sábado, 23 de fevereiro de 2013

Segredos de céu



Trouxe este poema daqui! Dêem uma espreitadela ao blogue do Nilson que vale a pena!


Ondulante e insinuante

[mesmo recortada de sombras],

posso ver-te como um violino

a encantar a minha noite.

Ou como folhas vivas e perenes

de uma planta que cresce em nós

a cada passagem do sol.



Em qualquer caso,

beijo os teus seios

[de mulher nada e criada com uma tez

que não estranho]

com o poder escorregadio da boca,

pronta a esquecê-los

em troca de outros segredos de céu.



Mas é com o instinto desperto na luz

que me doas,

transposto pelo meu brado marujo

às ondas do teu corpo,

que te deito numa cama

onde te vejo

semeada de folhas e sons de violino.


Poema: Nilson Barcelli © Fevereiro 2013
Fotografia: Alexander Kharlamov 

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Mas que surpresa boa.
Não me disseste nada...!!!
Obrigado pelo destaque que deste ao meu poema.
Beijinhos, querida amiga.