Colar com missangas de madeira e várias bolas.
Colar e brincos em fimo com prata, missangas e canudinhos.
Algumas das peças que fizémos com a técnica das agulhas
Nas torres, olhando os astros,
que viajam pelos céus,
Os Reis Magos viram rastros
do avatar de um grande Deus.
Leram em livros profundos,
que a Caldeia e Assíria têm,
que estava a descer dos mundos
um Deus a Jerusalém.
Cheios de assombro à janela,
mudos ficam os seus lábios!
De pé olhando uma estrela,
velam noites os reis sábios.
Não querem mais alimento,
nem com rainhas dormir.
Não tomam ao trono assento!
Não mais volvem a sorrir!
Somente olham, sem cessar,
a branca estrela brilhante
como o ceptro dominante
do rei que vai a reinar.
Abraçam a esposa amada.
Dão as chaves aos herdeiros.
Mandam vir seus escudeiros.
Os seus bordões de jornada.
Despejam os seus erários,
cheios de alvoroço imenso.
Carregam seus dromedários,
d'ouro, de mirra, de incenso.
Passam rios e cidades
cheias de estátuas guerreiras,
palácios, campos, herdades,
cisternas sob as palmeiras.
Seguem a luz do astro belo,
que as estradas lhes clareia,
até chegar ao castelo,
do rei que reina em Judeia.
Chegados ao rei cruel,
que de Herodes nome tem,
bradam: "O Rei de Israel
nasceu em Jerusalém?"
Fica assombrado o Tetrarca,
Diz-lhes tal nova ignorar.
- "Mas em nome da Santa Arca,
voltai, reis, ao meu solar!"
Seus olhos ficam sombrios:
vê perdido o seu tesouro,
soldados, terras, navios,
da Judeia o ceptro de ouro!
Tomam os reis seus bordões
Levantam as suas tendas,
Carregam suas oferendas,
Demandam novas regiões.
Passam rios e cidades
cheias de estátuas guerreiras,
palácios, campos, herdades,
cisternas sob palmeiras.
Passam colinas, rebanhos,
campos de louras searas,
quando a lua faz desenhos
no chão das estradas claras.
Passam o quente areal
que a palmeira não conforta.
Eis que a estrela pára à porta
de um decrépito curral.
Descem dos seus dromedários,
cheios de pó os reis sábios.
Descarregam seus erários.
- Mas estão mudos seus lábios.
Rojam as barbas nevadas
Sobre o Deus que adormecera.
Com as mãozinhas rosadas
da Mãe nos seios de cera.
Seus olhos sentem assombros
e nadam cheios de choro.
- Rasgam seus mantos de ombros.
- Dão-lhe mirra, incenso e ouro.
Esquecem sua nação
mais seus carros de batalha.
- Seus ceptros rolam na palha!
- Seus diademas no chão!
E erguendo seus olhos graves,
perguntam então - olhando
as pombas voando em bando,
os aldeões, mais as aves.
"É este o rei dos senhores?
Tábua da Lei das rainhas?
Por archeiros - tem pastores.
Por pajens - as andorinhas."
GOMES LEAL
Os magos surgem mencionados apenas no evangelho de S. Mateus. Nos doze versículos em que trata do assunto, Mateus não especifica quantos eram. Sabe-se apenas que eram vários, porque a citação está no plural – e não se sabe se eram reis. “Não há evidência histórica da existência dessas pessoas”, diz André Chevitaresse, professor de História Antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “São personagens criadas pelo evangelista Mateus para simbolizar o reconhecimento de Jesus por todos os povos.”
De qualquer forma, a tradição permaneceu viva e no século III, eles receberam o título de reis – provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72: “Todos os reis cairão diante dele”. Cerca de 800 anos depois do nascimento de Jesus, foram-lhes atribuídos nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar, rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia. Em hebreu, esses nomes significam “rei da luz” (melichior), “o branco” (gathaspa) e “senhor dos tesouros” (bithisarea).
Quem for visitar a catedral de Colónia, na Alemanha, ali encontrará os restos mortais dos reis magos. De acordo com uma tradição medieval, os magos ter-se-iam reencontrado quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa, uma cidade da Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, os seus corpos teriam sido levados para Milão, na Itália, onde permaneceram até ao século XII, quando o imperador germânico Frederico dominou a cidade, tendo, então, trasladado as urnas mortuárias para Colónia. “Não sei quem está enterrado lá, mas com certeza não são eles”, diz o teólogo Jaldemir Vitório, do Centro de Estudo Superiores da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte. “Mas isso não diminui a beleza da simbologia do Evangelho de Mateus ao narrar o nascimento de Cristo.” Afinal, devemos aos Reis Magos a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da antiguidade, ouro era o presente para um rei, incenso, para um religioso e mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar os corpos e simbolizava a mortalidade).
Texto elaborado com base num artigo da revista Super Interessante
"Tendo Jesus nascido, em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: "Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos o seu astro no oriente e viemos prestar-lhe homenagem". A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado, e toda Jerusalém com ele. Reuniu todos os sumos-sacerdotes e os escribas do povo, e inquiriu deles o lugar onde o Messias devia nascer. "Em Belém da Judeia, disseram-lhe eles, pois é isto o que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá , não és decerto a menos importante das sedes distritais de Judá : pois é de ti que sairá o chefe que apascentará Israel , meu povo". Então Herodes mandou chamar secretamente os magos, inquiriu deles a época exacta em que aparecera o astro e enviou-os a Belém dizendo: "Ide informar-vos com exactidão acerca do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me para que também eu vá prestar-lhe homenagem". A estas palavras do rei, puseram-se a caminho, e eis que o astro que tinham visto no oriente avançava à sua frente até parar em cima do lugar onde estava o menino. À vista do astro, sentiram uma alegria muito grande. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, prestaram-lhe homenagem; abrindo seus escrínios, ofereceram-lhe por presente ouro, incenso e mirra. Depois, divinamente avisados em sonho de que não tornassem a ir ter com Herodes, retiraram-se para sua pátria por outro caminho".
Evangelho segundo S. Mateus
Há 22 anos, os Reis Magos trouxeram-me um dos dois presentes mais lindos e valiosos da minha vida – o meu filho. O segundo presente é a minha filha, claro! Todos os dias da minha vida, agradeço a Deus os filhos com que me agraciou. Eles são o que tenho de mais valor.
Quando soube que estava grávida, ainda estava a estudar na Faculdade e a notícia deixou-me algo abalada, não estava preparada, achava eu, para uma responsabilidade daquelas. Pensei que não era capaz de conciliar os estudos com o novo papel que me era agora imposto, que nunca mais acabaria o curso… Fiquei mesmo muito revoltada, mas tive o apoio incondicional do meu marido que ficou um tanto angustiado com a minha reacção e dos meus pais que me ajudaram a criar o Luís Carlos para eu poder prosseguir os estudos. Logo mudei de atitude face a esta reviravolta que ia ter a minha vida e abracei com toda a força os objectivos a que me propunha, os antigos e, agora, os novos. Não desisti de nada, antes pelo contrário, agora tinha ainda mais sonhos para concretizar. E tudo correu bem! Hoje, olho para trás e penso que sou uma pessoa com muita sorte. Deus deu-me uma família maravilhosa e muita garra para enfrentar as adversidades, não sou de desistir e procuro sempre encontrar algo de positivo nas coisas menos boas que me acontecem. O importante é termos objectivos, sonhos e compartilhá-los com os que nos estão mais próximos.
Eis os meus amores
2 comentários:
Obrigada pela tua visita ao meu blog :)
continuação de bons trabalhos ;)
Olá, Mena!
Que lindos amores!
Beijocas
Carol
Enviar um comentário