Bem-Vindos a este espaço! Aqui encontrarão retalhos da vida de uma mulher... Retalhos, porque a minha vida é isso mesmo... é composta por mil pedacinhos que se vão tecendo e juntando para construir uma teia, umas vezes mais colorida... outras mais sombria... Mas no fim, tudo se conjuga harmoniosamente...
“Ai quem me dera uma feliz mentira que fosse uma verdade para mim!” J. Dantas
Tu julgas que eu não sei que tu me mentes Quando o teu doce olhar pousa no meu? Pois julgas que eu não sei o que tu sentes? Qual a imagem que alberga o peito meu?
Ai, se o sei, meu amor! Em bem distingo O bom sonho da feroz realidade… Não palpita d´amor, um coração Que anda vogando em ondas de saudade!
Embora mintas bem, não te acredito; Perpassa nos teus olhos desleais O gelo do teu peito de granito…
Mas finjo-me enganada, meu encanto, Que um engano feliz vale bem mais Que um desengano que nos custa tanto!
É um texto dramático de Almeida Garrett, escrito em 1825. A acção desenrola-se em Lisboa, no século XIX. A peça contém apenas um acto (acto único) que é composto por dezassete cenas. A obra é uma crítica (cómica) à sociedade da altura.
A peça baseia-se num conjunto de situações equívocas, originadas por um mentiroso compulsivo que pretende casar com a filha de um homem honesto que está apostado em apanhá-lo em pelo menos uma das suas múltiplas mentiras. A futura noiva do mentiroso e os criados tentam salvar a situação de modo a que todas as mentiras sejam encobertas.
Esta peça gira em torno do casamento de Duarte e Amália. Amália só casará com Duarte se este não for apanhado em nenhuma intrujice. Duarte, no entanto, é um mentiroso compulsivo e vê o seu futuro comprometido ao saber que Brás Ferreira, negociante do Porto e seu futuro sogro, veio a Lisboa com o intuito de o apanhar numa mentira para ter uma desculpa para desfazer o casamento da filha. Ele é um pessoa que põe a honestidade acima de tudo e não tolera mentirosos. Felizmente, sem o saber, Duarte conta com dois grandes aliados: Joaquina e José Félix que, com o objectivo de receberem "cem moedas" de dote no dia do casamento de Duarte e Amália, o irão ajudar a sair-se airosamente de todas as mentiras criadas, fazendo com que as patranhas se transformem em verdades. No fim da peça, Duarte promete não mentir mais: “Duarte – Protesto-lhe que hoje foi o último dia da minha vida que me deixei cair neste maldito vício... E nem eu sei como foi; queria-me defender... vinham umas atrás das outras... por fim... não sei... Mas acabou-se: não torno mais a mentir; custa muito, dá muito trabalho. Vi-me em ânsias! Juro que me hei-de emendar... já estou emendado. – José Félix, nunca me hei-de esquecer da lição que me deste, e prometo pagar-ta.”
Trata-se de um espectáculo verdadeiramente hilariante em que o público torce para que Duarte não seja apanhado, estabelecendo, por isso, uma relação "muito forte" com Joaquina e José Félix.
Trabalhinhos: pregadeira em feltro cor-de-rosa forte com pérolas, conta de cristal e arame de prata. Brincos com pérola rosa escuro e arame de prata a condizer com a pregadeira. Recebi este miminho da Cátia. Fiquei muito feliz e desde já quero agradecer -lhe!... OBRIGADA, amiga!
Como gosto de todos os blogues que visito, passo a todas as meninas que passam por aqui! Um beijinho grande para todas!
Um prémio para a visitante 10001
Pois é, decidi atribuir um presentinho mym à amiga nº 10001. Vamos lá meninas! Só têm de aparecer e provarem-me que foram a 10001.ª visitante. Fácil, não é? Não se esqueçam de deixar também um comentário.
O golpe de estado de 25 de Abril de 1974 ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos", porque não houve a violência habitual das revoluções (manchada de sangue inocente), porque o povo ofereceu cravos aos militares. Assim, em vez de balas, havia flores por todo o lado, já que os militares os enfiaram nos canos das armas, significando o renascer da vida e a mudança. O povo português fez este golpe de estado, porque não estava contente com o governo de Marcelo Caetano, que seguiu a política de Salazar (o Estado Novo), que era uma ditadura, uma forma de governo sem liberdade que durou cerca de 48 anos. Enquanto os outros países da Europa avançavam e progrediam em democracia, o regime português mantinha o nosso país atrasado e fechado a novas ideias. Todos os homens eram obrigados a ir à tropa (na altura estava a acontecer a Guerra Colonial) e a censura, conhecida como "lápis azul", é que escolhia o que as pessoas liam, viam e ouviam nos jornais, na rádio e na televisão. Antes do 25 de Abril, todos se mostravam descontentes, mas não podiam dizê-lo abertamente (podiam ir presos) e as manifestações dos estudantes deram muitas preocupações ao governo. Os estudantes queriam que todos pudessem aceder igualmente ao ensino, (na altura a escola só era obrigatória até à 4ª classe), à liberdade de expressão e queriam também o fim da Guerra Colonial, que consideravam inútil. Os países estrangeiros, que no início apoiavam Salazar e a sua política, começaram a fazer pressão contra Portugal. Por isso, o governante dizia que o nosso País estava "orgulhosamente só". Quando Salazar morreu, foi substituído por Marcelo Caetano, mas este não mudou nada na política e a ditadura continuou. A solução acabou por vir do lado dos que faziam a guerra: os militares. Cansados desse conflito e da falta de liberdade, criaram o Movimento das Forças Armadas (MFA), conhecido como o "Movimento dos Capitães". Depois de um golpe falhado a 16 de Março de 1974, o MFA decidiu avançar. O major Otelo Saraiva de Carvalho fez o plano militar e, na madrugada de 25 de Abril, a operação "Fim-regime" tomou conta dos pontos mais importantes da cidade de Lisboa: o aeroporto, a rádio e a televisão. As forças do MFA, lideradas pelo capitão Salgueiro Maia, cercaram e tomaram o quartel do Carmo, onde se refugiara Marcelo Caetano. Rapidamente, o golpe de estado militar foi bem recebido pelos portugueses, que vieram para as ruas sem medo. Foram lançadas duas "senhas" na rádio para os militares saberem quando avançar: a primeira foi a música "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho e a segunda foi "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, que ficou ligada para sempre ao 25 de Abril. Depois de afastados todos os responsáveis pela ditadura em Portugal, o MFA libertou os presos políticos e acabou com a censura sobre a Imprensa. E, assim, começou um novo período da nossa História: a democracia. Hoje, temos liberdade, todas as crianças podem ir à escola e o País juntou-se ao resto da Europa. Mas...
E depois do Adeus
Portugal, Lisboa. Revolução de 25 de Abril de 1974
Os poetas de outrora continuam actuais (infelizmente)
Lamentação de Camões e de Pessoa
Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida, O favor com quem mais se acenda o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida no gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza. Os Lusíadas, Canto X, 145
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Fernando Pessoa, Mensagem.
Os Lusíadas e a Mensagem
Luís de Camões e Fernando Pessoa foram dois poetas que exaltaram o povo português, através de duas obras distintas (Os Lusíadas – poema épico e a Mensagem – poema lírico). Ambas nos remetem para a época dos Descobrimentos, divulgando também as raízes do desenvolvimento dessa entidade colectiva: o povo português. Embora escritas em épocas distintas, revelam os antepassados e os fundadores da personalidade e perfil dos portugueses. Há nestas obras o relato do nascimento de uma pátria, da sua vida (crescimento) e do seu adormecimento. Os navegadores cumpriram a missão de alargar o império e depois surgiu a estagnação, a desilusão geral. Estes Poetas dão-nos uma imagem negativa de Portugal, uma nação apagada e mergulhada em tristeza. Camões revela ter "descoberto" um Portugal ignorante, rude, ambicioso e ruim - " a pátria (...) está metida / No gosto da cobiça e na rudeza/ Dhua austera, apagada e vil tristeza." - cuja população se recusa a escutar a " voz que canta" as acções passadas que elevaram Portugal. Fernando Pessoa embora o que constate seja uma penumbra e dispersão de ideias incertas - Ninguém sabe que coisa quer", "Tudo é disperso, nada é inteiro" - ainda vê um possível rumo para o renascer de um Portugal glorioso, terminando a obra com umanota de esperança, um incentivo – " É a hora!" Os dois poetas elogiam os Portugueses com o exemplo mais glorioso dos feitos de Portugal – os Descobrimentos – ambos revelam o seu grande amor pela pátria, criticam a falta de iniciativa, mas não deixam de estimular o povo português a evoluir e a criar novos sonhos que deverão ser concretizados. A esperança de Camões residia na liderança de D. Sebastião que encaminharia novamente Portugal para um futuro glorioso, conforme revela nas três últimas estrofes da sua epopeia. Para Fernando Pessoa era chegada a hora da construção de um novo império, agora de carácter espiritual, o Quinto Império, e com condições para perdurar mais do que o anterior.
Outras visões
“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...”
Guerra Junqueiro escrito em 1886
Luís Vaz de Camões. Poeta infortunado e tutelar. Fez o milagre de ressuscitar A pátria em que nasceu. Quando, vidente, a viu A caminho da negra sepultura, Num poema de amor e de aventura, Deu-lhe vida Perdida. E agora, Nesta segunda hora De vil tristeza, Imortal, É ele ainda a única certeza De Portugal.
Miguel Torga
"Não tenho a certeza de que Portugal exista dentro de 50 anos. Vivemos num lento processo de decadência, com alguns focos de entusiasmo, como a República ou a Revolução dos cravos. Isso revela a uma incapacidade para manter alta a nossa tensão de viver. A nossa mentalidade é de uma tristeza apagada e civil, que pode não ser suficiente para nos mantermos. Pode ser que existam os portugueses, enquanto comunidade de gente que fala esta língua, mas o estado português pode desaparecer. Não há muito tempo, desapareceu um país que se chamava Jugoslávia. Nós continuaremos aqui, claro, mas as mudanças geoestratégicas e económicas podem conduzir-nos a um grau de subalternidade inédito. Ainda que isto não venha a suceder amanhã, tem que ver com o papel pujante da Espanha como Estado, um país vivo e em progressão. É lógico que Portugal seja atraído por ela e se integre – com um altíssimo grau de governo, entenda-se – num novo Estado Ibérico. Especulo, porque pessoalmente não estou a favor nem contra, mas digo-vos que até poderia ocorrer que, como Estado federado ao lado de Espanha, o país adquirisse uma importância que agora não tem."
Saramago e a Ibéria unida; Courrier International, nº 42 de 20 a 26 de Janeiro de 2006
"É a hora!".
Clama o poeta com um grito lancinante: "É a Hora" de acordarem, de se unirem, e de fazerem voltar tudo de novo. Quem sabe, D. Sebastião, fulgurante e montado no seu cavalo branco, não surgirá do espesso nevoeiro em que se sumiu e, então, o mito e a glória de Portugal ressurgirão das cinzas, como Fénix renascida.
O 25 de Abril foi mais uma vez o querer dum povo que saiu à rua no intuito de fazer renascer uma nova vida para Portugal e para os portugueses, uma mudança. Mas, passados 34 anos, sinto o mesmo desalento que os meus poetas preferidos, Luís de Camões e Fernando Pessoa, e é com tristeza que digo que continuam actuais (infelizmente).
O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE e recebem em troca, UM LIVRO. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril. Partilhar livros e flores, nesta Primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.
É antiga a tradição popular de oferecer rosas no dia de São Jorge. No século XV, já havia a celebração da Feira das Rosas no dia de São Jorge. Esta tradição, que se tornou viva como um símbolo indiscutível da Catalunha, juntou-se, na Espanha, com a data da morte de Cervantes, fazendo com que o dia 23 de Abril se tornasse o Dia do Livro. Coincidência maior ainda é que tal data também seja a da morte de Shakespeare. A tradição de 23 de Abril ser o dia de São Jorge, da rosa e do livro, unindo fé, amor e cultura, veio da Catalunha. A Conferência geral da UNESCO, reunida em Paris, considerando que o livro foi historicamente o instrumento mais importante de difusão dos conhecimentos, que as iniciativas para promover a difusão do livro são um factor de enriquecimento cultural, que uma das formas mais eficazes de promoção do livro é organizar todos os anos um dia do livro, decidiu, em 15 de Novembro de 1995, que o dia 23 de Abril seria o "Dia mundial do livro e dos direitos de autor".
Viva a rosa!
Eternos símbolos do amor, as rosas ganharam uma “linguagem” própria. A cor das suas pétalas também transmite mensagens: as vermelhas simbolizam as emoções apaixonadas, as cor-de-rosa estariam ligadas aos amores sublimes, as brancas ao amor puro e incondicional, mas as amarelas são misteriosas - uns dizem que simbolizam o ciúme, enquanto outros afirmam que estão ligadas aos amores afortunados. Também a forma de colocar as rosas nos vasos pode expressar sentimentos: uma única rosa num vaso demonstra elegância e intimidade; várias rosas, formando arranjos grandes e compactos, inspiram alegria e confraternização.
Viva São Jorge!
São Jorge nasceu na Capadócia no ano de 280. No final do século III, o cristão Jorge trocou a Capadócia, na Turquia, pela Palestina, vindo a ingressar no exército de Diocleciano. Jorge logo se destacou, sendo elevado a conde e depois a tribuno militar. Tudo ia bem, até que as perseguições aos seguidores de Cristo reiniciaram. O rapaz não quis negar a sua fé, fazendo com que Diocleciano se sentisse traído. O imperador, então, condenou-o às mais terríveis torturas. E Jorge conseguiu vencê-las todas. Suportando uma dor atrás da outra, o filho da Capadócia suportou as lanças dos soldados, permaneceu firme sob o peso de uma imensa pedra, obteve a cicatrização imediata das navalhadas que recebeu e resistiu ao calor de uma fornalha de cal. A cada vitória sobre as torturas, Jorge ia convertendo mais e mais soldados. O imperador, contrariado, chamou um mago para acabar com a força de Jorge. O santo tomou duas poções e, mesmo assim, manteve-se firme e vivo. O feiticeiro juntou-se à lista dos convertidos, assim como a própria esposa do imperador. Estas duas últimas "traições" levaram Diocleciano a mandar degolar o ex-soldado em 23 de Abril de 303. Conta-se ainda que o bravo militar matou um dragão para salvar a filha do rei de Selena e todos os habitantes desta cidade Líbia. Lenda ou realidade, o facto é que São Jorge nos lembra que todos nós temos algum desafio a vencer nesta vida, seja o nosso orgulho, o nosso egoísmo ou mesmo os problemas que nos afectam no dia-a-dia. Como ele, devemos permanecer fortes e corajosos, independentemente dos desafios que a vida nos traga. Assim, como São Jorge, havemos de vencer.
Viva o livro, fonte de conhecimento!
«Que haverá nos livros? – costumava perguntar a mim mesma, quando tinha três ou quatro anos, sentada no meu banquinho, na livraria dos meus avós. Atrás da caixa, sentava-se a avó. Do outro lado do balcão, a minha mãe esperava os clientes. Por detrás dela, as estantes chegavam até ao tecto e, para se poder alcançar os livros das prateleiras de cima, uma grande escada, suspensa de uma barra de ferro por dois ganchos, deslizava da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Não pensem que me aborrecia! Quando um cliente entrava na loja, eu punha-me a adivinhar: irá escolher um livro das estantes inferiores, ou interessar-se-á por algum colocado nas de cima? Jovem, ágil e inteligente, a minha mãe sabia onde se encontrava cada livro, subia a escada se necessário, descia com um livro de capa azul, vermelha ou dourada e colocava-o diante do comprador. Eu sentia-me orgulhosa da minha mãe e cada vez me interessava mais e mais pelo que pudesse existir nos livros. Nas filas de baixo, também os havia de capa azul, vermelha ou dourada, cheios de letras negras, pequeninas, mas nenhum tinha desenhos tão bonitos como os meus! Em minha casa toda a gente lia. A minha mãe, o meu pai, os meus avós. Ao observar os seus rostos inclinados sobre um livro, ao ver que às vezes sorriam, que outras vezes se punham sérios, e que em certos momentos viravam a página com uma atenção tensa, interrogava-me: Por onde andarão? Se lhes falo, não me ouvem e, quando por fim me prestam atenção, parecem acabados de sair de algum lugar distante. Por que não me levam com eles? Que existe afinal nos livros? Qual é o segredo que não me querem contar? Mais tarde aprendi a ler. E descobri, enfim, o segredo dos livros. Descobri que neles estava tudo. Não apenas fadas, gnomos, princesas e bruxas malvadas. Também lá estávamos tu e eu com todas as nossas alegrias, as nossas preocupações, os nossos desejos, as nossas tristezas; o bem e o mal, a verdade e a falsidade, a natureza, o universo. Tudo isso cabe nos livros. Abre um livro! Ele partilhará contigo todos os seus segredos.»
Éva Janikovszky
Brincos com pérolas e cobre:
Um presente Mym: individual bordado a ponto cadeia e ponto pé de flor. E o saquinho que carregou o presentinho: Espero que recebam muitas rosas e livros!
A água é um elemento vital na vida da Terra, cobrindo cerca de 2/3 da sua superfície. A água salgada da vasta massa oceânica representa a grande maioria (97%) deste imenso reservatório, enquanto a água doce, espalhada pelas calotes polares, atmosfera, rios ou lagos, representa apenas uma insignificância (0,01%) do total de água disponível. (Dá que pensar!..)
Oceanos em evolução
A Terra tem cerca de 4500 milhões de anos. Durante muito tempo os continentes foram-se movendo, tomaram novas formas e foram abrindo novos oceanos, enquanto outros desapareciam. Há cerca de 290 milhões de anos existia apenas um grande continente chamado Pangeia, rodeado por um gigantesco oceano designado Pantalassa. Os actuais Oceanos só começaram a tomar forma há 180 milhões de anos, quando a Pangeia se começou a fragmentar e a derivar. Hoje, os continentes continuam a mover-se, sabendo-se que o Oceano Atlântico, por exemplo, cresce alguns centímetros por ano.
A vida nasceu no mar!
A vida na Terra nasceu no Mar há 3500 milhões de anos, sob formas muito simples, que lenta e gradualmente foram evoluindo, adaptando-se às sucessivas variações ambientais, para darem origem à imensa diversidade de seres hoje existentes. Durante este percurso evolutivo, muitas espécies desapareceram, como foi o caso dos dinossauros. Outros ainda sobrevivem nos oceanos com formas pouco alteradas desde há milhões de anos.
Recebi este desafio da minha amiga Alexandrina. Obrigada!
As Regras:
- Colocar o link da pessoa que nos "marcou"; - Colocar as regras no blogue; - Partilhar seis coisas que não me importo de fazer; - "Marcar" seis pessoas no fim; - Avisar essas pessoas deixando um comentário nos seus blogues.
Respostas:
1 - Não me importo de passear; 2 - Não me importo de conversar com os amigos; 3 - Não me importo de sonhar acordada; 4 - Não me importo com a opinião dos outros; 5 - Não me importo de conviver, conversar com os meus alunos, ouvir os seus anseios, dar um conselho, dar-lhes atenção (sinto que não perdemos uma aula, ganhamos confiança, conhecemo-nos melhor… e se lhes der atenção, quando eles precisam, mais facilmente estarão atentos, quando é necessário); 6 - Não me importo de ganhar o euro milhões: se tal acontecer um dia, distribuo pelos necessitados, dou para a Liga contra o cancro e para outras associações similares… Acho que ficaria rapidamente sem dinheiro, mas faria muita gente feliz ou, pelo menos, menos pobre.
Queridas amiguinhas que por aqui passam, vejam só que prémio lindo me ofereceu a moquinhas! O meu muito obrigada pelo carinho e por não se ter esquecidode mim.
Deveria repassar este prémio, mas como já há muitas meninas que o têm, deixo-o a todas as amiguinhas que por aqui passam e o queiram levar para o seu cantinho. Com muito carinho e amizade da Mena.
A minha terapia: muitas vezes para descontrair, faço uns trabalhitos. Não há melhor terapia, podem crer!
Em tons de azul: pulseira, anel e brincos (o conjunto de brincos é composto por um brinco comprido e o outro só com uma estrela com arabescos em prata).
Minha Terra
Ó minha terra na planície rasa, Branca de sol e cal e de luar, Minha terra que nunca viu o mar Onde tenho o meu pão e a minha casa…
Minha terra de tardes sem uma asa, Sem um bater de folha… a dormitar… Meu anel de rubis a flamejar, Minha terra mourisca a arder em brasa!
Minha terra onde meu irmão nasceu… Aonde a mãe que eu tive e que morreu, Foi moça e loira, amou e foi amada…
Truz… truz… truz… Eu não tenho onde me acoite, Sou um pobre de longe, é quase noite… Terra, quero dormir… dá-me pousada!
Vaga, no azul amplo solta, vai uma nuvem errando...
Vaga, no azul amplo solta, Vai uma nuvem errando. O meu passado não volta. Não é o que estou chorando. O que choro é diferente. Entra mais na alma da alma. Mas como, no céu sem gente, A nuvem flutua calma. E isto lembra uma tristeza E a lembrança é que entristece, Dou à saudade a riqueza De emoção que a hora tece. Mas, em verdade, o que chora Na minha amarga ansiedade Mais alto que a nuvem mora, Está para além da saudade. Não sei o que é nem consinto À alma que o saiba bem. Visto da dor com que minto Dor que a minha alma tem.
Fernando Pessoa
Cai Chuva do Céu Cinzento
Cai chuva do céu cinzento Que não tem razão de ser. Até o meu pensamento Tem chuva nele a escorrer. Tenho uma grande tristeza Acrescentada à que sinto. Quero dizer-ma mas pesa O quanto comigo minto. Porque verdadeiramente Não sei se estou triste ou não. E a chuva cai levemente (Porque Verlaine consente) Dentro do meu coração
Fernando Pessoa
As lentas nuvens fazem sono
As lentas nuvens fazem sono, O céu azul faz bom dormir. Bóio, num íntimo abandono, À tona de me não sentir.
E é suave, como um correr de água, O sentir que não sou alguém, Não sou capaz de peso ou mágoa. Minha alma é aquilo que não tem.
Que bom, à margem do ribeiro Saber que é ele que vai indo... E só em sono eu vou primeiro. E só em sonho eu vou seguindo.
Fernando Pessoa
Como nuvens pelo céu
Como nuvens pelo céu Passam por mim. Nenhum dos sonhos é meu Embora eu os sonhe assim. São coisas no alto que são Enquanto a vista as conhece, Depois são sombras que vão Pelo campo que arrefece. Símbolos? Sonhos? Quem torna Meu coração ao que foi? Que dor de mim me transforma? Que coisa inútil me dói?
Este desafio veio do blogue da Edilene http://edilenecroche.blogspot.com/, e aqui fica a minha resposta e o desafio para todas as meninas que o queiram levar para os seus blogues.