segunda-feira, 11 de maio de 2009

Batalha de Aljubarrota



Mosteiro da Batalha

Em cumprimento de um voto e para comemoração da vitória da batalha de Aljubarrota, 1385, o rei D. João I, mandou edificar um mosteiro com a sua igreja sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória, que todos conhecem como o Mosteiro da Batalha.
A construção do edifício teve início em fins do séc. XIV adoptando estilos gótico e manuelino.

Ao visitante interessa observar, as naves, a capela octogonal com o túmulo de D. João I, os claustros, a sala do capítulo, célebre pelo arrojo da abóbada e as capelas imperfeitas (assim designadas por nunca terem sido terminadas, não chegando a receber cobertura).


História de Portugal: a Batalha de Aljubarrota


A seguir à crise de 1383 – 1385, Vasco da Gama narra a Batalha de Aljubarrota ao rei de Melinde. Trata-se de um episódio bélico, no qual se destacam as figuras de Nuno Álvares Pereira, considerado uma das personagens mais corajosas da História de Portugal e de D. João I, mestre de Avis, que combatendo ao lado do exército, incita os soldados portugueses a lutarem contra os inimigos. É importante referir que o exército castelhano era quatro vezes maior que o português e que nesta batalha estava em causa a independência de Portugal.

A Batalha de Aljubarrota travou-se no dia 14 de Agosto de 1385, entre portugueses e castelhanos, e está inserida no conjunto de confrontos motivados pela luta da sucessão ao trono português.

Esta batalha foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois desmoralizou o inimigo e aqueles que o apoiavam, e praticamente assegurou a continuidade da independência nacional.



Os Lusíadas (episódio da Batalha de Aljubarrota)



Batalha de Aljubarrota (est. 28 a 45)


Tema e divisão em partes:

O texto, cujo tema é a descrição da batalha de Aljubarrota, pode dividir-se em três partes lógicas. A primeira parte (28 e 29) constitui uma espécie de introdução, em que o poeta assinala o terrível efeito provocado, na natureza e nas pessoas, pelo espantoso sinal lançado pela trombeta castelhana para o começo da batalha. A segunda parte - desenvolvimento (de 30 a 42) é a descrição propriamen­te dita da batalha (entrecortada por um comentário emotivo do poeta na es­trofe 33), em que se realça a acção de Nuno Álvares (30, 34 e 35), o movimento terrificamente barulhento e confuso da refrega (31), a referên­cia aos irmãos de Nuno Álvares que lutavam do lado dos castelhanos e res­pectivo comentário do poeta (32 e 33), a acção de D. João I, que, como chefe e rei, a todos entusiasmava não só com palavras, mas também com o exemplo (entre as setas dos inimigos corro e vou primeiro).

Finalmente, a terceira e última parte – conclusão (43-45) apresenta-nos a desmoraliza­ção e fuga desastrosa dos castelhanos e a vitória eufórica dos portugueses.



Primeira parte – Introdução (est. 28 e 29)

Síntese

A trombeta castelhana dá o sinal para a guerra e este ecoa por toda a Península Ibérica, desde o Cabo Finisterra ao Guadiana, desde o Douro ao Alentejo. As mães apertam os filhos contra os peitos. Há rostos sem cor e o terror é grande, muitas vezes maior do que o próprio perigo. Durante o combate as pessoas, com o furor de vencer, esquecem-se do perigo e da possibilidade de ficarem feridas ou mesmo de perderem a própria vida.



Análise estilística das estrofes 28 e 29:


0 poeta realça logo o tremendo sinal de combate, dado pelos castelhanos, por meio dos adjectivos horrendo, fero, ingente, temeroso, som terríbil. Com o fim de realçar o efeito produzido por esse tremendo som da trombeta caste­lhana, há a personificação de seres da natureza física (o monte, os rios) que, eles próprios, tremeram frente a esse terrível sinal de guerra. Associada à personificação surge também a hipérbole: o Guadiana atrás tornou as ondas de medroso; correu ao mar o Tejo duvidoso. Como símbolo do medo e terror deste som da guerra aparece a ternura das mães, aos peitos os filhinhos aper­tando. O efeito deste sinal de guerra é ainda realçado pelos rostos macilentos (quantos rostos ali se vêem sem cor). Para realçar este pavor que precedeu a própria batalha, o poeta afirma, a jeito de conclusão, que nos perigos grandes, o temor é maior muitas vezes que o perigo.



Segunda parte – Desenvolvimento (est. 30 a 42)


Síntese

A guerra começa. Uns são movidos pela defesa da sua própria terra e outros pelo desejo de vitória. Os inimigos são muito numerosos, mas os portugueses defendem-se com bravura. D. Nuno Álvares Pereira destaca-se na luta. D. Diogo e D. Pedro Pereira, irmãos de Nuno Álvares Pereira, estão a combater contra ele, “(caso feio e cruel)” – no entanto, não tão grave como combater contra o rei e a pátria. No primeiro esquadrão há portugueses que renegaram a pátria e combatem contra seus irmãos. D. João I, sabendo que D. Nuno Álvares corria perigo, acudiu à linha da frente para apoiar os guerreiros com a sua presença e palavras de encorajamento e, com um único tiro, matou muitos adversários. Depois desta situação, os portugueses mais entusiasmados lutam sem recearem perder a vida. Muitos são feridos, muitos morrem, mas a bandeira castelhana é derrubada aos pés da lusitana.

Com a queda da bandeira castelhana, a batalha tornou-se ainda mais cruel. Sem forças para combaterem, os castelhanos começam a fugir e o rei de Castela vê-se derrotado e impedido de atingir o seu propósito.



Análise estilística da estrofe 31:


Na estrofe 31 note-se a expressividade dos adjectivos: espesso ar (a salientar que a própria atmosfera se mostrava de ar carregado), estridentes farpões, pés duros, ardentes cavalos, duras armas; a expressividade dos verbos: tiros voavam, treme a terra; vales soam, espedaçam-se as lanças, tudo atroam, re­crescem os inimigos. Há também a inversão da ordem das palavras (hipérbato), ao gosto clássico. Mas o que mais impressiona nesta estrofe é a admirável har­monia imitativa (onomatopaica) que existe entre o seu corpo fónico e o baru­lho da batalha. Como exemplo, aponte-se a frequência das sibilantes dos três primeiros versos e do 5º, sugerindo o sibilar das setas; as aliterações verificadas sobretudo nos versos 3º e 6º; a frequência dos rr, sobretudo no versos 2º, 4º e 6º, imitando o som ríspido e rude da refrega. Há ainda o ritmo próprio do verso heróico, com os acentos na sexta e décima sílabas, a alternância de ritmos (binário e ternário) e a frequência das oclusivas (p, t, d, b, c), tudo isto sugerindo, sobretudo nos quatro primeiros versos, o tropel dos cavalos. Observe-se, finalmente, o trocadilho nos dois últimos versos pouca e apouca.

Em poucos textos da nossa literatura o significante terá tanta importância como nesta estrofe 31, para dar visualidade e impressionismo à mensagem.

Aqui as palavras valem quase tanto pelo seu corpo fónico (significante) como pelo seu significado, na construção da mensagem. Veja-se como o corpo fónico das palavras sublinha o seu significado nestes dois versos, em que as aliterações e a sucessão de sibilantes se aliam ao encavalgamento, para sugerirem a catadupa estilhaçante de lanças e armas nas sucessivas quedas:

Espedaçam-se as lanças, e as frequentes

Quedas co as duras armas tudo atroam.



Intenção e efeito da estrofe 33:


Esta intervenção emocional do poeta, apostrofando célebres traidores da pátria, serve para, a jeito de coro na tragédia, pôr em evidência e comentar o caso feio e cruel de dois irmãos de Nuno Álvares se encontrarem do lado dos castelhanos, lutando contra a sua pátria e contra seu irmão. A descrição da batalha é um episódio essencialmente cavaleiresco, dominado do princípio ao fim pela bravura patriótica de Nuno Álvares. O facto de surgirem dois irmãos, como ele portugueses (esses renegados), lutando contra a pátria e contra o irmão, além de conferir maior dramatismo à descrição pelo que há de chocante em semelhante traição, vem realçar a figura impolutamente patriótica de Nuno Álvares. A descrição da batalha de Aljubarrota é-nos dada pelo poeta sobretudo como um quadro exaltador de Nuno Álvares.



Terceira parte – Conclusão (est. 43 a 45)


Síntese

Os castelhanos fogem vencidos e encobrem a dor das mortes, a mágoa, a desonra, maldizendo e blasfemando de quem inventou a guerra ou atribuindo a culpa à sede de poder e à cobiça. D. João I passa alguns dias no campo de batalha para comemorar e agradecer a Deus a vitória com ofertas e romarias, mas D. Nuno Álvares Pereira, que só quer ser recordado pelos feitos bélicos, desloca-se para o Alentejo.



A Mena na cozinha

Pudim de Manga

2 dl de polpa de manga
2 dl de natas
1 pacote de gelatina de manga
3 dl de água

Na água a ferver, dissolva muito bem a gelatina. Junte as natas e a polpa de manga e misture muito bem.
Leve ao frigorífico a solidificar numa forma.

Desenforme, sirva fresco e delicie-se.



Trabalhinho:




Miminho

Deixo-vos este miminho que veio daqui. Obrigada, meninos!

9 comentários:

Sonia Facion disse...

Oi Mena!!!

Esse mousse deve ser uma delícia!!!

To levando o selinho.

Bjks

Sonia

artes_romao disse...

boa tarde,td bem?
hummm, voltaste á cultura dos teus keridos posts,hehe...
o pudim,parece-me mt interessante...
agradeço o miminho...
fika bem,jinhos***

Maria Cusca disse...

O Mosteiro de Santa Maria da Victoria, é um dos monumentos nacionais que mais gosto.
É lindo pelo simbolismo e pela arquitectura.
Camões mais uma vez enaltece, o feito dos Portugueses.
Ter fé e acreditar, é uma das maiores armas de todos os tempos.
É pena que hoje e cada vez mais, os portugueses lêem pouco e muitos desconhecem o melhor da Nossa História.
Bom deixando o sentimentalismo.
O doce está delicioso, soube muito bem.
A tshirt está muito gira, só é pena estar ainda tanto frio....
Jinhos grandes amiga e continuação de boa semana

Chocolate disse...

olá querida!
vim desejar boa semana! beijinhos

Brunette disse...

Olá Mena!
Mais uma vez, deliciei-me com o pudim e diverti-me com o vídeo!Adorei!
Bjos e continuação de boa semana.

MAR disse...

olá mena! gosto imenso quando aqui venho! fico maravilhada com tudo o que vejo! tenho um pouco de tudo!~
há muito que não faço pudim! devia estar delícioso! a t-shirt está muito bonita e a ideia está sensacional! beijinho

~*Rebeca*~ disse...

Visitei muito pouco dos lugares, enquanto estive em Portugal. Uma pena! Mas o que vi impressiona.

Sou viciado em pudim... o de leite. Será que o de manga é viciante também? Só provando!

E continue sorrindo.

Até mais.

Jota Cê

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Nile e Richard disse...

Oi nena,boa noite.
Suas análises estão ótimas.Gosto de ler o que voce digita.
O maridão puxou á mim,também não tenho geito para a cozinha,mas sei fazer muitos pratos.Obrigado pela receita do pudim de manga,adoro manga,Só sei fazer sorvete.
Os trabalhos estão ótimos.
abços.Richard.

Sassi disse...

Olá!
O verdadeiro nome é Convento Santa Maria da Vitória pois era de Frades Dominicanos e não de monges, como o de Alcobaça. As Capelas são Inacabadas pois são perfeitas mas não terminadas. Aconselho a solicitarem sempre um guia do Convento e a descobrirem algumas coisas que não vêm nos livros de história, como os desenhos nas paredes e as "marcas de Canteiro". Boa visita