quinta-feira, 10 de maio de 2012

A porta do quarto está entreaberta




A porta do quarto está entreaberta
E sorri, os braços abertos convidam.
Ao fundo, a cama desfeita pede,
Suplica que me afogue no seu leito
De rio que corre veloz para o mar.

O teu olhar pousa no meu, sorris
Estendes os braços, troncos fortes
De árvores que apontam para o céu
Numa prece, num pedido divino...

Esperavas-me, o teu rosto de luz
Ilumina tudo, aquece, queima
Incendeia-me, a lava quente escorre...
O vulcão adormecido despertou
Entrou em erupção, qual desastre natural.

Tomas-me nos teus braços, pego fogo
Ao teu corpo, ardemos num só abraço
Num só querer, numa só vontade
E num delírio de chamas sucumbimos. 


Mena

2 comentários:

Mona Lisa disse...

Que dizer?!

Belíssimo!

Terno e sensual!

Beijos.

Nilson Barcelli disse...

"Incendeia-me, a lava quente escorre...
O vulcão adormecido despertou
Entrou em erupção, qual desastre natural. "
Acho que é o teu melhor poema até agora. É excelente, mas ainda vais fazer melhor (mas já não é nada fácil...).
Querida amiga, evoluiste tanto em tão pouco tempo.
Beijo.