A propósito do estudo da obra "Os Lusíadas", adaptação de Amélia Pinto Pais, levei os meus alunos à biblioteca para conversarem com a autora.
O encontro foi muito interessante, os alunos portaram-se lindamente e isso valeu-lhes um grande elogio da autora. Esta salientou ainda a boa preparação dos alunos que responderam acertadamente a muitas perguntas sobre a obra em estudo, elogiando também o meu trabalho. Fiquei muito feliz com os meus alunos que mais uma vez não me deixaram ficar mal e pelo reconhecimento do meu trabalho, enquanto professora.
Momentos antes de iniciar o encontro com a escritora.
A F fez questão de tirar uma foto com a autora. Ela ficou muito sensibilizada com o facto dos alunos quererem tirar fotografias com "uma velha", como ela disse.
A F respondeu à maior parte das questões sobre a obra da escritora e sobre Os Lusíadas de Luís de Camões, a autora ficou encantada com os conhecimentos desta aluna, sinal que está atenta nas aulas e que se interessa pela obra em estudo. Enalteceu também o facto dos alunos saberem dar a sua opinião, comentando os episódios mais significativos. Disse "Vê-se que a vossa professora ensinou-vos não só a matéria, mas também a fazer-vos pensar e a dar a vossa opinião". De todas as turmas presentes a minha DT foi a que serviu de exemplo: a escritora gostou dos alunos, da atenção com que estiveram, das perguntas que foram surgindo naturalmente, mas sempre oportunas e pertinentes. No final, perguntou-me em que ano estavam os alunos, disse-lhe "no 8.º ano", ela ficou admirada e afirmou "pensei que fossem do 9.º ano, devido aos seus conhecimentos. É óptimo ainda haver alunos assim."
Aqui, Amélia Pinto Pais autografava a sua e minha obra. Escreveu: "Para a Filomena, com desejos de que continue a gostar deste seu/nosso ofício de ajudar a crescer gente". Linda mensagem!
Faço parte do coro da escola! Aqui estamos no ensaio, seguidamente iríamos actuar no "Lançamento do livro de Paulo Guinote". Foi um sucesso!
Obrigada, I, por nos aturares e ensaiares, pela tua paciência e dedicação.
Fomos ver a representação de “Os Maias” de Eça de Queirós no CCC. Os alunos, acompanhados pelos professores de Língua Portuguesa, de Inglês e de Educação Física ( sempre os mesmos a acompanharem-nos e aos alunos!), adoraram a peça, porque foram preparados para aquilo que iam assistir.
O Teatro da Trindade, no âmbito das comemorações dos seus 146 anos de existência, levou à cena a adaptação do histórico e conhecido romance de Eça de Queirós, "Os Maias". Texto de António Torrado e encenação de Rui Mendes, o foco da obra foi apontado para a crítica social e de costumes, de que Eça de Queirós era um hábil combatente.
O espectáculo começou com a projecção em filmagem de uma reconstituição histórica. Os espectadores vêem Carlos da Maia e João da Ega a chegarem de tipóia ao Teatro da Trindade para assistirem ao famoso sarau de beneficência, no qual discursa a nata do ridículo da sociedade intelectual portuguesa. Com a recriação de dois camarotes do Teatro da Trindade em palco, deu-se início a uma série de analepses que ajudaram a contar a história a partir de um tempo no qual a tragédia já se tinha instalado. Desse sarau do Trindade abre-se uma janela para o passado onde se vê a aparição da “negreira” Maria Monforte, cobiçada por todos os homens da sociedade lisboeta e a viagem vertiginosa desenvolvida por Pedro da Maia até ao seu suicídio. Os anos de “educação à inglesa” do jovem Carlos Eduardo foram suprimidos, aparecendo já homem feito, disposto a cursar medicina. O subtítulo da obra “Episódios da Vida Romântica” foi esquecido em detrimento do apontar da galeria de caricaturas dos intelectuais que dominavam a cena intelectual de Lisboa nos finais do séc. XIX. As personagens femininas, qual golpe shakespeareano, foram reduzidas a duas, interpretadas pela mesma actriz. As falas que denotam uma maturidade de espírito, a argúcia e a discussão intelectual de igual para igual de Maria Eduarda, quando ilustra as pesquisas de Carlos Eduardo, estão ausentes, remetendo Maria Eduarda para uma posição subalterna de dona de casa bonita. Apenas a registar um rasgo de inteligência, quando se defende da acusação maldosa do brasileiro e do próprio Carlos Eduardo. Todas as outras mulheres desaparecem da história, sendo apenas nomeadas de passagem, como seres desinteressantes e fúteis. A versão de António Torrado condensa-se num grande «flash-back» que se concentra na vida política de Lisboa. É interessante verificar que as mentes decrépitas e medíocres da política continuam hoje em força nos mesmos lugares, dirigindo os destinos do país. No entanto, as sucessivas mudanças de tempo, usuais no cinema, não contribuem para a compreensão da leitura de uma obra tão complexa como "Os Maias". Quando um dramaturgo põe em cena uma versão de um clássico não deve partir do pressuposto de que toda a gente já o estudou. Houve muita gente que saiu do teatro sem ter percebido nada da história. A ideia pré-concebida de que o público já é conhecedor de todos os meandros da obra pode ser prejudicial para a compreensão da mensagem principal. Os meus alunos só perceberam a peça, porque os preparei para isso. Relativamente ao elenco: António Torrado, numa entrevista dada à SIC, defende que apesar de Eça de Queirós descrever detalhadamente todos os pormenores físicos das personagens, a encenação preocupou-se mais em “pôr em cena o espírito das personagens e dos enredos que as envolvem do que propriamente as características físicas de cada uma delas.” Então a razão da escolha de José Fidalgo, que apenas cumpre a imagem de Carlos da Maia, quando lhe falta a voz, a presença em palco, a força de interpretação que sustentaria a personagem principal d’"Os Maias", é incompreensível. Pedro Górgia ao interpretar o Dâmaso Salcede, não tem postura física nem o espírito para interpretar esta personagem criada por Eça de Queirós. A interpretação de José Airosa é convincente, quando brinca com a personagem de João da Ega, mas quando assume o alter ego do autor, deverá preocupar-se mais com a gestualidade própria do século XIX, pois não é credível colocar o monóculo típico do Eça no olho direito e retirá-lo com a mão esquerda. José Fidalgo não está à altura de um Carlos Eduardo e Sofia Duarte Silva mostrou, tanto quanto lhe foi permitido, a portentosa Maria Eduarda. João Didelet esteve excelente no ridículo discurso que proferiu no Teatro da Trindade sobre o Anjo da Caridade. As outras personagens não fizeram muita honra à fina sátira social de Eça de Queirós. Um ponto positivo nesta encenação é o suporte musical de Afonso Malão. O desenho de luz é adequado, com momentos bonitos, como o do jantar no Hotel Central. O guarda-roupa de época estava bem adequado. Trata-se de um espectáculo em que os professores devem ter trabalhos redobrados a preparar os seus alunos para aquilo que irão ver. No final, o público fica à espera de que os dois amigos irrompam do palco para apanhar “o americano”, mas João da Ega e Carlos Eduardo ficam estáticos, a ver a vida passar por eles. Talvez o final mais bem conseguido para o olhar fino e satírico de Eça de Queirós sobre os vícios da sociedade portuguesa.
Bacalhau com batatas a murro
4 postas de bacalhau
azeite
6 dentes de alho
sal
pimenta
um ramo de coentros
farinha de milho
Seque bem as postas de bacalhau demolhado e passe-as pela farinha. Aloure-as dos dos lado no azeite.
Depois de louras as postas, junte o ramo de coentros e tempere a gosto com sal e pimenta. Tape e deixa cozinhar.
Sirva com as batatinhas assadas e temperadas com flor de sal e com o azeite onde cozinhou o bacalhau.
Bom apetite!
Trabalhinho:
Este selinho foi-me oferecido por esta menina! Aqui fica para quem quiser levar. A Sabrith também mo passou e eu vim logo aqui pôr o seu nome. Obrigada, amigas!
12 comentários:
OLA AMIGA NÃO SEI SE ESTE MIMO TAMBÉM É PARA MIM SIM POR NÃO VOU LEVAR OBRIGADA, ADOREI OS TRABALHINHOS E A RECEITA OBRIGADA POR PARTILHAR,BEIJOCAS.
boa tarde,td bem?
bem, k encontro fantástico...
sinceramente n conhecia a Sª mas grandes elogios...
fico contente de conseguires passar bem a palavra aos teus keridos alunos.
é bom sinal,parabens.
continua!!!
fika bem,jinhos***
como sempre...surpreende este teu cantinho lindo! engraçado que eu ontem também fiz bacalhau assado no forno com batatinhas a murro...adoro bacalhau e as mais diversas receitas com ele! beijinho lindo!
Olá querida.
Obrigada. Vou levar para o meu blog de selinhos.
Bjs,
M. Céu
Obrigada Mena!!!
Já tô levando.
Que bom e cultural esse trabalho que vcs tiveram, tento a escritora junto aos alunos.
Isso é enriquecedor!!!
bjks
Sonia
Olá, Mena.
É sempre maravilhoso ver o nosso trabalho sendo reconhecido e eu vejo que realmente voce é uma ótima professora!
Gostei muito de ver as caixinhas que fizeste!
E quanto ao bacalhau...ai, o bacalhau...estou aquí babando...
ehehehe
Huummmmmm, delícia!!
bjossss
Olá Mena!
Gostei de ver as actividades que os teus alunos fizeram sob a alçada da sua excelente professora! Aprecio imenso Eça de Queirós, adorava assistir a essa encenação de "Os Maias" (pode ser que a iniciativa se repita aqui no Norte).
Quanto ao selinho, já o publiquei no meu blogue (em conjunto com os anteriores). Obrigada por tantos miminhos!
Bjos e continuação de boa semana.
Meninha,
Você além de ser professora é amiga dos seus alunos e sendo amiga a troca fica bem mais amável entre todos. Muito lindo e interessante o seu trabalho, parabéns!
Como sempre, saio daqui com água na boca dessas suas comidas.
Beijo grande, menina linda.
Vou carregar meu mimo, viu?
Rebeca
-
O mimo está aqui:
http://selospremiosmimos.blogspot.com/
E queremos presentear seu blog com esse selo aqui:
http://nectar-da-flor.blogspot.com/2009/05/selo-viajamos-lendo-seu-blog.html
Adoro você!
Rebeca
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olá amiga!
mesmo cheia cheia de sonecas ainda consegui cá dar uma saltada. mas é com pressa hj! nao pude dar muita atençao, confesso, desculpa!
deixa-me elogiar os teus pacotinhos e trabalhos lindos como sempre e vou embora.
mil bjos
Olá amiga, que belo encontro de cultura.
Que bom haver alunos assim (espero que hajam muitos)
Que bom haver professores assim (espero que hajam muitos)
É lindo o orgulho com que falas dos teus alunos.
É lindo sentir o quanto gostas de ensinar.
Parabéns, venham mais como tu.
Jinhos amiga e continuação de boa semana.
O bacalhau está óptimo.
O selo eu já o tenho, aliás eu estou em falta, com as postagens dos miminhos.
O tempo tem sido muito pouco, desculpa amiga, vou postar logo que possa.
Apesar de ter acabado na arquitectura, fiz o secundário em humanidades e desde sempre tive o Português como disciplina favorita.
O amor que tens por aquilo que fazes com toda a certeza que se reflete na motivação que transmites aos teus alunos. A paixão pelos livros é contagiante...
:)
Beijinhos.
E belo bacalhau!
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