O termo romantismo é de origem inglesa seiscentista (romantic) e deriva do substantivo francês romaunt, que designava os romances medievais de aventuras.
No final do século XVIII, Letourneur e Rousseau, filósofo da revolução francesa, adoptaram este termo, fazendo a distinção entre “romantique” (romântico) e romanesque” (romance). A palavra rapidamente se difundiu pelas restantes culturas europeias, originando a oposição entre romântico e clássico.
O Romantismo é um movimento literário e artístico que surgiu na cultura europeia nos finais do século XVIII, num contexto de grande insegurança e de necessidade de exaltação dos valores nacionais, devido às Invasões Francesas. A tentativa de hegemonia do poder napoleónico fez a Europa despertar para os valores nacionais e procurar a liberdade plena: política, religiosa, cultural e literária.
Em Inglaterra, este movimento literário difundiu-se através de nomes como William Blake, William Wordsworth, Lord Byron ou o escocês Walter Scott. Em França, o Romantismo impôs-se no final da década de 1820 com Victor Hugo, Chateaubriand e o importante contributo de Madame de Staël. Na Alemanha, a publicação da peça dramática Sturm und Drang de Klinger e a incontornável obra de Goethe lançaram as bases deste movimento estético-literário.
O ideário romântico teve expressão nas várias demonstrações artísticas, onde imperavam temas dramático-sentimentais: na poesia, no teatro, no romance histórico, na pintura (Delacroix, Goya e Constable), na escultura e na música (Shubert, Mendelssohn, Wagner e Chopin). Na arte romântica, a paisagem já não era um cenário, mas um meio de expressão.
O Romantismo manifestou-se também na sociedade civil, dando eco aos ideais revolucionários burgueses que advogavam uma maior intervenção do povo no plano político. Ao exaltarem os valores populares e a cultura de raízes nacionais, os românticos colocaram a burguesia num estatuto privilegiado.
O Romantismo em Portugal
Síntese dos principais acontecimentos
O contexto em que o Romantismo surgiu em Portugal foi marcado por uma sucessão de acontecimentos muito importantes, que explicam o facto de esta corrente estético-literária ter chegado ao nosso país com cerca de 30 anos de atraso.
Esses acontecimentos podem ser resumidos na seguinte linha cronológica:
· Em 1807, na sequência das Invasões Francesas, a família real portuguesa embarcou para o Brasil, deixando Portugal sob o domínio britânico.
· Devido ao descontentamento geral que se fazia sentir na metrópole, em 1820 ocorreu no Porto uma Revolta militar e civil, que tinha como objectivo expulsar os oficiais britânicos de Portugal e proclamar uma Constituição.
· No entanto, em 1821, D. Miguel, que liderava um movimento denominado Vila-Francada, restaurou o governo absolutista e aboliu a Constituição. Em consequência, muitos liberais, como Garrett ou Herculano, foram obrigados a emigrar.
Com a morte de D. João VI (em 1826), D. Miguel fez-se aclamar Rei segundo o antigo regime absolutista.
· Entretanto, D. Pedro, que se opunha a seu irmão D. Miguel e defendia a causa liberal, regressou do Brasil e organizou nos Açores uma expedição militar que desembarcou na praia do Mindelo, avançando sobre o Porto.
· Assim, em Maio de 1834, na convenção de Évora-Monte, os absolutistas renderam-se e D. Miguel partiu definitivamente para o exílio.
No entanto, em 1842, um golpe de estado encabeçado por Costa Cabral dissolveu o governo, anulou a Constituição e restaurou a Carta. Instituiu-se um regime ditador, o Cabralismo.
· A resposta não tardou e, em 1851, um golpe de estado liderado pelo Marechal Duque de Saldanha deu origem a um movimento que se insurgia contra a política cabralista: a Regeneração. Saldanha foi responsável por um percurso de progresso económico, sustentado pela doutrina económica de Fontes Pereira de Melo - o Fontismo - que apostava sobretudo na construção de caminhos-de-ferro.
Os românticos portugueses
Os primeiros românticos portugueses, Almeida Garrett e Alexandre Herculano, foram exilados políticos que conviveram de perto com as novas tendências europeias. Aliás, aquele que é considerado o poema introdutor do Romantismo em Portugal, o poema Camões de Almeida Garrett, reflecte essa situação de exílio, já que foi publicado em Paris, em 1825.
No entanto, só após o regresso dos exilados a Portugal se verifica verdadeiramente o exercício de uma corrente estética diferente. Por isso, alguns estudiosos consideram que o Romantismo só se instituiu em Portugal em 1836, com a publicação de A Voz do Profeta de Alexandre Herculano.
O Romantismo português atingiu a fase áurea entre 1840 e 1850, com a publicação de obras como Um Auto de Gil Vicente, O Alfageme de Santarém e Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett ou Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano.
A partir do Romantismo, assistiu-se a um considerável desenvolvimento cultural do povo português: a cultura estendeu-se a outras classes sociais, deixando de ser apanágio da aristocracia. Este novo público emergente apreciava uma linguagem mais simples, clara e acessível e revelava interesse pela paisagem, pelo pitoresco, pelo sentimentalismo.
A Mena na cozinha
BOLO DE LEITE DE COCO NA CANECA
2 colheres (sopa) de leite de coco
2 colheres (sopa) de leite
3 colheres (sopa) de óleo
4 colheres (sopa) rasas de açúcar
5 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (sopa) rasa de coco ralado
1 colher (café) de fermento
Cobertura
2 colheres (sopa) de açúcar em pó
3 colheres (chá) de leite de coco
Coco ralado
Delicie-se!
2 comentários:
Oi Mena!!!
Quero uma caneca de bolo, hummmmmmmmmmm...me parece uma delícia!!!!!
bjks, saudade
Sonia
sempre novidades "apetitosas", não é amiga?! :)
bjinhos
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