Aqui ficam algumas imagens para vos abrir o apetite.
Desejos Vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente...
O sujeito poético parece querer fugir da condição humana, pois os seres humanos são sensíveis à dor, à tristeza e ao sofrimento, e deseja assumir a identidade de elementos da natureza, para assim se poder afastar de tudo aquilo que o aflige, magoa e entristece.
O título - Desejos vãos - representa a inclinação do espírito humano para alguma coisa cuja realização lhe poderia causar prazer (desejos), mas esta realização é inútil, sem razão de ser, diante da percepção de que ela é aparente, ilusória (vãos).
Nas duas quadras, o sujeito poético apresenta as suas aspirações, os seus desejos, os seus anseios; pretende fugir das suas limitações de ser humano e, usando o verbo querer no pretérito imperfeito, deseja ser vários elementos da natureza: o mar, a pedra, o sol e as árvores.
"Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!"
O seu desejo de imensidão é evidente na imagem do mar; o mesmo mar que, para os portugueses, no plano metafísico, simboliza a dimensão universal. Esse mar, escrito com letra maiúscula, segundo uma característica simbolista, é mais que o acidente geográfico, traz em si a ideia de grandiosidade, de liberdade e de altivez. O sujeito poético deseja a imensidão, a largueza de horizontes, a altivez que a grandiosidade confere.
"Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte."
Se o mar representa a liberdade e a grandiosidade, a pedra simboliza a robustez e a imortalidade. Além disso, a pedra não pensa e, por isso, não sofre, porque foge à condição humana que é vulnerável ao sofrimento.
"Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Aqui encontramos a imagem da excelência, da plenitude. Ser o sol que fecunda, dá e mantém a vida, o sol que ilumina, aquece e alegra o mundo. Ser o "bem do que é humilde e não tem sorte" – ser a ventura daquele que, talvez, de seu tenha tão-somente a luz e o calor do sol.
"Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!"
O sujeito poético deseja ainda ser a imagem da árvore tosca, tal como a natureza criou, sem ter sido ainda tocada pela mão do homem; densa, cerrada, compacta e, portanto, capaz de abrigar na sua sombra e aconchegar com os seus ramos.
Os tercetos são introduzidos pela adversativa mas e são a antítese das quadras: aquele mar altivo e vasto que ri e canta, "também chora de tristeza". A árvore, que "ri do mundo vão e até da morte", aparece como um crente, que, com os braços abertos, reza aos céus, demonstrando assim a sua fragilidade e dependência. A ideia de suficiência expressa em relação à árvore que se basta a si mesma (ri do mundo vão e até da morte) anula-se agora com o acto de abrir os braços e rezar, significando a sua dependência e humildade. "O sol altivo e forte", perde, ao fim do dia, a sua força e a sua altivez, e ao pôr-se deixa rastos vermelhos (lágrimas de sangue) pelo céu, tingindo-o na sua despedida, com as suas lágrimas de agonia. E as pedras, mesmo com a sua resistência e robustez, são pisadas por todos, demonstrando, assim, a sua condição de inferioridade. De notar que o demonstrativo “essas” tem aqui um sentido depreciativo.
O desejo de realização do sujeito poético faz-se através do sonho, do anseio de ser vários elementos da natureza. A vastidão e a grandiosidade do mar, a robustez e a perpetuidade da pedra, a excelência e a plenitude do sol e a simplicidade e o primitivismo da árvore são o desejo do sujeito lírico para realizar-se, para ser. Porém, nos tercetos, o sujeito poético verifica a inutilidade desses desejos expressos nas quadras, quando sob novas perspectivas, cria a antítese dos mesmos. Desse modo, o desejo de realização, de ser, permanece apenas como anseio, como sonho e, portanto, no plano abstracto, não real, idealizado.
Bacalhau à Bracarense
2 dl de azeite
2 dentes de alho
1 folha de louro
2 cebolas
salsa
1 kg de batatas
1 ovo cozido
sal
pimenta
Coza o ovo.
Descasque as batatas, corte-as às rodelas, lave-as, escorra-as e enxugue-as.
Frite-as em óleo ou azeite (eu só uso azeite), ponha-as num prato por cima de papel absorvente e tempere-as.
Enxugue bem o bacalhau com um pano. Deite a outra metade do azeite numa frigideira, juntamente com outro dente de alho cortado às rodelas e, quando estiver quente, aloure o bacalhau dos dois lados. Depois de bem lourinho, retire-o para um prato.
Num pirex, deite um pouco de cebola refogada, depois algumas batatas,
em seguida as postas de bacalhau, sobre estas o resto das batatas e, por fim, o resto da cebolada.
Regue tudo com o azeite de fritar o bacalhau e leve ao forno cerca de 10 minutos.
Retire do forno e decore com o ovo cozido e a salsa picada.
Bom apetite!
Vamos lá participar no
Consiste em fazer um trabalho artesanal envolvendo alguma técnica de reciclagem, vale qualquer trabalho: feltro, biscuit, fimo, ponto-cruz, bijutarias, decoupage; o que sua imaginação mandar! E enviar uma foto do trabalho para o e-mail panomanga@yahoo.com.br.
Regras:
- O envio das fotos poderá ser feito até dia 20 de Outubro para o correio electrónico acima.
- Deve constar no correio electrónico:
- A foto de um trabalho artesanal com material reciclado
- material e técnica utilizados
- o nome da pessoa
- a cidade/estado/país que mora
- endereço do seu blogue (se tiver) - Pano pra manga escolherá os 5 trabalhos mais interessantes. O critério utilizado será criatividade e redução de resíduos que afectam directamente o meio ambiente.
- Dos 5 trabalhos seleccionados, serão escolhidos os 3 melhores, que receberão um presente de acordo com a colocação.
- A enquete vai encerrar dia 20 de Novembro.
- Só vai estar concorrendo a pessoa que mandar o email e que divulgar a promoção em seu blogue, colocando a imagem da promoção e as regras.
Esta almofadinha foi feita pela minha avó. É lindíssima! Um trabalho perfeitíssimo com renda de bilros, bordado com vários pontos sobre um linho que já não se vê à venda por aí (o que é uma pena!).
Nunca vi, em lado nenhum, um trabalho igual a este (cliquem na foto para verem ao pormenor).
A minha avó, como sabe que eu gosto de velharias, bordados, artes em geral, ofereceu-ma.
Colar com penduricalhos
10 comentários:
Humm bacalhau...ai Mena, aqui o bacalhau está custando uma fortuna, sem chance de comprar...só em uma ocasião muuuito especial!!!O pior é que eu amo bacalhau...ai, ai...acho que vou cometer uma loucura e aparecer com bacalhau em casa ( o meu marido vai me matar!!)...bom, eu faço este prato e ele esquece a vontade de me bater com a panela na minha cabeça!!!hahaha...beijo, Malú
olá querida!!
o bacalhau está na minha lista da comida desinteressante lol
é um drama ter k comer bacalhau! mas que o prato tem bom aspecto, tem!
beijinhos!
A água sempre me atraíu...
Olá Mena!
A sua filhota é uma sortuda por ter uma mãe tão culta que a vai saber guiá-la na vida!
Parabéns!
Bjinhos
Mena
Que belo presente de sua vó.
Vou ler com carinho e ver se consigo participar desse concurso.
Bjks
Sonia
Olá Mena,
Que belas fotos das Lagoas e que lindo poema o da Florbela espanca. Adorei a sugestão do bacalhau e, quanto aos trabalhos, acho o colar absolutamente magnífico e a almofada é uma maravilha saída das mãos da tua avó.
Beijinhos e bom fim de semana,
Lia.
Olá Amiga
Que Linda postagem....essa foi a primeira semana que eu voltei a trabalhar que correria mas logo eu me acostumo com a minha rotina corrida..rrss..
Adorei a sugestão culinaria que Delicia e o trabalhinho feito por sua avó que encanto
BOM FINAL DE SEMANA
Bjs
Andrea
Boa tarde,td bem?
k belas lagoas, sao um verdadeiro encanto.
as tuas novidades tb estao estupendas,parabens.
fika bem,jinhos***
Merci pour ta visite ! Tes travaux sont très beaux !!
A bientôt !
Olá Professora Filomena, sou sua aluna este ano 2008/2009 e estou no 7ºA.
É uma excelente professora.
E já agora digo-lhe que que essa almofada feita de renda de bilros, é Linda...
Agora Beijinhos da sua aluna...
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