Partes com gaivotas
Velas ao vento
Navio sem leme nem marinheiro.
Cerro os olhos e sonho:
Pinto no teu rosto
Uma boca ávida
De beijos dóceis e quentes.
Desenho o teu corpo
Que volita colado ao meu
Lençol de seda
Sobre a minha pele, a tua.
Das árvores retiro a cor
Com que tinjo os teus olhos
Espelho de águas serenas.
As aves voam alto, aceno-lhes
Peço-lhes que te devolvam
Pois ficaram por colher
As cores que a Primavera trouxe.
Aqui: só eu e a solidão
Vagueio
Sem ti, tudo é escuridão!
Enxugo uma lágrima tua
Que me cai sobre o rosto.
Abro os olhos e vejo-me
No verdor que em mim vertes.
E leio a ternura
Que irrompe da nascente
Que são os olhos teus.
Mena
1 comentário:
Magnífico poema de amor.
A tua arte & engenho poéticos são evidentes neste poema.
Gostei muito.
Um beijo, querida amiga Rita.
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