Despedidas em Belém (est. 83 a 89)
Síntese
Depois de relembrar a História de Portugal, Vasco da Gama narra ao rei de Melinde a partida da armada para a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, em analepse.
Começa por contar que os navegadores foram remunerados por D. Manuel I e incentivados com palavras de ânimo.
No porto de Lisboa, prepararam-se as naus para a viagem, encontrando-se os marinheiros e os soldados muito entusiasmados e sem medos. Depois destes preparativos, aprontaram-se também espiritualmente, pedindo a Deus orientação e apoio para a viagem.
Vasco da Gama refere que quando recorda o momento da partida, cheio de dúvida e receio, tem dificuldade em conter as lágrimas.
Naquele dia, o povo da cidade de Lisboa aglomerou-se na praia de Belém para assistir à partida das naus e para se despedir dos amigos e parentes que iriam embarcar.
Acreditava-se que a viagem seria longa e perigosa de forma que o povo considerava a possibilidade dos navegadores jamais voltarem. Os homens não conseguiam esconder a emoção (“com suspiros”) e as mulheres choravam com desespero e medo de não os voltarem a ver.
Análise
Foi no dia 8 de Julho de 1497 que a armada portuguesa, capitaneada por Vasco da Gama, partiu à procura do desconhecido. Uma enorme multidão concentrou-se na praia de Belém para assistir à partida dos marinheiros seus amigos ou familiares.
O tema deste excerto lírico, é emotivo do ponto de vista sentimental, pois é revelada uma enorme saudade por aqueles que vão “navegar” e por aqueles que ficam.
Divisão em partes:
1ª parte (estrofes 84 – 86): Introdução - localização espácio-temporal da acção, alvoroço geral dos últimos preparativos para o embarque da “gente marítima e a de Marte” (marinheiros e soldados). Prontas as naus, os nautas reúnem-se em oração na ermida de Nossa Senhora de Belém, onde se confessaram, ouviram missa e comungaram (preparação religiosa dos marinheiros).
2. ª parte (estrofes 87 – 92): Desenvolvimento - Descreve-se a “procissão solene” do Gama e seus companheiros desde o “santo templo” (ermida de Nossa Senhora de Belém) até aos batéis, pelo meio da “gente da cidade” (plano de conjunto inicial), mulheres (mães, esposas e irmãs) e homens (plano de pormenor), velhos e meninos (plano de conjunto), com relevo especial para uma mãe e para uma esposa (grande plano). Tanto os que partiam como os que ficavam se entristeciam e a despedida assume grande emotividade. “Porque me deixas, mísera e mesquinha? Porque de mi te vas, ó filho caro,” (est. 90, vv. 5-6). Destacam-se, assim, as evocações de mães e esposas acerca da partida, criando um entristecimento na emotiva despedida do Restelo.
3.ª parte (estrofe 93): Conclusão - Refere-se ao embarque que, por vontade do Gama, se fez sem as despedidas habituais para diminuir o sofrimento, tanto dos que partiam como dos que ficavam.
O poema de Fernando Pessoa reflecte os medos e os perigos presentes nas estrofes de Os Lusíadas.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, in Mensagem
Análise
O poema "Mar Português" revela-nos que apesar do sofrimento, resultante do empreendimento dos Descobrimentos, este "valeu a pena", pois ficou na memória da humanidade como sendo algo grandioso e glorioso.
O mar era doce. Segundo Fernando Pessoa, ficou salgado com as lágrimas do povo português.
Para imortalizar o lado doloroso e trágico dos heróis portugueses, Fernando Pessoa escreveu: “quem quer passar além do Bojador. Tem que passar além da dor”. Sem Fernando Pessoa, sem Camões, os heróis portugueses seriam menos grandiosos. O artista valoriza os sentimentos de um povo e engrandece uma nação.
O poema pode ser dividido em duas partes:
Na primeira parte, que corresponde à primeira estrofe, é destacado o sofrimento provocado pelo empreendimento marítimo dos portugueses. A invocação do mar através da apóstrofe, que abre e encerra a primeira estrofe, permite destacá-lo como o elemento responsável pela dor do povo português.
Na segunda parte, que corresponde à segunda estrofe, justifica-se a razão de tantas provações pela obtenção da glória. No último verso do poema Mas nele é que espelhou o céu, a conjunção adversativa Mas revela a dupla orientação divina (negativa e positiva) que foi concedida ao mar: ser um espaço de perigos mas, simultaneamente, constituir um espaço de compensação e de glória.
O Zé Manel na cozinha
Dourada escalada
Depois, já se está mesmo a ver, disse que o resto era comigo. Assim, temperei as douradas com flor do sal, alho em pó e azeite e levei a grelhar. Servi o peixinho com batatinhas cozidas e brócolos e enfeitei com gomos de limão. Rega-se tudo com azeite e sumo de limão.
Já viram, certamente, que só há fotos do trabalho do "Zé Maneu", como dizia a minha sobrinha! Foi esquecimento meu, fiquei tão "emocionada" com o trabalho realizado pelo maridão que nunca mais me lembrei das fotografias.
Trabalhinho:
Um porta-chaves para a Sabrith !
13 comentários:
boa noite,td bem?
ainda por aki andamos,lol...
eu gosto imenso, ainda ontem comi...
apesar de n ser escalada.
mas o meu marido gosta mt d fazer assim. as cavalas e sardas tb ficam mt boas escaladas tentem...s gostarem,claro.
ou na vez de azeite...as vezes faço com sumo de limao e manteiga a derreter...e depois so regar por cima...lol...
parabens tb ao cozinheiro claro...
tenho novidades no blog do meu marido tb.
a peça tb está lindissima,parabens.
agradeço imenso os selinhos.
fika bem,jinhos***
oi***
desculpa eskeci-me de te dizer...
axo k tas com um virus...
ainda agr recebi outra vez o mail...
e á tarde tb...
diz assim 'resposta das férias'...
e eu abri a pouco, so espero n ter feito asneiras...pk n sabia tb.
tenta saber ou é alguma coisa tua mesmo?!
jinhos***
Mais uma vez.
"Os feitos dos Portugueses"
Tivemos Homens de muito valor na História de Portugal.
Incluindo Fernando Pessoa de quem também, gosto muito.
E este poema é lindo.
Eu tenho as suas Obras Completas.
Que pena não ter sobrado nenhum, para os dias de hoje!!!
Se os há são completamente desconhecidos.
Porque os conhecidos....
Bom passando ao marido na cozinha, gostei de ver...
O meu marido só grelha peixe ou carne e diz que é a sua especialidade...
O porta chaves está muito bonito.
Jinhos grandes e obrigada pela viagem no tempo e pelo sabor a sal.
Ah, também levo os selinhos.
Obrigada
Mena,
Além do mar de Portugal, você sabe fazer maravilhas com as mãos... cozinha e faz trabalhinho lindamente.
Adoro sua presença, menina linda.
Beijo grande.
Rebeca
-
Adoro o teu cantinho...desde que o vi pela 1ª vez! ...Os nossos antepassados tinham tudo para triunfar!
e que dotes tem o seu marido! sim senhora, a dourada escalada está muito perfeita! e devia estar um pitéu dos grandes! adoro dourada!
lindo o porta-chaves! beijinhos grandes vou levar o selinho!
OLA MINHA QUERIDA AMIGA MENA,MUITO OBRIGADA MAIS UMA VEZ PELOS MIMOS,AMIGA ADOREI VER O MARIDO A TRABALHAR PENA QUE NÃO POSTOU O RESTO DAS FOTOS, BEIJOS E JÁ LEVO O MIMO.
OLÁ AMIGA
Qualquer hora dessas, o sol vai deixar de brilhar...
Mas isso não importa, a lua brilhará dia e noite...
Qualquer dia desses, as estrelas vão cair...
Mas ninguém precisa ter medo,
o oceano as receberá em suas águas...
Algumas coisas costumam acontecer na hora errada,
outras coisas acontecem na hora exata.
A sublimidade do ser humano,
é capaz de tornar as coisas perfeitas...
A paz interior de cada um,
e o desejo de busca,
influenciam o encontro...
Mesmo que o encontro seja virtual,
ou imaginário. (Seria a mesma coisa?)
Sei que pode se tornar real,
por causa da sublimidade e da paz interior,
e da busca de felicidade que cada ser tem dentro de si.
Busco sem medo...
Encontro com medo...
Sinto, com desejo...
Às vezes correr o risco de não encontrar,
é melhor do que nem tentar procurar.
Busquei e te encontrei!
Ou foi você que me encontrou???
Bom, o que importa é que o destino é amigo dos homens,
e os homens são amigos entre si...
Mesmo que o destino se torne nosso inimigo,
nós jamais poderemos fazer o mesmo,
devemos continuar nos amando...
Os amigos se amam. Os verdadeiros...
As estrelas nem vão mais cair,
nem o céu deixará de ter o brilho do sol,
nem as coisas erradas irão acontecer.
Por que o amor e a amizade são maiores,
e dominam o coração e o espaço.
A busca foi verdadeira
e o verdadeiro sentido dessa busca...
é você,
que veio para ficar...
Desejo um bom fim de semana.
Beijos com carinho.
Oi Mena!!!
É, gostei de ler essa saida de Vasco da Gama de Portual, pois aqui não nos é narrado com tantas minucias.
Hummmmmmm, o peixe deve ter ficado muito goastos.
Nossa familia aprecia por demais pescados.
gostamos de pescar tbm.
Obrigada pelo selinho e bom findi.
Sonia
olá querida! :)
vim desejar-te um optimo fim de semana e agradecer o selinho! beijinhos
Olá Mena!
Depois de uma narrativa voltada para o mar, um saboroso prato de peixe! Gostei de ver o novo chefe de cozinha a preparar o peixe... está com um ar muito profissional! Espero pelas próximas receitas a "dois".
Obrigada pelos selinhos!
Bjos e bom fim-de-semana!
Parabéns ao Zé Manel e à Mena por nos fazerem crescer água na boca com a confecção daquelas douradinhas!
Olha só meu porta chaves aí... ele é lindo demais!!!
Minha irmã se chama Sara e já cresceu os olhos no meu chaveiro quando vc me mandou, mas coloquei ela para correr rsrsrsrs
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