A epopeia clássica
Camões escreveu Os Lusíadas sob a forma de narrativa épica ou epopeia, forma muito utilizada na Antiguidade Clássica e que Camões conhecia bem.
Definição de epopeia Uma epopeia, forma literária da Antiguidade Clássica, define-se como uma narrativa, estruturada em verso, que narra, através de uma linguagem cuidada, os feitos grandiosos, de um herói, com interesse para toda a humanidade. |
Aristóteles, filósofo grego que viveu durante o séc. III a. C., descreveu os requisitos necessários à composição de uma epopeia:
· Protagonista = Herói
· Acção
-unidade
-variedade
-verdade
-integridade
· Narração in medias res
· Intervenção do maravilhoso/sobrenatural
· Estrutura externa: Narrativa em verso
· Estrutura interna:
- proposição
- invocação
- dedicatória
- narração
· Inserção de considerações do poeta no texto
Ao analisarmos Os Lusíadas, e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma epopeia, concluímos que Camões segue, em muitos aspectos, o modelo clássico apresentado.
Protagonista – O herói d’ Os Lusíadas é um herói colectivo e não individual, como nas antigas epopeias. O povo português é o protagonista desta epopeia, “o peito ilustre lusitano”, simbolicamente representado por Vasco da Gama, que, ao narrar a historia da pátria ao rei de Melinde, revela a heroicidade do seu povo.
Acção – A acção d’ Os Lusíadas é plena de heroísmo, pois narra a descoberta do caminho marítimo para a Índia, um acontecimento com interesse universal. A acção d’ Os Lusíadas apresenta quatro qualidades:
- unidade: é um todo harmonioso, todos os factos estão intrinsecamente ligados;
- variedade: apresenta grande variedade de episódios: mitológicos, bélicos, líricos, naturalistas e simbólicos;
- verdade: o assunto é quase na totalidade real, com alguns momentos de verosimilhança;
- integridade: a narrativa pode ser dividida em três momentos determinantes – introdução ( Canto I, estrofes
Narração – In medias res (a meio da acção)
No inicio da narração (estrofe 19, Canto I), a acção apresenta-se numa fase adiantada, in medias res –“Já no largo Oceano navegavam”; mais adiante, através de uma analepse, narram-se os preparativos da viagem, as despedidas em Belém, o discurso do Velho do Restelo e a partida para a Índia (Canto IV).
Maravilhoso – n’Os Lusíadas há intervenção de entidades sobrenaturais pagãs, os deuses venerados na civilização greco-latina, que favorecem os portugueses – adjuvantes, como Júpiter e Vénus – ou os que prejudicam – oponentes, como Baco, que se revela o principal opositor dos marinheiros. Trata-se do maravilhoso pagão.
Há também súplicas feitas a Deus, à “Divina Providência”. Trata-se do maravilhoso cristão.
Estrutura Interna – Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
- Proposição: o poeta expõe os seus objectivos (Canto I, estrofes 1 a 3);
- Invocação: Camões pede inspiração às Tágides (ninfas do Tejo) (Canto I, estrofes 4 e 5);
- Dedicatória: o poeta dedica a sua obra ao rei D. Sebastião (Canto I, estrofes 6 a 18);
Estrutura Externa – Quanto à estrutura externa, o poema está dividido em dez cantos, com o total de 1102 estrofes. As estrofes são oitavas, os versos são decassilábicos. Predominando o verso heróico. A rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos: abababcc.
Considerações do Poeta – Camões faz algumas intervenções na narrativa, sobretudo no início e no final dos Cantos, mas são reduzidas.
A Mena na cozinha
azeite
2 cebolas
6 dentes de alho
3 postas de bacalhau demolhado
2 colheres de sopa de farinha
6 dl de leite
sal
pimenta
noz moscada
4 colheres de sopa de coentros picados
100 g de queijo ralado em fios
Polvilhe com a farinha, mexa e regue com o leite. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada e deixe cozer, mexendo, até engrossar um pouco. Junte os coentros picados e metade do queijo em fios e misture com a batata frita.
Deite num tabuleiro previamente untado com azeite, polvilhe com o restante queijo e leve a gratinar no forno.
Acompanhe com salada.
Desafio e prémio
Este prémio foi-me oferecido por esta menina simpática. Obrigada!
SETE PECADOS CAPITAIS
A Sónia desafiou-me, assim aqui ficam as…
Minhas respostas:
Gula - Gosto de comer, quando tenho fome. Logo este pecado não tenho: “como para viver, não vivo para comer”. A gula representa também o desejo insaciável do ser humano de ter sempre mais do que já tem e precisa.
Avareza – Este pecado não tenho também, talvez o contrário: não ligo muito para o dinheiro, basta-me ter o suficiente... "A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda."
Inveja – Coisa feia: a inveja. Não tenho. A palavra inveja tem origem no étimo latino "invidere" que significa "não ver".
Ira – Por vezes, muito raramente, só quando me tiram do sério, mesmo! Mas também passa depressa.
Soberba - O termo provém do latim superbia. É um sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas. E não, não sou! Puxa, estou quase me sentindo um “anjinho”.
Luxúria - A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. Consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes, sexualidade extrema, lascívia e sensualidade. O que é de mais, enjoa!
Preguiça – “O caminho dos preguiçosos é cheio de obstáculos, ao passo que o do diligente não tem quaisquer embaraços.” (Franklin , Benjamim) Preguiçar um pouquinho, até que nem é mau de todo, mas tudo com conta, peso e medida!
Passo o desafio a todas as meninas e meninos que quiserem responder. Vou, pessoalmente, convidar-vos! Esperem, então, pela minha visitinha!