segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Krónos


A Crónica

Etimologicamente, crónica deriva do grego Krónos, que significa tempo. O conceito de crónica sofreu bastantes alterações até aos nossos dias, desde relato histórico até registo e comentário de um facto, incidente ou ideia, geralmente do quotidiano.

Actualmente, a crónica pode ter uma função ideológica, crítica, satírica, ou até um carácter ficcional. Comentando factos, episódios e flagrantes quotidianos, o cronista, normalmente uma figura publicamente reconhecida, dá conta da sua forma subjectiva de ver o mundo.

Na crónica há um predomínio de opiniões, uma vez que este género jornalístico privilegia a expressão da subjectividade do autor e não apenas a transmissão de factos.

Os adjectivos, cujo uso na notícia e na reportagem é bem limitado, assumem uma posição central na crónica, espelhando a posição do autor face ao tema desenvolvido. O emprego expressivo da adjectivação contribui para a subjectividade deste género jornalístico.

A crónica utiliza muitas vezes uma linguagem valorativa e subjectiva, empregando alguns recursos expressivos, como as figuras de estilo.

A repetição de palavras pretende intensificar, reforçar e enfatizar uma determinada ideia.

A metáfora tem uma forte intenção sugestiva, já que as palavras passam a ter um sentido mais abrangente daquele que é habitual.

A enumeração consiste na apresentação sucessiva de vários elementos com a intenção de intensificar o ritmo do discurso.

A ironia consiste em exprimir o contrário daquilo que se pensa. Pode ser utilizada para zombar ou criticar. O contexto e o tom de voz assumem extrema importância para a sua interpretação.

Algumas das características definidoras da linguagem e estilo da crónica são, na verdade, a coloquialidade, que deriva da cumplicidade existente entre o autor e o ouvinte/leitor, e as intervenções explícitas do autor, patentes na utilização da 1.ª pessoa gramatical (do singular ou do plural).

O discurso da 1.ª pessoa gramatical, que constitui mais um traço característico da crónica, contribui para a subjectividade deste tipo de texto. A presença do “interlocutor” é visível através do uso de pronomes e de formas verbais na 1.ª pessoa.


A crónica impressa e a crónica radiofónica


Características gerais


- Há um acontecimento/facto/ideia real que está na génese do texto.

- O tema da actualidade pode ser diversificado: actualidade desportiva, política, científica, etc.

- Pode centrar-se sobre aspectos comuns da vida quotidiana ou servir de palco para a criação literária.

- Não obedece a nenhuma estrutura fixa, apresentando, por isso, uma forma livre e pessoal, pelo que o seu autor lhe dá um cunho pessoal, a sua subjectividade.

- Está imbuída de uma dimensão pragmática.



Linguagem e estilo


- Marcas de subjectividade (como a adjectivação valorativa, o uso de verbos opinativos ou tomadas de posição eufórica).

- Marcas de temporalidade (apontadas até pela etimologia, crónica vem do grego “chronos” - tempo).

- Tom coloquial, que denota a “presença” do interlocutor e a cumplicidade existente entre escritor e leitor (resultante do carácter periódico de muitas crónicas).

- Recursos expressivos (como a linguagem metafórica, o emprego expressivo da adjectivação ou o recurso a várias figuras de estilo) e outros processos literários.



Intencionalidade comunicativa


- Crítica.

- Censura.

- Elogio.

- Aviso.

- Finalidade sociológica.

- Objectivo satírico/humorístico.



A crónica impressa e a crónica radiofónica

(características específicas)


Crónica impressa


- Utiliza o código escrito.

- É um texto breve, escrito em prosa, de forma pessoal e livre.

- Surge numa página fixa ou secção bem demarcada de um jornal ou revista.

- A crónica não tem uma arquitectura predefinida, pelo que o seu autor lhe dá um cunho pessoal, a sua subjectividade.

- É um texto assinado e está a cargo de um ou mais colaboradores do jornal.

- Apresenta marcas linguísticas do código oral, patentes no recurso ao discurso directo.

- A pontuação, a organização dos parágrafos e a coesão textual assumem extrema importância.

- Pode ser classificada em crónica jornalística ou crónica literária.


Crónica radiofónica


- Utiliza o código oral.

- Surge num programa específico da estação da rádio.

- Está a cargo de um ou mais locutores/colaboradores da estação da rádio.

- Os elementos prosódicos (entoação, pausas, ou ênfase) assumem uma importância fulcral.



Análise comparativa entre a crónica impressa e a crónica radiofónica


A crónica radiofónica e a crónica impressa têm em comum:

- O ponto de partida é um acontecimento/facto/ideia real.

- Forma livre e pessoal.

- Marcas de subjectividade.

- Tom coloquial, que denota a cumplicidade existente entre escritor/locutor e leitor/ouvinte.

- Recursos expressivos e outros processos literários.

- Discurso com marcas de 1.ª pessoa gramatical.



A Mena na cozinha

Rolinhos de frango

Frango
tiras de entremeada fininhas
sal
pimenta
alecrim
4 ou 5 tomates maduros ou concentrado de tomate
1 cebola
2 dentes de alho
1 folha de louro
salsa
1 dl de vinho branco
noz moscada
azeite

Corte o frango em pedaços e tempere com sal, pimenta e alecrim, tempere também as entremeadas. Enrole cada pedaço de frango numa tira de entremeada e prenda com cordão.

Prepare o molho de tomate: pique a cebola e os alhos e leve a refogar em azeite. Junte a folha de louro e um pouco de salsa. Quando a cebola estiver transparente, junte os tomates triturados e deixe cozinhar um pouco. Adicione o vinho branco e tempere com sal, pimenta e noz moscada. Acrescente um pouco de água e deixe ferver. Coloque os rolinhos a cozer neste molho.

Sirva com arroz branco e salada de alface.
Bom apetite!


Trabalhinhos:

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Miminho

Este ursinho amoroso foi-me oferecido pela Soninha. Obrigada, amiga!
Vai ficar aqui para quem o quiser levar! Basta deixarem uma palavrinha!



8 comentários:

Sonia Facion disse...

Oi Mena!!!!

Huuuuuu..esses enroladinhos me deixou com água na boca.

Bjks amiga e boa semana.

Sonia

~*Rebeca*~ disse...

Néctar da Flor oferece mais um selo para os amigos. Dessa vez é o Selo Criativo que entra na roda dessa nossa felicidade. Não existem regras, apenas levem mais um dengo nosso e deixem a originalidade do seu blog falar por si.

Beijos jogados no ar, sempre!


-

Mary disse...

Olá,Mena,
Está com um aspecto fantástico.E devem ser deliciosos,esse rolinhos de frango.
obrigado pelo selo depoois coloco.


bjs
boa semana

artes_romao disse...

Boa tarde,td bem?
mas que tema interessante.
gostei, sabes porque...
no meu curso efa, na fase anterior estudamos o k é uma crónica e os vários tipos...
agradeço imenso o selinho.
as peças estão lindas, como sempre.
e a comida muito apetitosa.
fica bem,jinhos***

Chocolate disse...

lindos trabalhinhos! beijinhos

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Gosttei da tema. Interessante!

Embora tarde, como não tinha jantado fi-lo ao som de "Time of my life".
Hummmmmmmm...apeteceu-me dançar.

Obrigada pelo selinho.

Bjs.

Maria Cusca disse...

Pois é amiga,
Desta vez cheguei tarde, para o jantar.
Tenho andado com uma crise de alergia, que me tira a disposição para tudo.
Gostei da lição.
gostei dos marcadores e o jantar devia estar divinal, paciência fica para a próxima.

Maria Cusca disse...

Voltei.
Para dizer que vou levar o miminho.
Obrigada