segunda-feira, 14 de abril de 2008

A lua de Joana

A Lua de Joana

A Lua de Joana, escrito por Maria Teresa Maia Gonzalez, conta a história de uma menina de 14 anos, chamada Joana que perdeu a sua melhor amiga, Marta, que morreu de overdose. Este livro pode ser considerado uma espécie de diário (apesar de não o ser), porque Joana escreve cartas a uma amiga que já faleceu, para que desta forma a mantenha viva na sua memória, para tentar perceber o que levou a amiga a seguir tão trágico caminho e acima de tudo para conseguir perdoar-lhe. Joana conta-lhe todos os acontecimentos do seu dia-a-dia e é interessante ver o desenrolar da vida desta personagem, a sua transformação ao longo dos dias e dos anos.
Este livro mostra-nos o grande flagelo que é a droga, para as famílias, para os amigos e para a própria pessoa que se deixa envolver nessa teia.
Joana é uma excelente aluna, reconhecida por todos e acarinhada pelos professores e amigos, mas a sua melhor amiga já não faz parte da escola, já não faz parte da turma, já nem partilha a sua mesa nas salas de aula.
No decorrer desta história, Joana tenta agir com normalidade, apoiando-se sempre na sua avó que é a sua única conselheira.
Esta história é um alerta para os pais menos atentos
. Os pais de Joana viam nela uma pessoa adulta responsável, logo pensavam que não tinham de se preocupar com ela e não eram propriamente uns pais presentes. O pai de Joana é um médico prestigiado, passa a vida fora em congressos, reuniões, visitas ao domicílio e raramente está presente no dia-a-dia da filha ou em casa. A sua mãe é dona de um pronto-a-vestir, vive preocupadíssima com seu outro filho, irmão de Joana, cuja relação era um tanto ou quanto crítica. Joana apelidava-o de Pré-histórico, pelos trajes e visual com que se apresentava, pela decoração do quarto que estava sempre num caos.
Há um pormenor na decoração do quarto de Joana que considero importante, no meio do quarto de Joana há uma lua suspensa do tecto por uma corrente, um baloiço imaginado e construído só para Joana. Quando ela quer pensar, coloca o baloiço em posição de quarto crescente e quando está triste roda-o para quarto minguante e ali se senta até que a tristeza lhe passe.
As cartas sucedem-se e a vida de Joana vai-se alterando cada vez mais. E é com uma certa angústia que nós leitores nos apercebemos que Joana está prestes a seguir o mesmo caminho da amiga. Num passo lento, mas fatal, também Joana se deixa levar, por todos os problemas que a envolvem, uma mãe e um pai ausentes, um irmão com quem não se pode contar, a dor de ter perdido uma amiga e mais recentemente a perda do carinho e do apoio da avó.
A dada altura, sentimos vontade de gritar, de chamar Joana à razão, de lhe dar um safanão, queremos, desesperadamente, dar-lhe a mão, porque vemos que ela se está a afundar cada vez mais, sem se aperceber disso, ela que criticou e crucificou a amiga e agora caminha para o mesmo abismo, para um poço sem fundo nem retorno.
E, assim, Joana, a rapariga exemplar, na escola e em casa, envolve-se com uma amiga da Marta, a Rita, (a amiga que teria levado Marta a consumir drogas), e com o próprio irmão da Marta, o Diogo, também vítima das drogas. Porquê? A falta de apoio, a falta de atenção por parte dos pais, a falta de diálogo, a falta do carinho e do apoio da avó empurraram-na para as únicas pessoas que lhe derem atenção, a Rita e o Diogo. Ela começou a vender as suas coisas, para conseguir dinheiro, para ajudar Diogo, acabando também ela por recorrer às drogas. Um dia, olhou-se ao espelho e reparou que tinha mudado, entendendo, agora, como tão facilmente Marta se tinha envolvido com a droga. Joana tentou abandonar as drogas, mas já foi tarde de mais…

O tempo existe para ser gasto com quem mais amamos, para dar atenção àqueles que mais queremos. Esta é a lição que todos os pais devem tirar desta história, é preciso estarem atentos à vida dos filhos, estarem presentes. Os filhos devem sentir-se amados, queridos tanto nos momentos bons como nos menos bons… Eles devem sentir sempre que gostamos deles, independentemente dos defeitos que possam ter… É com amor e carinho que os conquistamos, que os preparamos para a vida…

Há também a salientar a importância do diálogo entre os filhos e os pais, pois a falta de diálogo é muitas vezes a razão que leva os filhos a procurarem outros caminhos, que no caso da Joana foi a droga.

“ Então, num momento completamente louco, desvairada, passei-me da cabeça e pedi-lhe para experimentar um bocado, só para ver que efeito aquilo tinha.” (página 140)

“Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho.” (página 143)

“ …o ano passado, nunca imaginei que fosse tão fácil uma pessoa passar-se para o lado de lá, o lado para onde tu passaste, o lado que eu sabia que era ERRADO!” (página 152)

Esta obra termina com a seguinte frase: "Desapertou a correia do relógio e pousou-o devagar sobre a mesinha. Agora, tinha todo o tempo do mundo. Para quê?"

Esta frase deixa, certamente, qualquer um de nós a pensar. Pois bem, reflictamos!

Boas leituras!

Dedico-vos um vídeo que conta a lenda do Sol e da Lua.




Vejam só o que trouxe do blog da
sweetie , a Árvore da Felicidade:

Segundo a lenda traz sorte e felicidade. Pois bem! Sorte e felicidade é o que todas precisamos, por isso ofereço-a a todas as meninas e meninos que me visitam.

Colar composto por três fios diferentes: o primeiro em tons de preto - peças em Fimo e bolas forradas com missangas, feitas por mim e pela filhota; o segundo com vermelhos - peças em Fimo, murano, acrílico e porcelana; o terceiro prateado - flor, bolas com rendilhados, canudinho...

O mesmo colar enfeitado com uma borboleta em prata.






Até quarta-feira, até lá, fiquem bem!

8 comentários:

Anónimo disse...

Já li a Lua de Joana à muuuuuuuuuitos anos e devo dizer que adorei ler o que escreveste, adorei RELEMBRAR!!!

Obrigada ;)

*Beijinhos,
Joanita

Anónimo disse...

Que lua lindaaaaa amei ela me fez lembrar de bons momentos hehehe valeu a visitinha

εïз Andrea Cris εïз disse...

Olá Amiga
Adoro vir te visitar suas postagens são Maravilhosas...E o Colar que encanto
PARABENS
TENHA UMA OTIMA SEMANA
Bjs
Andrea

Tita disse...

foi um livro que eu n~~ao li. assim como os filhos da droga ou viagem ao munod da droga, que quando eu andava na escola as minhas colegas liam. nunca gostei muito de livros sobre o tema. bjs e boa semana

Mónica disse...

Olá Mena obrigada pela tua visitinha;:))
Adorei as tuas pecinhas lindas estive a ver a Lenda do Sol e da Lua e achei lindissima então ainda por cima com o tema do meu filme do coração "A Cidade dos Anjos"
Já viste este meu post?http://moquinhas40.blogspot.com/2008/04/para-sentir-com-alma-e-ouvir-com-o_09.html
Eu também adorei este videozinho!!
Beijoquinhas e obrigada pela visita!!

Sonia Facion disse...

Oi.......voltei............
Mena, super interressante essa visão sobre os traços.
De fato muitas coisas correspondem a isso mesmo.
Lindos trabalhos!!!

Bjks

Sonia

Anónimo disse...

Foi sem dúvida um livro que marcou a minha adolescência. Foi óptimo relembrá-lo aqui.

Altamente aconselhável para qualquer jovem, não só pela abordagem ao tema da droga mas pela obra em si, bem estruturada, apaixonante, viciante e com a peculiaridade de nos fazer empáticos com a Joana e a sua lua.

s.cascais disse...

A historia começa em 92 foi o ano em que o rei da pop veio nos vizitar na sua tour