A entrevista
A entrevista é um texto jornalístico escrito a dois, entrevistador e entrevistado, que tem como função comunicar a um terceiro, o público, quem é, como é, o que pensa ou o que faz, a pessoa a quem é feita a entrevista. É importante distinguir a verdadeira entrevista da série de perguntas-respostas (...).
A entrevista implica um certo suspense, aceitar participar numa espécie de jogo, correr o risco: de responder a perguntas, por vezes, imprevistas e embaraçosas e obter respostas, inesperadas e, às vezes, de difícil controlo.
J. Esteves Rei
Tipos de entrevista
Podemos assinalar dois grandes tipos de entrevista:
- Entrevista enquanto retrato de uma individualidade/personalidade - a ênfase é colocada no entrevistado em si, enquanto ser humano.
- Entrevista informativa ou de notícia - a ênfase é colocada num determinado acontecimento, num assunto específico, nas opiniões ou méritos profissionais do entrevistado.
Preparar uma entrevista
É sempre do entrevistador que depende o êxito de uma entrevista, quer esta seja mais informativa, com perguntas fixadas previamente, reproduzindo textualmente as respostas, quer seja mais criativa: sem um questionário rígido. O entrevistador é o condutor do processo: é ele que impõe o ritmo, escolhe os temas, muda de assunto, mas também se cala, aceitando o silêncio para a reflexão e organização de ideias. Além disso, deve evitar perguntas extensas, pois o objectivo da entrevista é pôr o entrevistado a falar. É fundamental criar uma situação de confiança, de tal modo que o entrevistado se sinta mais espontâneo. O texto pode ainda ser acompanhado de pequenas descrições e comentários pessoais. A informalidade exclui o tratamento por tu, assim como também não é aceitável qualquer tipo de reverência.
1. Antes de realizar qualquer entrevista, o entrevistador deverá:
- documentar-se sobre o entrevistado (o seu percurso de vida, os hábitos mais relevantes, os seus escritos, o percurso profissional, as funções que desempenha, etc.)
- documentar-se sobre os assuntos que com este irá abordar (a escolha do tema de uma entrevista depende da actualidade, do entrevistado, mas também da originalidade e ponto de vista do entrevistador);
- seleccionar os objectivos da entrevista.
Deve também ter-se em conta que a entrevista abre sempre com um pequeno texto introdutório, dando alguns pormenores de reportagem: perfil do entrevistado, condições e local da entrevista.
2. Para facilitar a condução da entrevista, deve construir-se um guião que respeite alguns procedimentos.
a) Quanto à situação e intencionalidade comunicativa:
- seleccionar um vocabulário claro, acessível e rigoroso;
- prever perguntas variadas, mais abertas ou mais fechadas;
- reconduzir o entrevistado à matéria principal quando este dela se desviar;
- estabelecer uma relação lógica entre as perguntas a fazer ao entrevistado.
b) Quanto à relação entrevistador/entrevistado:
- informar o entrevistado acerca das razões da entrevista;
- formular perguntas de acordo com o tema, os objectivos da entrevista, a expectativa do entrevistador e de possíveis leitores/ouvintes;
- adequar as perguntas à personalidade, nível sociocultural, nível etário do entrevistado e à situação em que decorrerá a entrevista (momento e lugar);
- construir perguntas variadas (mais abertas - O que pensa de...? - ou mais fechadas – Gosta de...? -);
- respeitar as opiniões e não interromper o entrevistado;
- abster-se de apresentar o que pensa sobre o assunto em causa, embora possa pedir uma opinião sobre pontos de vista diferentes dos que antes o entrevistado apresentou;
-formular perguntas objectivas, que não influenciem o entrevistado, nem apresentem qualquer tipo de inferência;
- seleccionar um vocabulário claro, acessível e rigoroso;
- estabelecer o número de perguntas e proceder à sua ordenação.
3) Ao passar o texto a limpo, é importante ter em conta:
- a pontuação;
- a ortografia;
- a apresentação gráfica.
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Os suportes físicos da entrevista
O suporte físico através do qual a entrevista é divulgada pode ser diverso:
- A entrevista radiofónica
- A entrevista televisiva
- A entrevista impressa
A entrevista televisiva
Marcas de oralidade, elementos prosódicos e paralinguísticos (gestos, movimentos e posturas do corpo)
Elementos prosódicos:
- Hesitações
- Repetição da mesma palavra
- Repetição da mesma ideia para a reforçar
- Interrupções
- Retoma
- Reformulação
Qualquer entrevista é perpassada por elementos prosódicos (pausas, ênfase e entoação) e outras marcas de oralidade (hesitações, falsas partidas, retomas, repetições, interrupções, etc.). Nas entrevistas televisivas e radiofónicas estas marcas são mais evidentes do que nas entrevistas de imprensa, pois não há um processo de tratamento das respostas do entrevistado.
Elementos paralinguísticos (exemplos):
- Apresenta uma postura corporal muito rígida.
- Permanece imóvel ao longo da entrevista.
- Move-se na sua cadeira.
- Gesticula bastante,
- Não gesticula.
- Não mostra as mãos.
- Estabelece contacto visual com o entrevistador.
- Estabelece contacto visual com as câmaras e, consequentemente, com o espectador.
A entrevista televisiva apresenta elementos paralinguísticos cinéticos (gestos, movimentos e posturas do corpo, aparência física e jogo fisionómico) e elementos paralinguísticos proxémicos (comportamento na interacção social e organização do espaço).
A entrevista impressa
A entrevista impressa não deixa de ser um relato escrito de uma entrevista oral, pelo que também evidencia marcas de oralidade. Assim utiliza a pontuação para reproduzir os elementos prosódicos e dois modos de relato do discurso para reproduzir as falas dos interlocutores:
- o discurso directo, segundo o modelo pergunta-resposta (o mais comum);
- o discurso indirecto, transformando as perguntas e respostas num texto em que estas surjam fundidas.
Características do código oral e do código escrito
Código oral:
- Frases curtas.
- Construções sintácticas simples, como a coordenação.
- Repetições e frases incompletas (suspensões, hesitações ou autocorrecções).
- Palavras fáticas (destinadas a manter o contacto), expressões expletivas (empregadas para produzir ênfase, realce) e vocabulário frequente.
- Elementos prosódicos.
- Mensagem mais breve: não necessita de explicitar o contexto, devido aos elementos paralinguísticos.
Código escrito:
- Frases mais extensas.
- Construções sintácticas mais complexas, como a subordinação.
- Organização planeada da mensagem (evitando repetições, suspensões e frases incompletas).
- Escolha mais cuidada e rigorosa do léxico: sinónimos, palavras pouco frequentes e com força elocutória.
- Pontuação que substitui ou reproduz os elementos prosódicos.
- Mensagem mais longa: necessidade de explicitar o contexto através de adjectivações abundantes.
Características da entrevista
Os textos introdutórios têm normalmente a função de apresentar aquele que vai ser o tema desenvolvido ao longo da entrevista. Dão a conhecer a situação de comunicação: – quem fala e sobre que assunto fala.
A entrevista impressa apresenta traços comuns à notícia, como a titulagem e o texto de apresentação que se aproxima, em certa medida, de um lead.
Comparativamente com os textos introdutórios das entrevistas radiofónica e televisiva, o da entrevista impressa contém mais pormenores, visto que necessita de uma explicação circunstanciada do contexto em que a entrevista ocorreu.
As perguntas da entrevista podem ser abertas que conferem uma maior liberdade de resposta ao entrevistado. Já as perguntas fechadas condicionam mais as respostas, diminuindo o grau de liberdade dos intervenientes.
Discurso directo e indirecto
O discurso directo e o discurso indirecto possuem especificidades muito próprias. Para fazer a transposição das falas do discurso directo para o indirecto e vice-versa é preciso proceder a diversas mudanças, quer a nível das formas verbais, quer dos pronomes, determinantes ou advérbios de lugar e de tempo.
Os verbos introdutores do discurso indirecto têm implicações semântico-pragmáticas muito relevantes. Por isso, a sua escolha adequada é extremamente importante. Exemplos de verbos introdutores: explicar, perguntar, responder, interromper, declarar, confessar, dizer, insistir, exclamar, acrescentar, repetir…
DISCURSO DIRECTO | DISCURSO INDIRECTO |
Cita-se textualmente uma mensagem produzida, fazendo-a preceder de um verbo declarativo ou interrogativo (dizer, exclamar, perguntar, responder …), seguida de dois pontos. |
Usa-se o verbo declarativo ou interrogativo, mas a mensagem é reproduzida utilizando uma oração subordinada completiva conjuncional ou uma oração interrogativa indirecta (introduzida por um pronome, conjunção ou advérbio interrogativo) ou uma oração infinitiva.
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Modos e tempos:
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Modos e tempos (alterações exigidas pelo uso do verbo declarativo ou interrogativo no pretérito):
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Pronomes pessoais de 1.ª e 2.ª pessoas |
Pronomes pessoais de 3.ª pessoa
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Determinantes e pronomes possessivos de 1.ª e 2.ª pessoas |
Determinantes e pronomes possessivos de 3.ª pessoa
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Determinantes e pronomes interrogativos: este, esse, isto, isso.
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Determinantes e pronomes interrogativos: aquele, aquilo. |
Advérbios e expressões circunstanciais de tempo e de lugar:
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Advérbios e expressões circunstanciais de tempo e de lugar:
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Vocativo |
Complemento indirecto
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A Mena na cozinha
Massa com Camarão e Natas
Massa spirali (ou outra)
0,5 kg de miolo de camarão congelado
1 lata de cogumelos
1 pacote de natas
1 alho francês
1 dente de alho
150 g de bacon
1 caldo Knorr para massas
sal
pimenta
piripiri
Coza, entretanto, a massa em água a ferver com um pouco de sal e um caldo para massas até ficar "al dente".
Por fim, junte as natas ao preparado do camarão e envolva muito bem, deixe apurar mais um pouco. Se o molho ficar muito espesso, deite um pouco de leite.
Escorra a massa e coloque-a num prato de ir à mesa, junte o molho de natas e camarão e mexa suavemente para misturar os ingredientes. Sirva com uma boa salada.
Trabalhinho:
Miminho
Vai ficar aqui para quem o quiser levar! Basta deixarem uma palavrinha!
6 comentários:
Oi Mena!!!!
Muito interessante esse texto sobre entrevista, pois as vezes passa-nos pela cabeça que só são perguntas e respostas e as vezes sem um fundamento.
Gostei da informação.
Bjknhas e bom findi
Sonia
boa tarde,td bem?
hummm, hoje temos entrevista...
gostei muito...
assim como da comida e dos marcadores...
só um pormenor desculpa...não me leves a mal.
sei que com tantas letras, falta sempre algo, no trabalhinho...falta um 'L'...
parabéns.
bom fdsemana, fica bem.
jinhos***
Mena,
E assim vamos entendendo que não é fácil preparar uma entrevista.
Beijo grande, menina linda.
Rebeca
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Olá Mena
Aqui se aprofundam os conhecimentos.
Hoje não almocei, pois são horas do lanche.
O aspecto é óptimo.
Os marcadores são lindos.
Bjs.
Lisa
OLÁ MENA QUE BELA AULA DE HOJE ADOREI,AMIGA ESSA RECEITA ME DEIXOU COM FOME,QUE APETITOSA,QUANTO AO SEU TRABALHO ACHO MUITO LINDOS ESSES MARCADORES,BEIJOS.
OLÁ MINHA QUERIDA AMIGA!!!
É nos momentos menos bons que precisamos de um ombro amigo para aliviar a nossa dor, por isso quero que saibas que estou aqui sempre que precisares. Abusa agora da presença dos teus amigos e conta sempre com eles.
Sabes que admiro a tua força e a forma como encaras a vida...
É preciso ter força para ser firme,
É preciso ter força para se defender,
É preciso ter força para ganhar uma guerra,
É preciso ter força para sentir a dor de uma amiga,
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para viver.
Se sentes que te falta força e coragem,
queira Deus que o mundo possa te abraçar hoje com seu calor e Amor!...
e que o vento possa levar-te uma voz que te diga:
- Há uma Amiga desejando que estejas bem...
Eu!!!
Desejo uma semana maravilhosa,
Beijos com carinho...
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