Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, os
protagonistas, fazem um trabalho assombroso como Georges e Anne, músicos
aposentados que seguem desfrutando a cultura erudita enquanto soam
verdadeiramente apaixonados, com uma intimidade adquirida ao longo de uma vida.
Até que um dia, sem qualquer aviso, ela sofre um derrame - e começa a lenta
descida até o inevitável fim, em que, aos poucos, tudo desaparece, o bom-gosto,
a dignidade, a identidade. Só o amor não desvanesce - e Georges segue ao pé da
cama, cuidando da esposa com devoção pragmática, aferreado a uma promessa.
Sofrimento e dor... Vi este filme e ficou a pergunta a bailar-me nos lábios: Valerá a pena viver assim, neste caso,vegetar? É um filme pesado, dá que pensar.
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