A Tempestade
Com o episódio do Adamastor, Vasco da Gama termina a sua narração ao rei de Melinde. Depois das despedidas, os portugueses retomam a viagem em direcção a Calecut. Mas Baco, que se opõe ao sucesso dos portugueses, convence os deuses marítimos, em consílio, a impedirem que aqueles atinjam os seus objectivos. Por sua vez, os portugueses, que contam e ouvem histórias para não adormecerem, são surpreendidos por uma violenta tempestade.
Divisão em partes:
A primeira parte do texto é constituída pela primeira estrofe, que estabelece a transição brusca da repousada despreocupação dos marinheiros para a agitação da tempestade (70); na segunda parte (de
Elementos da natureza em fúria e a aflição dos marinheiros (70 – 79)
Os marinheiros acordam, repentinamente, com o apito do comandante para a manobra, pois o vento aumenta e avista-se uma nuvem negra. Ainda os navegadores não tinham terminado as manobras de preparação para a tempestade, quando o temporal cai sobre a embarcação. O terror é grande, pois a embarcação está a destruir-se e o vento não pára. Ouvem-se gritos de desespero; as aves marítimas, lembrando-se do último naufrágio, manifestam tristeza; e os golfinhos, não se sentindo seguros, fogem. Nunca se viu tamanha tempestade. Nem Vulcano fabricou tantos raios para Eneias na guerra dos Gigantes, nem Júpiter lançou tantos relâmpagos no dilúvio. As enormes ondas derrubam montes, os terríveis ventos arrancam árvores e as areias do fundo do mar vêm para a superfície.
Súplica do Gama à Divina Providência (80 – 83)
Vasco da Gama vendo-se perdido, confuso e impotente perante a tempestade, agora que estava tão perto de alcançar o seu objectivo, resolve pedir ajuda a Deus, argumentando que já ultrapassaram muitos perigos em nome da fé. Menciona que com aquela viagem não pretendem ofender mas servir a Deus. Refere também que são felizes aqueles que morreram em luta pela fé em África. Enquanto Gama suplicava, a tempestade avassaladora continuava.
A intervenção de Vénus e das Ninfas (85 – 91)
Luís de Camões narra que a deusa Vénus, ao ver o estado do mar e o perigo que corria a armada portuguesa, sentiu medo e ira. Vénus diz de imediato que aquela situação é obra do atrevimento de Baco, mas que não irá permitir tal maldade. A protectora dos portugueses desce ao mar e ordena às ninfas que se enfeitem com coroas de flores para acalmar os ventos. Estes, ao verem as belas ninfas, ficam sem forças para lutar e a ninfa Orítia ameaça o seu amante, o vento Bóreas, que, se não terminar com a tempestade, em vez de o amar vai passar a temê-lo. Galateia também prometeu amor ao feroz vento Noto e as outras ninfas, de igual modo, amansaram os seus amantes. Assim, Vénus prometeu favorecer os ventos com seus amores e estes ser-lhe-iam leais durante a viagem dos navegadores portugueses.
Processos estilísticos usados pelo poeta para realçar o medonho temporal:
Verifica-se em primeiro lugar o contraste estabelecido, na estrofe introdutória (70), entre a despreocupação em que vinham os marinheiros e a súbita agitação em que entraram logo que a tempestade irrompeu. Atente-se na expressividade dos adjectivos e expressões caracterizantes da tempestade e dos seus agentes: grande e súbita procela; ventos indinados; mares temerosos; os ventos eram tais...; ondas de Neptuno furibundo; os ventos queriam arruinar a máquina do mundo; a noite negra e feia, as furiosas águas; O grão ferreiro; relâmpagos fulminantes; fúrias indinadas; os ventos lutavam como touros indómitos, relâmpagos medonhos, feros trovões. A fúria da tempestade é também posta em relevo pela actuação de certo modo desorientada dos marinheiros: despertando os marinheiros duma e doutra banda, amaina, amaina a grande vela; alija, disse o mestre rijamente, alija; vão outros dar à bomba, à bomba (note-se a aflição e rigor das ordens do mestre, reveladas sobretudo pelo advérbio rijamente, pela repetição dos imperativos e pela frequência dos verbos de movimento); O céu fere com gritos nisto a gente, com súbito temor e desacordo; a gente chama Aquele que a salvar o mundo veio (note-se a desorientação dos marinheiros e do Gama, que também pede a intercessão da Divina Guarda). A força da tempestade é ainda realçada pelos seus efeitos sobre os barcos e animais marinhos: em pedaços a fazem (a vela); a nau toma grão suma de água; nos imos alagando; num bordo os derribaram; os delfins fugindo à tempestade e ventos duros. O poeta recorre também a expressivas comparações: os ventos eram tão fortes como se viessem destruir a torre de Babel (74); os raios fabricados por Vulcano eram mais terríficos do que os usados na fabulosa guerra contra os gigantes e os relâmpagos lançados por Júpiter eram piores do que os do grão dilúvio (78).
A chegada à Índia (92 – 93)
Já tinha amanhecido, quando os marinheiros avistaram terra. A tempestade tinha passado e o temor também, quando o piloto de Melinde diz que aquela “Terra é de Calecu”, a Índia que procuravam. Luís de Camões conta que Vasco da Gama, com enorme emoção e de joelhos no chão, ergue as mãos para o céu e dá graças a Deus.
Planos narrativos:
Mais uma vez se verifica que a intriga dos deuses é paralela à acção fundamental d' Os Lusíadas – a viagem até à Índia. Com efeito, na altura em que os portugueses singravam admiravelmente em direcção à Índia, mais uma vez os deuses se debatem em consílio. Por efeito do discurso de Baco é desencadeada esta tempestade contra a armada portuguesa. Mas, mais uma vez, Vénus intercede pelo povo luso, mandando as ninfas acalmar os Ventos.
Também o maravilhoso cristão não só se cruza, mas até se confunde com o maravilhoso pagão. Com efeito, os marinheiros imploram a protecção de Cristo e Vasco da Gama, a da divina guarda celeste (Deus verdadeiro), mas, ao fim e ao cabo, é Vénus que vem acalmar a tempestade. Daqui, como de todas as vezes que Gama implora a protecção do Deus verdadeiro, se conclui que esta atitude traduz apenas a fé cristã dos marinheiros portugueses, porque só os deuses pagãos agem (alegoricamente) como verdadeiras personagens intervindo e modificando a acção.
Trabalhinho:
Vai assim! Que tal?
Gengibre Cristalizado
250 g de gengibre
2 chávenas de chá de açúcar
açúcar cristal para finalizar
1 litro de água
Lave o gengibre fresco, descasque, corte em lascas finas e coloque-o numa panela. Junte o açúcar e a água. Leve ao lume a cozinhar, mexa de vez em quando, até o açúcar se dissolver. Deixe em lume brando, sem mexer, mais ou menos 80 minutos, ou até o gengibre ficar macio e caramelizado. Retire do lume, espalhe o gengibre sobre uma peneira e deixe-o escorrer. Em seguida, passe o gengibre por açúcar cristal e guarde num recipiente com tampa.
A minha filhota, de vez em quando, vai fazendo alguma coisita na cozinha. Esta receita é uma especialidade dela!É doce e bem picante também! Algo de que se aprende a gostar!
Miminho
25 comentários:
boa tarde,td bem?
mais um post, super interessante.
e k por sinal, aki o tempo está com aspecto disso, mais virado p a trovoada:(
mas espero k refresque ainda mais.
adorei a evoluçao do teu projecto.
e agradeço imenso mais um miminho.
vou já lá espreitar esta menina.
fika bem,jinhos***
OLA MINHA QUERIDA VENHO, BUSCAR O MEU MIMO OBRIGADA ADOREI,BEIJOS.
Olá Mena
Tenho no meu blog um selinho que gostava que levasses.
Tem regras, mas se não as quiseres fazer leva-o à mesma ,pois acho que o teu blog tem glamour.
Volto para ver melhor o teu post.
Bjs.
Adorei a montagem da Imagem.
Obrigado pela correcção, era sim mel...hehe.
Obrigado pelo mimo, venho buscá-lo com todo o prazer.
bjsss
Agora venho comentar o o doce, sim uma coisa de cada vez...hehe.
Parabens á filhota, excelente ideia.
bjsss
antiga ESEL actualmente é a ESECS
Bjs :)
Mena última cartada, é uma bolsa, tipo sacola, ou sacola tipo bolsa, aiaiai....
Tanks pelo selinho, estou a levar.
Interessantíssima essa história do Adamastor.
Bjks
Sonia
oi mena! o trabalho está lindo! estou a adorar! o meu outro palpite será uma sacola de colocar o pão!? mas também poderá ser uma carteira!? ( não sei se estes já foram ditos... perdi a conta!? beijinhos adorei o gengibre..delicioso!
Ola Mena
E esse seu desafio está me deixando louca kkkkkkkkk
Não sei o que será, mas sei que está lindo...e depois de pronto então...
Boa Semana
Bjokas:D
Olá Mena,
Muito obrigado pelo miminho.
Beijinho grande,
Carla Silva
Olá amiga.
Levo o miminho, para o pôr em fila de espera.
E quanto ao desafio o trabalho está lindo.
Mas adivinhar está difícil.
Será um quadro?
Jinhos amiga e uma óptima semana
Olá linda td bem? obrigada pelo miminho! assim k possa posto-o no meu blog =)
beijinho e boa semana
Mena linda,
Esse santo casamenteiro parece que faz maravilhas com seus devotos...
Esse selo já tenho, menina linda. Mas mesmo assim, muito obrigada pela lembrança.
Beijo imenso, portuguesa cheia de tantas coisas lindas.
Rebeca
-
Queridos amigos,
Vocês que acompanham esse blog, sabem o grau de sedução que o amor faz, quando quer conquistar. É com muito carinho que oferecemos esse selo de comemoração. Fazer aniversário só é gostoso, quando temos amigos que prestigiam nossa festa.
Beijos jogados no coração de cada um de vocês.
-
boa atrde,td bem?
passa por lá, tenho o meu 'ratinho' a oferecer uma fatia de bolo 'virtual'...
fika bem,jinhos***
Olá Mena! (:
Desculpa a ausência no teu cantinho, mas o meu Pimpolhoco também tem andado sem novidades minhas... -.-'
Mas em breve vou voltar, com muita novidade, muitos gráficos, e trabalhos! Este Verão quero-me dedicar ao Artesanato!! :D
Logo que possa, as minhas visitas diárias vão novamente aparecer!
Vejo que por aqui não param os ensinos, as receitas, os mimos, os trabalhos!
Continua assim, sempre. Eu orgulho-me muito do que fazes. :)
Beijinho doce...
Daniela Tavares
Pimpolhoco
Olá Mena,
Adorei a montagem do teu filhote: quanto talento!! É uma bela personificação.
E foi uma "delícia" relembrar os Lusíadas, obra que li, reli, e estudei noutros tempos e que mantenho na minha biblioteca, lendo excertos inclusivé à m/filha mais velha.
Parabéns Mena, pelo teu excelente blog.
Bjs
Ola Mena
ontem à hora de dormir me veio uma idéia sobre seu trabalhinho misterioso... seria algum trabalhinho para as festas juninas?
Oi Mena !!!
Tem selinho prá ti no blog de mimos.
bjks
Sonia
Olá Mena!
Muito obrigada pelo mimo, vou levá-lo para o meu cantinho =)
Um beijinho e uma boa semana de trabalho!
Filipa
Olá Mena,
Há quanto tempo! As visitas vão-se estendendo e sinceramente às vezes nem sempre me apetece andar pelos blogues.
Obrigada por lá ires e me deixares um miminho.
Beijinhos
Dulce
Tenho a dizer que a montagem feita pelo teu filhote ficou um espectáculo, gosto muito!
*Beijinhos,
Joanita
Olá querida Mena
O teu blog, como sempre é um manamcial de informaçao e formação!
Li tudinho, acredita, e saio sempre daqui mais rica!
Amanhã se Deus quizer será um dia muito importante para mim e familia,deois te direi, por isso a roda ainda é mais viva e corre mais!!!
Com a minha sincera amizade de sempre deixo-te um grande beijinho
Vóvó Casilda
Mena
que lindas rendas. que tens aqui..
Obrigado amiga, vou levar tb a flor pode ser né??:) assim que tiver um tempo já coloco.
bjs
obg pela ajuda nos resumos de "os Lusiadas". estou melhor preparado assim
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