza, doce mel.
Tu cativaste-me, deixa-me permanecer tremente perante ti,
Noivo, eu deixaria que me levasses para o quarto,
Tu cativaste-me, deixa-me permanecer tremente perante ti,
Leão, eu deixaria que me levasses para o quarto.
Noivo, deixa que te acaricie,
A minha preciosa carícia é mais saborosa do que o mel,
No quarto o mel corre,
Disfrutemos a tua agradável beleza,
Leão, deixa-me acariciar-te,
A minha preciosa carícia é mais saborosa do que o mel,
Noivo, tu de mim tomaste o teu prazer,
Diz a minha mãe, ela far-te-á gentilezas,
O meu pai, ele dar-te-á presentes.
O teu espírito, eu sei onde recrear o teu espírito,
Noivo, dorme na nossa casa até ao amanhecer,
O teu coração, eu sei onde alegrar o teu coração,
Leão, dorme na nossa casa até ao amanhecer.
Tu, porque me amas,
Dá-me o favor das tuas carícias,
meu senhor deus, meu senhor protector,
Meu Shu-Sin que alegra o coração de Enlil,
Dá-me o favor das tuas carícias.
O teu lugar agradável como mel, por favor estende a tua mão sobre ele,
Traz a tua mão sobre ele como um traje gishban
Cola a tua mão sobre ele como um traje gishban-sikin,
É uma canção balbale (dedicada) de Inanna.
(Cortesia do meu amigo Rui Correia)
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